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Não era de estranhar o silêncio de José Sócrates. José Sócrates foi o número um de António Costa e António Costa o seu indefectível número dois. António Costa está onde está porque José Sócrates o pôs na Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, primeiro, e depois porque os apoiantes de Sócrates lhe conseguiram finalmente emprestar alguma coragem para se decidir a escorraçar António José Seguro e tomar-lhe o lugar.
Como qualquer convicto socialista, de Mário Soares a João Galamba, Sócrates imaginava que o poder socialista de António Costa seria exercido em defesa de um dos seus, por maiores as malfeitorias de que esse fosse acusado, por maiores que fossem as tropelias da sua vida, as trapalhadas em que se viu envolvido (ou se envolveu), as impossibilidades práticas ou as originalidades bizarras da narrativa do seu percurso. E Costa virou-lhe as costas. Por puro oportunismo.
Mas Sócrates não perdoa. Sócrates esteve calado apenas porque estava a afiar as facas, todas as que conseguiu reunir na cela eborense durante este tempo de espera, à espera do momento propício. E agora começou a debitar. O mês de Setembro que antecipa as eleições será um tormento para António Costa e Sócrates já está a saborear antecipadamente cada momento difícil que o fará passar, cada obstáculo que lhe colocará, cada manigância que lhe oferecerá, cada casca de banana que o fará escorregar.
Sócrates deve uma vingança a Costa; e vingança não é das coisas que Sócrates não contabilize, ou se esqueça, ou que fique a dever por muito tempo.
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