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Esta é a grande manchete do Público de hoje.
Porque há novidades ou algum trabalho de fundo do Público sobre a evolução do mercado da habitação em Portugal?
Não, é apenas porque é preciso mobilizar pessoas para uma manifestação que vai ocorrer hoje.
Dependendo dos jornalistas, há matérias em que o Público se comporta como um vulgar panfleto publicitário, a habitação, conduzida por Rafaela Burd Relvas, ou a migração, conduzida por Joana Gorjão Henriques, são exemplos exemplares da diferença entre um panfleto publicitário e um jornal.
Fazer a principal manchete do jornal com base na necessidade política de apoiar uma manifestação sobre a política de habitação, é isso um jornal?
Toda a peça em que se baseia a manchete é igualmente absurda, e posso dar um exemplo.
"a receita para resolver a crise habitacional tem sido repetida pelos sucessivos governos. ... as medidas assentam na tese de que o aumento da oferta fará com que o mercado se auto-regule e que os preços baixem. Os resultados [aumento de 97% no aumento do valor de venda e aumento de 80% no valor das rendas, contra um mero aumento de 36% no ordenado médio, números que não me apetece ir verificar em fontes independentes, acrescento eu], contudo, estão longe daquilo que tem sido prometido", escreve Rafaela Burd Relvas.
O normal, num jornal, seria a demonstração de que as políticas de habitação de todos os governos se baseiam no aumento da oferta da construção e, mesmo assim, os preços sobem.
Independentemente de ser mentira, escrito com todas as letras, mentira, que as políticas dos diferentes governos sejam iguais e se baseiem essencialmente no aumento da oferta, um jornal, mesmo politicamente orientado, traria para a peça a demonstração de que tem havido um aumento de oferta de habitação muito relevante, para sustentar a tese da autora do artigo, e do jornal, e que o aumento da oferta não está a funcionar para baixar os preços.
Azar da jornalista, e do Público, fui verificar os dados ao INE e enquanto em 2007 se produziam umas quatro mil novas casas por mês, em 2018, que a jornalista toma como base de comparação, eram cerca de metade por mês e desde 2018 até agora, continuamos nas tais duas mil casas novas por mês, mais coisa, menos coisa, ou seja, a jornalista está a tentar intrujar os leitores dizendo que todos os governos têm baseado as suas políticas no aumento de construção nova mas que isso não se reflecte no preço das casas porque é mentira que o mercado se auto-regule.
E é isto que pretende ser um jornal de referência.
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