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Em 1995, Ken Keeler, guionista da série Os Simpson, chamou aos franceses «cheese-eating surrender monkeys». E aí estão eles rendidos ao wokismo e ao politicamente correcto -- ignoro mesmo se ainda comem queijo ou se o bem-estar do gado ovino tomou prioridade nos seus valores e práticas. E, rendidos, conceberam uma das mais grotescas aberturas de Jogos Olímpicos de que há memória.
Uma cerimónia com «tanto de inédito como de original», disse o comentador da RTP, antes de transformar Zizi Jeanmaire em Zizi Jeanmarie. Não querendo acompanhar essa mente sagaz em alguma outra tautologia, digo que a cerimónia variou entre o péssimo gosto e o grotesco engalanado.
Alguém achou oportuno um apontamento em que surge a cabeça de Maria Antonieta aos gritos depois de guilhotinada do corpo.
Alguém achou inclusivo o bailado de um negro de saias que em apontamento posterior se fecha num quarto com um menino asiático.
Alguém decidiu excluir Jeanne d`Arc da celebração de uma série de «mulheres de ouro», das quais duas abortistas, uma anticolonialista e outra da Comuna de Paris, e a quem não devemos nada. Seria a mais famosa mulher francesa ofensiva para ingleses ou infiéis?
Alguém decidiu celebrar a canção francesa com o desfile cantante de uma negra vestida de dourado armada em Beyoncé, seguida de um gajo de óculos à Abrunhosa a cantar rap com a gesticulação própria dessa cultura negra americana.
Além da guilhotina, celebraram, obviamente, a liberdade, a igualdade, a fraternidade. Omitiram, evidentemente, qualquer referência a Napoleão, o maior estadista e militar francês de sempre, não só porque achava que a liberdade é cum granum salis, que da igualdade deus nos livre, e que isso da fraternidade depende, mas sobretudo porque os pequenos franceses de agora temem que pudesse ofender ingleses, holandeses, dinamarqueses, alemães, portugueses, espanhóis, austríacos, russos, italianos ou egípcios.
Alguém aprovou e se orgulha deste circo de horrores e insignificância.
Da história e da Grandeur de Luís XIV, de Napoleão e de de Gaulle, nada. Só sobrou o grotesco e o ridículo. Os franceses correm o risco de, um dia, como em Soumission, alguém os meter noutra ordem. Talvez se rendam e gostem.
E no fim da lamentável cerimónia, lá desfilámos nós no mesmo barco da Coreia do Norte, nós ou a nossa digna representação, que vai patrocinada pela Repsol.
PS. «Surrender monkeys» ou cobardes, pura e simplesmente. Em Inglaterra a manchete do Daily Mail chama-lhes «Les Miserables», entre outras coisas devido a esta «paródia» de travestis à Última Ceia:
Na passada terça-feira, na Sic, José Miguel Júdice vergastou a impreparação e a ignorância (chegou a dizer a estupidez) dos media portugueses e em particular das televisões e respectivos correspondentes em Paris (referindo a própria Sic mais do que uma vez) sobre as eleições francesas. Num registo pormenorizadamente informado e claro, compreensível por uma criança ou um golden retriever, distinguiu entre extrema direita e direita radical, e entre extrema esquerda e esquerda radical (ainda beneficiámos do divertidíssimo momento em que Clara de Sousa perguntava qual era mais extremista, se a esquerda radical, se a extrema esquerda, com a resposta «a extrema, claro»). Júdice explicou como a União Nacional de Marine Le Pen se vinha moderando e com isso conquistando votos; explicou quem é o senhor Melenchon, como é abominado por uma enorme maioria de franceses, e enunciou várias medidas extremistas e catastróficas da Frente Popular que ele encabeça, como o imposto sucessório de 100%, os casos em que certos escalões de IRS passariam a pagar mais de 100 mil euros por cada fatia de rendimento de 100 000 euros, e outras propostas arrasadoras de qualquer economia ou sociedade.
Mas foi em vão. Com o enviesamento irracional e ignorante com que nos bombardeiam diariamente, os media continuaram a pintar os seus quadros de céus e terrores a preto e branco. Com um nojo inexplicável da parte de quem tanto defende o estatismo, os nossos media detestam a estatista Le Pen, e incensam inúteis como Melenchon -- que para eles é «de esquerda», visto nunca reconhecerem na esquerda nem radicalismo, nem extremismo. E com os fragmentos de história que trazem colados com cuspo, lá vieram com as glórias de Leon Blum e os horrores de Vichy.
Ontem, na SicNotícias, o correspondente da noite em Paris, Ricardo Costa, confessou com inultrapassável clareza qual é o grau de cegueira, enviesamento, presunção (e, sim, estupidez) do canal que dirige.
