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A primeira vez que ouvi falar do Vasco Mina foi aqui, no Corta-Fitas, em 2018, quando se juntou aos "blogueiros" deste blog. Depois, por coincidência ou não, vim a encontrá-lo no já histórico think tank liderado por Sofia Galvão – a Nova Vaga.
Vasco Mina era um homem sem idade, jovial e ao mesmo tempo com a sabedoria dos anciãos. Ferveroso católico e conservador nos valores. Inteligente e culto como poucos se podem orgulhar.
A única coisa que sei da vida do Vasco é isto: a sua inteligência e a sua fé inabalável, mesmo quando lhe calhou em azar a doença que põe o inimigo dentro do nosso corpo.
Lutou incansavelmente anos contra um cancro, de que falava às vezes como o desafio a superar com fé.
Na Nova Vaga, a 31 de maio, coube-lhe a sua última intervenção. Escolheu como tema "a guerra na Ucrânia, à luz das igrejas cristãs". Um tema do momento que foi pretexto para invocar o antigo e o novo testamento (e os evangelhos).
Deixo aqui um excerto de um texto que partilhou na Nova Vaga: "A lógica das religiões é na sua génese uma lógica violenta porque a aproximação ao divino pressupõe o sacrifício e o procurar contrariar o sentido natural da nossa condição humana através do jejum, das peregrinações, dos sacrifícios ou das promessas (cit. Filipe d’Avillez). Jesus Cristo vem quebrar esta lógica quando nos diz que a violência não é um princípio de atuação e, por isso, temos que estar disponíveis para suportar injustiças e para não reagir com violência à violência de que somos vitimas. É também nessa lógica que se afasta a dimensão sacrificial da religião. Abrão estava disposto a sacrificar o próprio filho (!), mas não o faz porque confia em Deus. Sabe que Deus providenciará. Já não é preciso o sacrifício para nos aproximarmos do divino".
Adeus Vasco, até sempre.
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