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O título do post é uma citação do artigo de hoje de Alexandre Homem-Cristo, no Observador, artigo em que se compara um objectivo que em 2019 se estabeleceu - erradicar o fenómeno dos sem abrigo em 2023 - e o resultado alcançado: aumento de 7100 em 2019 para os, prováveis (os números de 2023 não são seguros, mas são com certeza um aumento a partir dos 10 770 de 2022) mais de 11 mil em 2023.
Vamos ter eleições a 10 de Março, e como diz um político novo que será candidato e apareceu do vácuo, "Eu tenho agora a oportunidade, já não é só lutar e criticar e apontar o outro e combater. Agora não. Agora, é a oportunidade, finalmente, de nós podermos fazer alguma coisa decente e de jeito pelo nosso país e pelas pessoas" (Pedro Nuno Santos, ontem, em entrevista a Júlia Pinheiro).
Muitíssimo bem dito por Pedro Nuno Santos, temos agora uma nova oportunidade de fazer alguma coisa decente e de jeito pelo nosso país, no momento em que votarmos.
Aparentemente, a imprensa dedica-se ao habitual, produzindo dois momentos fabulosos de Hugo Soares, Secretário-Geral do PSD, um na CNN e outro na SIC Notícias. Ele próprio diz que está incomodado com o que vai fazer, e até acha ridículo, mas prossegue, das duas vezes, comentando, em directo, os rodapés que as duas televisões passavam naquele momento.
No primeiro caso, uma citação entre aspas de Passos Coelho que Hugo Soares se limita a dizer que nunca existiu e não compreende como alguém resolve pôr num rodapé afirmações que Passos Coelho nunca fez, atribuindo-lhe a sua autoria.
No dia seguinte, na SIC Notícias, é ainda mais divertido: enquanto ele, secretário-geral do PSD, explicitamente e em directo, está a dizer que o PSD não vai fazer acordos nenhuns com o Chega, o rodapé informa os espectadores de que o PSD não faz comentários sobre acordos com o Chega.
Este é pano de fundo com que se entretém uma imprensa de tricas que, em grande parte, inventa e na outra parte manipula.
O longuíssimo cadastro de fracassos do Partido Socialista é facílimo de verificar da mesma forma que os comentadores do Observador fazem hoje, Alexandre Homem-Cristo sobre os sem abrigo, Luis Rosa, sobre as questões institucionais, Diogo Prates de forma mais geral ou Margarida Bentes Penedo sobre habitação social.
Comparar compromissos assumidos com resultados verificados, quase passa despercebido nas redacções dos jornais e televisões, o importante são declarações que entalem o adversário.
A minha convicção profunda é que a generalidade (há boas excepções, mas são poucas) dos jornalistas de política em Portugal foram recrutados entre taxistas e porteiras, e portanto o seu interesse primordial são os mexericos dos seus pequenos mundos.
Por tudo isto o longuíssimo cadastro de fracassos tem muito menos importância que a convicção do tal político que apareceu do vácuo a dizer que finalmente tem agora a oportunidade de fazer alguma coisa decente e de jeito pelo país, e isso vai-se reflectir-se, veremos até que ponto, nos resultados eleitorais de 10 de Março.
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