Cito literalmente: «Aquilo que para nós nos parece absolutamente claro, a extrema-direita ou não a extrema-direita, para uma parte dos eleitores [franceses] não é assim tão claro porque há interesses contraditórios». E, depois de referir «o pormenor» de episódios violentos de anti-semitismo cometidos [pela extrema-esquerda], que segundo Costa, «causaram incómodos nos partidos de esquerda», rematou e insistiu que o que está em questão «em primeiro lugar é isso mesmo, há ou não um governo de extrema-direita».
A reportagem de Costa tem, é verdade, uma faceta apreciável: a de deixar «absolutamente claro» que quem procura informação não deve procurar a Sic. É além disso suicida, por crer que o público comerá disto indefinidamente, mas ele lá saberá.
As convoluções do linguajar desportivo atingem dimensões inauditas. Leio numa crónica que
«com apenas dois médios que se transformavam em três com os movimentos de Cancelo para dentro numa réplica com nuances daquilo que o lateral fazia no Manchester City de Pep Guardiola, Palhinha acabou por ser sacrificado em detrimento de Vitinha e Bruno Fernandes. Assumidamente, a ideia de Portugal no corredor central do setor intermédio passava mais por aquilo que podia fazer em posse do que com aquilo que tinha de fazer sem bola, o que fazia com que a linha ofensiva fosse a primeira a pressionar mais alto para obrigar a um jogo direto que dava vantagem aos centrais nacionais.»
E que, no entanto,
«o tridente ofensivo habitual voltou a ser aposta de Roberto Martínez, com Bernardo Silva a ter de forma mais frequente movimentos para dentro para deixar o flanco para as subidas de Diogo Dalot e Rafael Leão mais por fora a dar largura ao ataque de Portugal a olhar também para as transições, deixando Ronaldo em posição mais central na área mas com liberdade para sair do seu raio de ação para trazer consigo também defesas na marcação.»
O que me deixou entretido com cinco interrogações:
- Em que língua estará escrito o texto?
- Que quererá dizer?
- De que modalidade se tratará?
- A que evento dirá respeito?
- Terá acontecido realmente?
Está cientificamente provado que chegou o momento de as televisões darem as mais amplas antenas aos grupos de mais de 5 pessoas que em todas as capitais europeias se erguem contra o avanço do fascismo e o regresso de Hitler e Mussolini, uma vanguarda de 2 ou 3%, verdadeira mãezinha dos povos, que entra em campanha de animação cultural para iluminar os 97 ou 98% dos eleitores que votam ao arrepio da verdade.
Pedro Nuno Santos festeja a grande noite da vitória, e, evidentemente os nossos media esquerdizados festejam-na com ele, confirmando uma vez mais e ainda que não são orgãos de informação, são orgãos de outra coisa qualquer. «Sem contar com o Chega, a esquerda é maioritária», proclamava ontem PNS, como conclusão de umas eleições para o Parlamento Europeu, com mais de 60% de abstenção. Com brilho ímpar PNS determina, pois, que a esquerda seria maioritária se não fosse minoritária.
Entre os canais televisivos que têm (além de um tropismo verdadeiramente incompreensível para blocos e livres) comentadores como Marques Mendes e Paulo Portas, com agendas inconfessadas de futuro, preferi os comentadores da cmtv, António Costa e Pedro Santana Lopes, este com uma agenda de passado, o primeiro com uma agenda de passado somada a uma ambição futura que lhe recomenda equilíbrio. Resultado: foi um prazer ver o comentador António Costa dar-nos mostras de superior sentido político e de evidente inteligência, e foi um prazer ver Santana Lopes divertir-se como sempre fez na política. O canal teve momentos míopes, como o de pintar mapas de rosa e laranja, como se isso fosse a imagem do Portugal político, e como se o que verdadeiramente interessa -- a vitória da direita -- pudesse ser iludida por essas cores que só um ignorante pintaria. Estava lá João Pereira Coutinho para emendar discretamente, mas foi pena aquela pintura, porque esse tipo de espuma impressiona sempre mais os parvos. Pode fazer esquecer o que interessa: as eleições eruropeias, aqui, e na Europa toda, fortaleceram a direita.
De resto, gostei de ver que o Chega foi punido. Não porque Tânger Correia seja fraco candidato (vai daqui mais um senhor, e, ao que parece, menos nulidades da extrema-esquerda), mas por ter ficado provado que o excesso de apetite e a ilusão de Ventura de ser o primeiro partido (ele sozinho) lhe custou votos. Ou seja, Ventura perdeu uma oportunidade de cimentar posições apoiando políticas de direita; mas a ambição a mais para as posses fê-lo apoiar políticas de esquerda. Desejo-lhe que emende a mão ou, em alternativa, que venha a descansar em paz.
