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Viva Cristiano e o mérito, abaixo o circo e as ilusões

por José Mendonça da Cruz, em 22.06.16

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Uma das facetas mais confrangedoras deste campeonato europeu está na constatação de como o futebol serve ao manobrista que temos por primeiro-ministro como circo -- a geringonça diria, no  seu arcaico papaguear, «ópio do povo» --, e como essa distracção serve bem melhor este «tempo novo» do que serviu o Estado Novo.

A segunda faceta mais confrangedora deste campeonato europeu está na constatação de como o povo se ilude com o circo, crendo que também aí (tal como, julga ele, acontece na vida) a sorte, o deixa andar, o bacalhau basta e a mediocridade magicamente conquistarão bem-estar,  felicidade e taças.

A terceira faceta mais confrangedora deste campeonato europeu está na constatação do ressentimento vil que move comentadores de televisão e de bancada contra um dos dois melhores jogadores do Mundo, Cristiano Ronaldo, tão diferente de Messi, tão melhor em tantas coisas, e naturalmente pior em algumas. As palavras desses comentadores ressumam uma inveja pegajosa e malevolente, que lhes vem de CR trabalhar e se esforçar como eles nunca se esforçaram, nem trabalharam, nem se esforçarão, nem trabalharão; fruto de CR ter uma qualidade e um crédito mundial que eles nunca tiveram nem terão; de CR ganhar por mês o que eles nunca ganharam nem ganharão numa vida; de CR ser desejado pelas maiores empresas mundiais do ramo como eles nunca foram nem serão; de CR ter exibições e estatísticas que desmentem as críticas ressabiadas, como eles nunca tiveram nem terão; de CR ter sucessos pessoais e profissionais como eles nunca viveram nem viverão.

Em aspectos bem relevantes, CR devia ser olhado como modelo, que é como o olham em todo o Mundo milhões de pessoas. Aqui, no pequeno mundo das geringonças e do malabarismo, impera a mesquinhez.  


7 comentários

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De CD a 24.06.2016 às 00:11

Relativamente a CR raramente se diz ou escreve algo de ponderado e este 'post' não é excepção. As críticas a CR têm duas bases fundamentais: uma é a sua performance desportiva; outra são os seus comportamentos e atitudes. Quanto à primeira pode dizer-se muito mas é aquela que, quanto a mim, tem menos fundamento. Não é necessário "perceber" muito de futebol para entender que a performance de um atleta num jogo de equipa como o futebol depende e alimenta, num ciclo virtuoso ou vicioso, da performance de cada um dos outros elementos do resto da equipa, assim como da estratégia e táctica em que se enquadram, estas responsabilidade última do treinador. Portanto, o desempenho de CR, por exemplo, na selecção nacional não tem que ser comparada com aquela ao serviço do seu clube - mesmo em lances que, apenas aparentemente, são individuais. Já quanto à segunda - os seus comportamentos e atitudes - é aí que nos defrontamos com algo que, considero, ser mais condenável até por resultarem de opções do próprio. Sejam comentários no fim de jogo, sejam em conferências de imprensa, seja em entrevistas, sejam em atitudes em campo, toda a conduta de CR se pauta por um comportamento que cruza a de uma criança mimada, com o mais imaturo, arrogante e auto-centrado dos individuos - isto mesmo face ao universo dos futebolistas profissionais em que CR se insere. E aqui CR não tem poucas desculpas. Tem nenhumas, zero desculpas. Está no seu direito em comportar-se como se comporta, agora não espere que tal venha sem críticas e, quanto a mim, bem merecidas. Infelizmente não é apenas em Portugal, não sou apenas eu, que, não tendo dúvidas quanto ao mérito que tem tem no seu próprio sucesso, quanto ao atleta fenomenal que continua a ser (independentemente das taças!), considera que certos e frequentes  comportamentos públicos de CR reprováveis e, por vezes, simplesmente patéticos. CR estará porventura acima atleticamente de figuras como aquelas que Figo ou Rui Costa foram, mas bastante abaixo do respeito que, dentro e fora do futebol, nacional e internacionalmente, essas duas figuras, apenas para citar duas, inspiram. Cresce e aparece CR.   

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