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Esta peça do Observador é o que eu gostaria que fosse, dominantemente, o jornalismo.
Claro que se pode perguntar se o acesso à documentação não terá sido proporcionado por alguém ligado à empresa, violando deveres de confidencialidade em relação aos clientes e outras questões metafísicas do mesmo tipo.
Também se pode questionar o uso de fontes anónimas, mas não só o seu uso é restrito como não serve para contrabandear opiniões, serve para ajudar a interpretar a documentação e alargar os pontos de vista na interpretação da informação.
Certo, certo, é que se a imprensa funcionasse sempre assim, não só não estaríamos agora em campanha eleitoral (jamais os dirigentes do PS adoptariam o discurso que adoptaram, com insinuações gravíssimas, para justificar o absurdo da Comissão Parlamentar de Inquérito em que se empenharam, se a informação dominante no espaço público fosse a que resulta desta peça jornalística), como o espaço para a intriga, a insinuação não fundamentada, a difamação e outras formas ilegítimas de condicionar o debate público não seria o que é hoje, restringindo os efeitos socialmente negativos que decorrem do contexto de suspeição permanente e generalizada em que estamos metidos, promovido por uma imprensa que se esqueceu de regras básicas da profissão.
Obrigado Luís Rosa e obrigado Observador.
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