Pareceu-me que o Chega estava a fazer um caminho que o poderia levar a primeiro partido da direita. Estou a rever essa ideia, porque a ânsia de crescimento, o excesso de apetite, a vertigem da velocidade têm destas coisas ingratas: quando se atiram 100 protestos para o ar pelo gosto de protestar contra o que seja, incorre-se no risco grave, aliás, na sólida certeza de alienar quem, afinal, é alvo de 50 deles. Com as posições tomadas recentemente penso que o Chega chegou ao seu melhor resultado em março, e começará agora a minguar muito depressa.
Ao soar a campainha de alguma dessas agremiações cujos pronunciamentos são ignorados ou rejeitados por 90% dos eleitores portugueses, os jornalistas precipitam-se babados a beber-lhes as palavras. A esquerda radical para eles não existe, só a esquerda gloriosa e compassiva. Mas quando nacionalistas e conservadores se reunem em Bruxelas, numa conferência internacional, a NatCon Conference, os mesmos jornalistas cancelam: é a direita radical, não gostamos, não existe nas nossas activas mentes, cancela-se!
Mas -- vida azarada -- o presidente da Câmara de Bruxelas, Emir Kir -- que há tempos acolheu com passadeira vermelha uns dignatários da teocracia islâmica -- resolveu cancelar a conferência. Não cancelar pela omissão, mas cancelando-a fisicamente, impedindo que houvesse, impedindo que os oradores reunissem e falassem. Veio então o chefe de Governo belga, Alexander DeCroo, explicar que não podia ser, que o país é livre, que a constituição não permite atentados à liberdade de expressão e reunião. Cancelado o cancelamento, a NatCon Conference continuou.
Cancelado também foi o cancelamento dos jornalistas portugueses, para quem uma reunião com antigos e atuais chefes de Estado e de governo, como Viktor Orban, ministros, comentadores de fama internacional como Douglas Murray, ou políticos destacados, como o governador da Florida, Ron de Santis, é coisa a calar absolutamente. Os jornalistas portugueses não gostam deles, logo não querem que deles se saiba.
Mas -- azares da vida -- dado o escândalo do cancelamento belga, tendo em conta que havia indignação internacional e geral (decerto inexplicável, para eles) lá tiveram que cancelar a omissão e noticiar. A arrastar os pés, evidentemente; com palermices à margem, é claro, como falar do catering, para dizerem que os conferencistas comiam salmão [«Salmão, percebem?» «Um luxo, percebem?» «Fascistas, percebem?» De certeza que vieram em «carros de topo de gama»]. Mas tiveram que noticiar.
E as intervenções, as ideias, as declarações de antigos e actuais chefes de governo, antigos ministros, políticos no activo, opinion makers? Ah, isso não! Isso seria informação. Não se pode pedir tanto.
Episódio 1 - Na noite das eleições, o repórter da Sic junto do PS, José Manuel Mestre, pergunta a Pedro Nuno Santos por que foi que declarou derrota quando ainda há uma hipótese. Pedro Nuno Santos explicou ao «jornalista» que tinha perdido, e era agora chefe da oposição. Mas José Manuel Mestre, o «jornalista» da Sic insistiu: mas pode ser que... Ao que Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, teve que explicar pela segunda vez ao «jornalista» que não devia alimentar ilusões.
Episódio 2 – na 3.ª feira, 12 de março, na SicN, José Miguel Júdice explicou o resultado das eleições, nomeadamente aquilo que classificou de mudança estrutural: a direita tinha maioria e o PSD era agora o partido do centro, já não o PS. Pese embora o brilho e inteligência da explicação, Clara de Sousa ainda tentou: «E se houver um empate?». Com o que, de uma penada, explicava: 1.Que engolira com linha, anzol e chumbada a tese de Rui Tavares de que a esquerda tinha ganho, e havia além dela a direita da AD e uns deploráveis com 50 deputados; 2. Que não tinha percebido nada do que Júdice acabara de dizer.
Episódio 3 – No dia 11 de março, a Sic abre telejornais, não com Montenegro, vencedor, não com Ventura, a maior novidade da eleição, mas com a ilusão de Rui Tavares, do Livre, de dividir a AR entre a esquerda maioritária, e a AD minoritária, com declaração da inexistência do Chega. Há vozes de 92% do eleitorado, mas a Sic só ouve os 8%.
Episódio 4 – Luís Montenegro acaba de ser indigitado Primeiro-Ministro. Mas a Sic abre os telejornais, não com as ideias de Montenegro ou da AD, mas com Medina, a falar de uma suposta «almofada de milhões», e Centeno, o homem que imaginou ser vizir de recurso no lugar do vizir, a recomendar coisas a um adversário que, esse, acabara de ser eleito. A Sic emitiria, depois, as opiniões de Cabrita&Galamba (Quem?! Quem?!) sobre os novos ministros.
