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De Segunda a Sexta, pelas sete e picos da manhã, este é o cenário à porta de um serviço público que deve abrir pelas nove.
Tem variações, há alturas de menor afluência (como actualmente), há alturas de maior afluência, havendo quem, uma vez por outra, ali fique do dia anterior, para ser atendido.
Lembrei-me de si e dos seus nobres sentimentos de solidariedade com as vítimas da história de há mais 100 anos e calculei que fosse por mero esquecimento que a solidariedade para com as vítimas da história de há cinquenta anos tenham estado ausentes do seu discurso de 10 de Junho.
Estes são vítimas da nossa responsabilidade, da Lídia, minha, e de todos os que compraram a nossa tranquilidade com uma lei na nacionalidade racista que retirou a possibilidade das pessoas optarem pela nacionalidade que entendiam, quando foram criados novos países.
Mais que isso, para conservar a nossa tranquilidade (não, não estou a julgar a história nem a dizer que poderia ter sido diferente, as coisas são o que são, no seu contexto, e não o que poderiam ter sido, noutro contexto), não deixámos, sequer, essas pessoas escolher o seu destino, que entregámos a grupos armados não democráticos.
Hoje, precisamente hoje, mantemos os descendentes destas vítimas à porta dos nossos serviços, porque somos incapazes de gerir um Estado funcional, capaz de dar resposta às pessoas (por coincidência, ontem um amigo mandava-me um mail a dizer que um organismo público, ao fim de onze meses de insistência, finalmente lhe tinha respondido sobre se tinham ou não tinham uma coisa concreta que tinham obrigação de ter, resposta essa, aliás, que não dizia nada de relevante).
Era só isto que lhe queria dizer, que para além de maior rigor histórico (cuja discussão deixo para terceiros), teria sido bom não se ter esquecido das vítimas concretas que ainda hoje sofrem as consequências concretas de decisões concretas tomadas na nossa vida.
É pena.
"As elites globalistas portuguesas tal como os seus inspiradores na esquerda anglo-saxónica woke caviar, têm o que Rob Henderson classifica de “convicções luxuosas:” são pela “inclusão” à força, apressada e mal pensada de imigração em massa cujas consequências rebentem nas vizinhanças pobres enquanto elas vivem nos melhores bairros de Lisboa e fazem discursos ou escrevem artigos lindíssimos e giríssimos. Acham-se melhores moralmente que os portugueses que se queixam do que sofrem devido às irresponsáveis decisões globalistas. No entanto, parecem-nos hipócritas e egoístas. São como os seus mestres poderosos de Martha’s Vineyard nos EUA que puseram imediatamente fora desta sua rica ilha os imigrantes cuja importação e colocação eles próprios promoveram para pôr nas zonas pobres do resto do estado de Massachusetts. Para outros sofrerem as consequências da “generosidade” deles. Os outros que vivam na pele os bonitos discursos deles.
O mundo sem a cultura portuguesa ficaria mais pobre, homogéneo e limitado. Seria como a mente dos globalistas wokistas em Portugal proponentes da desvalorização da nossa identidade cultural muito mais bela e única que os discursos comuns deles, importados da Califórnia ou de Londres."
Pedro Caetano no Observador(artigo completo no meu O Planeta dos macacos políticos)
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