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Como a decisão do Novo Banco pode provocar uma crise financeira em Portugal?
A decisão do Banco de Portugal de usar as obrigações seniores do BES para recapitalizar o Novo Banco está em vias de se traduzir num problema maior. Os bancos e fundos estrangeiros (BlackRock e Pimco incluidos) deixaram de confiar e não voltam a comprar obrigações de bancos portugueses. Deixem-me pôr isto nestes termos, se os bancos deixarem de conseguir colocar obrigações perdem uma importante fonte de financiamento. Resta-lhes os depósitos, os empréstimos do BCE e do Banco de Portugal. O Mercado Monetário Interbancário fica seriamente ameaçado.
Aliás, esta medida europeia de usar a dívida sénior para recapitalizar bancos a que são aplicadas Medidas de Resolução poderá acelerar a crise financeira que quer o Royal Bank of Scotland, quer o Societé Generale já vaticinam para 2016.
Ver aqui e aqui os relatos dos dois bancos de investimento.
Basicamente a nova crise que aí vem tem várias frentes de contágio.
A moeda norte-americana tem valorizado à boleia da subida da taxa de juro em meados de Dezembro, determinada pela Reserva Federal (Fed) depois de analisar os dados económicos.
Os reguladores voltam a criar gatilhos para a crise financeira, em vez de a travar (por exemplo a lei que chama os depósitos acima de 100 mil euros e as obrigações seniores de bancos ao resgate, em caso de resolução podem ser gatilhos da crise de financiamento).
A deflação está mesmo à nossa vista e os bancos centrais não a vêem.
O petróleo a 30 dólares o barril, acrescido do facto de o FED ter retirado o estatuto de contraparte a bancos angolanos - A Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu suspender a venda de dólares a bancos sediados em Angola por sistemática violação das regras de regulação do sector e suspeita de que o país possa estar a financiar redes de terrorismo - o que retira a capacidade de indexar o kwanza ao dólar (deverá passar a ser usado o euro), não ajuda o investimento angolano, sobretudo o investimento externo. Há quem diga que Isabel dos Santos poderá já ter mudado de lado no xadrez do poder do BPI, dizem que agora quer vender.
Na verdade o baixo preço de petróleo agrava não só a crise angolana mas também a crise económica do Brasil.
O Royal Bank of Scotland diz que as bandeiras encarnadas deste novo ano são claras: a queda contínua dos preços do petróleo – que pode chegar aos 16 dólares o barril -, a volatilidade na China(em vias de recessão), e diminuição do comércio internacional. A isto juntam-se ainda reduzidos créditos às empresas e o risco de deflação, problemas que foram já notórios nesta primeira semana de Janeiro.
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