Episódio 5 - Na 3.ª feira, 2 de abril, na SicN, José Miguel Júdice interpreta o discurso de tomada de posse de Montenegro. Em resumo, diz que o novo primeiro-ministro afirmou que negociará com todos, como necessita, e, adequadamente, quis impor-se ao respeito daqueles com quem tem que negociar. Na mesma SicN, no dia seguinte, Ângela Silva (uma boa razão para não ler o Expresso), sub-Costa (outra), Baldaia (uma boa razão para nunca ter ouvido a TSF), e Bugalho (em busca de identidade) só vislumbram no discurso o desejo de «vitimação».
Talvez a Sic seja bipolar (como em «doença», não em pluralismo). Talvez a Sic seja uma central de intoxicação. O que não é seguramente, é um orgão de informação.
Luís Montenegro recebeu dos portugueses um bom capital: uma vitória por escassa margem, e a ordem para negociar e mudar. Negociar para mudar, não, obviamente, com quem a maioria absoluta dos portugueses quis rejeitar, o Partido Socialista. Negociar para a mudança.
Luís Montenegro e a AD poderiam ter aprendido alguma coisa com António Costa, que em estritas questões de sobrevivência é genuinamente hábil. Costa não hesitou em aliar-se com partidos esses sim antidemocráticos, para governar e, de passagem, engolir os aliados.
Mas não aprenderam nada. E, hoje, Luís Montenegro e a AD decidiram negociar com o PS, e deitar o capital todo pela janela, para não mais o recuperar.
Fio-me muito em certas imagens, e o rosto acinzentado, luzidio, a atitude corporal nervosa de André Ventura ao saber da partição da presidência da Assembleia da República, dizem-me que não esperava aquilo. Esperava negociar e obter alguma coisa que pudesse empunhar. Negociar in extremis, é claro; negociar a falar grosso, é claro; negociar ao fim de umas quantas contradições, é claro; e, depois, ceder. No fim, relevaria até os disparates extemporâneos com que Melo e Rangel se entretiveram a cavar fossos em bicos dos pés. [Quem creia que Ventura estava irredutível, terá que pensar que sacrificou intencionalmente a vice-presidência da AR, um completo absurdo].
Mas a AD preferiu negociar com o PS. E, assim, numa demonstração de embaraço verdadeiramente lamentável, assim e de uma penada só atirou a fiabilidade pela janela fora. E, com este gesto canhestro, a AD cometeu várias coisas, todas elas lamentáveis.
A primeira coisa que cometeu foi subscrever a ideia antidemocrática do Livre e do Bloco de que as novas bancadas da Assembleia são compostas de uma maioria de esquerda e uma minoria de direita constituída pela AD. Há depois, segundo esta tese, uma inexistência, um fumo, um vazio: 50 deploráveis eleitos por mais de um milhão deles. Perante a opção de Montenegro e da AD a extrema-esquerda sorri e esfrega as mãos.
A segunda coisa que a AD cometeu foi hipotecar de vez toda a capacidade de governar. Desde hoje, a AD só poderá tomar as medidas que o PS a deixar tomar. O PS sorri e esfrega as mãos.
Segue-se, portanto, que a AD cometeu uma terceira coisa, um outro erro: o de condenar-se a eleições antecipadas.
A AD cometeu, por fim, a quarta e mais grave de todas as coisas: no momento em que deitava fora o capital que lhe fora confiado, riu-se de quem lho confiou. O que a faz correr o risco de, nas eleições antecipadas a que se condenou, devolver o centro ao PS, a maioria à esquerda toda, e o primeiro lugar da oposição ao Chega (quanto ao CDS, lá terá provavelmente que desatarraxar a placa outra vez). E o PS ri a bom rir, e esfrega as mãos.
E o eleitorado, que pensa? Não faço ideia, mas imagino. Imagino a esquerda a dizer: «São burros, nunca se entendem, estão de saída não tarda». Imagino a maioria absoluta do eleitorado a dizer: «Foi para isto?!»
Fio-me muito em certas imagens. Pareceu-me extremamente reveladora a cara e o nervosismo de André Ventura ao saber da partição da presidência da Assembleia da República entre AD e PS. Pareceu-me reveladora de que não esperava aquilo. Pareceu-me reveladora de que estava disposto a negociar -- in extremis, claro; a falar grosso, é claro -- , mas a acabar por fechar com a AD algum acordo com que pudesse acenar. Mas a AD preferiu ir negociar com o PS.
A AD foi estúpida e incapaz. Peço desculpa, mas tenho que repetir: a AD foi estúpida e incapaz. Foi estúpida como Nuno Melo e Paulo Rangel foram estúpidos ao dizerem disparates desalinhados a meio de uma negociação. A AD foi estúpida e incapaz na cegueira persistente perante 50 deputados e um milhão de voto.
Por ser frouxa, e cega, e estúpida e incapaz, a AD conseguiu hoje, de uma penada:
1. Subscrever a sugestão antidemocrática de Rui Tavares e Mariana Mortágua, de que nesta nova AR existe uma maioria de esquerda, uma minoria de direita, e uma inexistência formada por 50 deputados eleitos por mais de um milhão de portugueses.
2. Irritar todo o eleitorado.
2. Pôr o PS e toda a esquerda a rir e a esfregar as mãos.
3. Condenar definitivamente o seu governo. A partir de agora, AD só poderá tomar as medidas que o PS a deixar tomar.
4. Promover o partido Chega a primeiro partido da direita, o PSD ao declínio, e o CDS a desaparafusar novamente a placa que acaba de afixar numa parede de São Bento, depois das eleições antecipadas, agora inevitáveis.
5. Devolver a maioria parlamentar à esquerda.
Votei AD, e arrependo-me (suspeito que com muitas centenas de milhar). Não se imagina pior.
Recomendo vivamente a charla de José Miguel Júdice ontem, na SicNotícias, depois das 22 horas, por ser simplesmente brilhante no elenco das novidades políticas estruturais e conjunturais resultantes da votação de 10 de março. Como bónus, recomendo, embora menos vivamente, a pergunta final de Carla de Sousa: «E se houver um empate?», não porque tenha sido repondida, porque evidentemente não foi, mas por ser reveladora de que não ouviu nada do que JMJ disse, ou, se ouviu, não percebeu nada.
Dizem que Clara de Sousa é do melhor que há na Sic, e custaria a crer por esta amostra. Mas depois de ver os jornais da tarde da Sic, hoje, a abrirem com PCP, Bloco, Livre e PS, que, portanto, são para aquela redacção os grandes temas da actualidade, passei a achar perfeitamente crível a superioridade intelectual relativa de Clara. Eu escrevi: relativa!
(*) Nota para socialistas: Até quando abusarás Sic da nossa paciência?
Ontem, a direita -- ou, para as almas mais sensíveis, os que rejeitam a mediocridade socialista a solo ou com extrema-esquerda a ajudar -- ganhou as eleições legislativas. AD 29,5% + Chega 18,1% + IL 5,1% = 52,7%
Há uma maneira diferente de ver este resultado, vindo de dois lados opostos:
- há uma direita que prefere perder a negociar com mais de 1 milhão de eleitores que, por sobranceria ou distração, considera deploráveis;
- há uma esquerda derrotada que, para salvar-se, acha exatamente a mesma coisa, ou seja, que continua a haver dois partidos, o PSD e o PS, e estão empatados. Posso garantir que esta será a versão que verão martelada pela esquerda e pelos media (com desculpas pela taulotologia).
Eu repito: o que a esquerda e os media vão martelar desesperadamente é que só há dois partidos, o PSD e o PS, que PSD e PS estão empatados, e que no dia 10 de março não se passou nada mais digno de nota.
Ontem, Pedro Nuno Santos subiu ao pódio para anunciar a derrota do PS e cumprimentar a AD pela vitória.
Mas, na plateia, o «jornalista» José Manuel Mestre, da Sic, perguntou-lhe porque é que estava a anunciar a derrota, quando ainda, segundo ele, Mestre, da Sic, havia uma possibilidade de o PS ganhar.
Então, Pedro Nuno Santos, que esteve surpreendentemente bem de serenidade e pragmatismo, explicou ao «jornalista» Mestre, da Sic, que o PS tinha perdido mesmo.
Mal acabara de responder, e já o «jornalista» Mestre, da Sic, insistia que talvez não fosse assim, que ainda havia uma hipótese.
O que fez Pedro Nuno Santos explicar ao «jornalista» Mestre, da Sic, que não, que o PS tinha perdido mesmo, e que não havia que alimentar ilusões.
Ora eu confesso que nunca tinha visto um «jornalista» que se julga jornalista descer tão baixo ao tentar desesperadamente fazer realidade das ilusões mais definitivamente perdidas. Agora já vi, foi o Mestre, foi a Sic. Mas quem julgar que isto é jornalismo e informação, e não o oposto, deve continuar a ver a Sic.
A peça de abertura de hoje da Sic 20 h sobre o discurso do Passos Coelho é uma vergonha, uma obra, não de jornalistas, mas gente despudorada e sem um pingo de honestidade intelectual. Omissões abrangentes e graves (habitação, saúde, economia, crescimento, segurança, defesa) seguidas da afirmação de que «foi o essencial de...» Escrutínio de afirmações para as desmentir (mal e com total desonestidade), sugestões de que aquilo é o discurso do Chega. Uma peça vergonhosa, despudorada, de uma desonestidade medular. Logo seguida de PNS a repetir a narrativa falsa dos cortes de pensões, que essa, passou sem escrutínio nenhum, evidentemente. O «I» de Sic não é de independente, nem de informação. O «S» talvez seja de sabujos, o «C» talvez seja de cloaca.
Registam-se os esforços derradeiros dos media para evitar a derrota do socialismo. As grandes e persistentes «notícias» são, agora, que Montenegro tem que revelar não sei quê que os media julgam que ele precisa muito de revelar, e mais não sei quê de Albuquerque. Os media não querem saber o que ele fará quando ganhar; querem saber o que faria se, como sonham, perdesse. Na sua lealdade suicida os media fazem questão de perder as eleições juntamente com o socialismo dos seus amores.
O tempo de Pedro Nuno Santos tem pouca importância. É o que vem a seguir que importa.
Os antecedentes
Na noite de dia 26 de setembro de 2021, o então primeiro-ministro António Costa, na primeira declaração sobre os resultados das eleições autárquicas, não sendo conhecida ainda a votação de Lisboa, congratulou-se porque os portugueses «renovaram a sua confiança no Partido Socialista». E, depois de admitir que «uma eventual derrota em Lisboa (…) penaliza qualquer partido», concluiu que «o país não é só Lisboa».
Foi pedagógico ver, depois, como o enviesamento, o preconceito, o favoritismo partidário, afectam os olhos, os ouvidos e a inteligência dos observadores engajados. É que, sendo para eles evidente que o Partido Socialista jamais perderia Lisboa, e que Fernando Medina era intocável, nenhum ouviu o que acabara de ser dito. Era, aliás, a coisa principal que Costa viera dizer antecipadamente e a título de controlo de danos: os socialistas tinham perdido a capital. Dias depois, Costa diria que não estava prevista nenhuma remodelação governamental por causa das autárquicas, e que os «refrescamentos» não se fazem no inverno.
Nem de propósito: a primavera começara há dois dias, quando Fernando Medina foi nomeado ministro das Finanças, em 22 de março de 2022.
Costa ungia o herdeiro.
A imagem
Há uma fotografia notável do dia da apresentação do «Plano de Acção» socialista, por Pedro Nuno Santos, no domingo, dia 12 de fevereiro. Mas a notável fotografia de José Sena Goulão, da Lusa, uma daquelas imagens que vale mil palavras, não é do protagonista principal, é da plateia. Obviamente, o preconceito só tinha olhos para o palanque, onde Pedro Nuno Santos discursava para «Portugal Inteiro». Mas a imagem fala mais alto. Ela mostra Alexandra Leitão, devotada «pedronunista«, olhos marejados de entusiasmo, bebendo enlevada o discurso, e, num arroubo de militância, pondo o «Plano» mais a jeito. A seu lado está o ungido, Fernando Medina, em cuja expressão a câmara, certeira e oportuna, captou o aborrecimento paciente com que espera a passagem do tempo, a nuvem de desdém que o espectáculo lhe faz perpassar no rosto. E, antes de Pedro Nuno Santos falar, já Medina tinha falado, já Medina tinha dito o que tinha a dizer e lhe convinha.
O discurso
E que disse Fernando Medina? No habitual registo socialista de realidade paralela, glorificou a obra do governo, do seu e de António Costa, na «transformação estrutural da economia», na «recuperação de rendimentos» na «convergência com a UE», na «redução do risco de pobreza», na «redução da tributação do trabalho» e no aumento de salários, e nas contas públicas – tudo coisas que não são assim, ou não são bem assim, ou têm um reverso omitido.
A «agência noticiosa» Lusa ficou, evidentemente, maravilhada, e apresentou o resumo do discurso no tom hagiográfico que costuma usar com os donos: «Com a credibilidade de ser o ministro das Finanças que deixa o país com contas públicas certas, com um dos maiores crescimentos da economia de toda a União Europeia, com as exportações em alta…» Etc.
Os «próximos» de Pedro Nuno Santos, ou os «dirigentes» ou os «membros do núcleo duro» de Pedro Nuno Santos ficaram, obviamente, aliviados: que era bom ter Medina «a caucionar o cenário»; que «é a garantia de contas certas»; que é «mais um sinal de confiança e continuidade».
Mas não eram esses os pontos principais do discurso de Fernando Medina.
Os dois pontos principais eram e são, primeiro, que se expurgarmos o discurso de tudo o que tenha a ver com a governação de António Costa e Fernando Medina… bem, não sobra discurso nenhum. Nada. Nem uma palavra sobre infraestruturas, ou ferrovia, ou Habitação, ou TAP, ou aeroporto, nada. Sem o elogio a Medina/Costa não há discurso.
E – segundo ponto fundamental do discurso – os derradeiros vinte e poucos minutos, ocupa-os Medina a classificar o que, segundo ele, foi um bom governo socialista, o dele e de António Costa: «realismo», «prudência», «consistência», «credibilidade», «previsibilidade», «tranquilidade», «constância».
Não foi decerto por acaso que resolveu enunciar os antónimos de Pedro Nuno Santos.
O herdeiro
Após a derrota nas eleições de 10 de março, o PS teimará durante bastante tempo em ignorar que o seu próprio interesse teria sido mais bem servido se tivesse sido outro, e não Pedro Nuno Santos, o sucessor de António Costa. Os media também. Os mesmos media que tão reverentemente apoiaram Costa, já vão inventando, agora, desculpas do «legado» de Costa para a mediocridade de Pedro Nuno Santos. Pois que mais poderia ele?! Estão a ver, é o legado! E acompanharão tanto tempo quanto lhes pedirem os estertores de esquerdismo radical de Santos.
Mas quando a maioria do PS e sua sede de poder constatar que o esquerdismo radical não a leva a lado nenhum, Pedro Nuno Santos terminará a fugaz e nada carismática carreira.
Não lhe sucederá António José Seguro, demasiado distante até dos «moderados», nem César, nem Carneiro, nem esse Francisco Assis que desbaratou toda a individualidade ao aderir ao que antes abominava.
Não. O sucessor será o herói sobrevivente dos anos gloriosos de Costa e Medina (cujo legado os media voltarão a glorificar). Em quem os socialistas reconhecerão o homem que governou bem, nos anos do governo de Medina e Costa; o camarada que fez tudo bem, e que esteve com o partido, até quando, abnegadamente, teve que ocupar um lugar secundário; o moderado «prudente», «previsível», «constante», «realista» de que precisam para voltarem a ocupar todos os postos do Estado e todos os postos das entidades que escrutinam o Estado. Fernando Medina, «o único e legítimo herdeiro».
O adversário
O governo da PAF foi vítima de uma ficção criada pelo Partido Socialista, e acolhida, acentuada, enriquecida, propagandeada pelos media, com destaque para as televisões: a ficção de que os riscos e os sofrimentos resultantes da bancarrota causada pelos socialistas eram culpa de quem sanou os estragos da bancarrota e devolveu credibilidade ao país.
Além da tarefa central de governar e remediar a ruína, o governo de direita saído das eleições de março deve preocupar-se menos com as pulsões radicais de Santos (ainda que venham a suscitar, inevitavelmente, o entusiasmo dos media), e mais em prevenir e contrariar desde o início – dado a dado, ponto a ponto, declaração a declaração, número a número – essa narrativa que chegará quando chegar «o único e legítimo herdeiro»: a narrativa ficcionada de que o governo de Medina (e, vá lá, também de Costa) foi um bom e progressivo governo, e não o pior governo da democracia, um colectivo incompetente e corrupto, um completo e verdadeiro desastre.
Desculparão, mas repito, foi uma lide magistral o comportamento de Luís Montenegro no debate com Rui Tavares. Mostrou-se dialogante, fez questão de que os votos que vão para o Livre não vão para o PS, apresentou as suas propostas, críveis, fazendo questão de não desmontar as patetices de Tavares.
Dizem-me que os comentadores de esquerda deram a vitória a Rui Tavares. Ou seja, não perceberam nada. Dizem-me que os comentadoRes de direita deram um empate. Ou seja, são burros ou medrosos.
Os debates eleitorais têm interesse. Os debates eleitorais têm audiência. Já o «achismo» dos comentadores, não sei…
Gosto dos debates eleitorais nas televisões. Gosto mesmo dos debates eleitorais nas televisões.
Gosto, primeiro, porque nos chegam sem filtros, e, por isso, são informação em estado bruto. Cada participante diz o que quer – sem que aquilo que disse seja truncado, ou treslido com alguma adenda escrita ou em voz off.
Foi assim, por exemplo, que, em dois debates, soube mais sobre o programa de governo da AD do que em semanas em que a comunicação social se esforçou por omitir informação sobre ele, ou sobrepor-lhe notícias menores (a casa de Espinho, a presença ou ausência de Passos Coelho, a presença ou ausência de outra figura da AD).
Foi assim, por exemplo, que vi expostos a clara luz o programa e as intenções do Bloco de Esquerda. Não as vozes maviosas, nem as expressões condoídas, mas o verdadeiro programa e as reais intenções.
Foi assim, por exemplo, que compreendi que Pedro Nuno Santos não tem uma ideia. Aliás, tem uma. O papagaio de Samuelson, que tinha dois neurónios, tinha dois motes: oferta e procura. Pedro Nuno Santos, que só tem um (mote, quero eu dizer) só sabe dizer Estado-Estado-Estado.
Gosto, em segundo lugar, por serem esclarecedores, não apenas no que é dito, mas na linguagem corporal, na linguagem facial.
Foi assim, por exemplo, num notável momento de televisão – desses em que a imagem vale mil palavras – que vi Mariana Mortágua, descomposta pela argumentação de Montenegro, encerrar uma fraca réplica com um sorriso que era um arreganho raivoso. Como nas Novas Andanças do Demónio, «saía-lhe fumo pelos intervalos do riso».
É assim que – lamentando o que vejo – vejo como o olhar de Rui Rocha não pára de deambular por pessoas e cenários, num sintoma de insegurança que deveria corrigir depressa.
Foi assim, por exemplo, que vi as inegáveis qualidades de tribuno e polemista de André Ventura, a exuberância e o tom categórico que tanto atrapalham os adversários, virarem-se contra ele, e porem várias propostas em dúvida.
Gosto, em terceiro lugar, porque os participantes estão sozinhos na função, não podem contar com a ajuda de plateias fiéis, profissionais de relações públicas, ou jornalistas simpatizantes (sobre a ajuda de comentadores, lá iremos). Nos debates, eles estão sozinhos.
Vejo, por exemplo, como as aparições de Pedro Nuno Santos – não apenas nos debates, mas sobretudo nos debates – relembram dolorosamente um historial de governação lamentável, e põem em cruel evidência a impreparação pessoal e política. Terão notado como – não apenas por causa dos debates, mas sobretudo por causa dos debates – as classificações enlevadas de «enérgico» e «carismático» com que era habitual virem adornadas as notícias sobre PNS, pois bem, terão visto como esses adjetivos fugiram espavoridos de cena.
Depois, há os comentadores televisivos dos debates eleitorais.
Não gosto nada dos comentadores televisivos dos debates eleitorais – os quais, aliás, passei a abster-me de ver.
Não gosto, em primeiro lugar, do esforço vão de originalidade que os leva a «achar» coisas extraordinárias. Uma das coisas extraordinárias que os comentadores «acham» é que os participantes nos debates (citação literal:) «falam para os convertidos». Estes comentadores «acham», portanto, que os participantes nos debates deviam, mais do que expor as suas ideias e programas, dissertar sobre, sei lá, as promessas da nanotecnologia, a situação política no Iémen, as nuvens cúmulo-nimbo e a aviação civil, os segredos da jardinagem.
Não gosto, em segundo lugar, mas acima de tudo, do enviesamento ou da cegueira. Não me incomoda que na sua confrangedora fidelidade Neves ou Pratas incensem PNS. Mas aflige-me que perante as mentiras descaradas de Mortágua (e deve-se sublinhar que «mentira», neste caso, não é ausência de verdade, mas o exato oposto dela), perante aldrabices gritantes, a generalidade dos comentadores a imagine triunfante.
Por fim, e tal como os comentadores, também eu vou «achar» coisas. Eu acho que os comentadores dos debates televisivos estão a fazer nascer um sentimento geral de que a sua intervenção é, não apenas inútil, mas sobretudo prejudicial. Eu acho que isso é péssimo para eles. Eu acho que este é mais um caso clássico do arroseur arrosé. Mas eu acho que eles lá sabem…
Em vésperas de eleições nos Açores, o Expresso publicou uma sondagem sobre voto nacional em que concluía pelo grande sucesso do Chega, e colocava uma fotografia triunfal de André Ventura atravessado na página. O Chega subiu a votação e conseguiu 5 deputados nos Açores, mas a vitória foi da AD. Se era um prognóstico para as eleições regionais, o Expresso perdeu as eleições nos Açores.
A Sic abriu o telejornal das 13, hoje, dizendo que a AD ganhou, mas a governação depende do PS. Em peça separada, pouco adiante, a Sic garante que «o PS pode ser a chave». Por entre manipulação de dados - que só pode ser considerada desonesta, para evitar dizer que é vã e estúpida (nem com Bloco e IL o PS formaria governo) - a Sic perdeu as eleições nos Açores.
A Católica disse à RTP e ao Público, em sondagem sobre as eleições nos Açores, que o PS ia ganhar com 39% (teve 35,9 e perdeu dois deputados) e a aliança PSD/CDS/PPM ia perder com 36% (teve 42% e elegeu 26 deputados). A Católica, a RTP e o Público perderam as eleições nos Açores.
A CNN/Tvi abriu o jornal das 13, hoje, com o interrogatório a Madureira, o «Macaco» dos dragões, e os protestos da Polícia. Sobre as eleições nos Açores - ao fim de vários minutos, por fim - garantiu depois que «há dúvidas sobre a governabilidade», e que «o PS deixa tudo em aberto». A CNN/Tvi não consegue engolir que perdeu as eleições nos Açores.
A sondagem da Aximage para o Açoriano Oriental e a Rádio Açores TSF deu um empate técnico entre PS e AD: 36,6% (foi 35,9%) contra 33,5% (foi 42%). A Aximage, o Açoriano Oriental e a Rádio Açores TSF perderam as eleições nos Açores.
Aguardam-se mais erros de avaliação, manipulações e dislates.
P.S. (salvo seja) Entretanto, na Sic como na Tvi, os comentistas -- já sem sequer repararem, como rabos escondidos com o gato de fora -- continuam a perorar sobre as eleições dos Açores exclusivamente pelo ponto de vista do PS.
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