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Um equívoco sobre Alexandra Reis

por henrique pereira dos santos, em 28.12.22

Na história dos últimos dias sobre a até ontem Secretária de Estado do Tesouro parece-me haver uma excessiva atenção ao que fez ou deixou de fazer Alexandra Reis, e uma excessiva desatenção ao que fez ou deixou de fazer o outro lado.

Provavelmente a contratação de Alexandra Reis para chefe das compras da TAP até terá sido muito racional, o que se conhece de toda esta história é que Alexandra Reis parece ser uma negociadora temível e uma pessoa com um fortíssimo sentido de oportunidade para aproveitar as fragilidades dos negociadores do outro lado.

A ser assim, isto recomenda-a fortemente para chefe de compras, desde que seja possível garantir que estas qualidades são usadas a favor de quem a contrata - incluindo eventuais justos prémios por desempenhos acima da média - e não apenas a favor de si própria.

Não tenho por isso nada a dizer sobre Alexandra Reis, eu não funciono assim mas, aparentemente, limitou-se ao levar ao limite as oportunidades de ganhar dinheiro que encontrou. Não é a ela, enquanto trabalhadora da TAP, incluindo no Conselho de Administração, que lhe compete defender os interesses dos contribuintes.

Já a discussão sobre o que fez o outro lado nisto tudo parece-me bem mais útil, até porque na TAP está em causa dinheiro dos contribuintes, isto é, o dinheiro cujo uso é eticamente mais exigente por incluir, por pouco que seja, também dinheiro dos mais pobres e frágeis da sociedade (não me venham com a conversa de que os pobres não pagam impostos, por duas ordens de razões: 1) pagam sim, quando compram um quilo de batatas onde se inclui o IVA; 2) o dinheiro dos impostos, de uma maneira ou de outra, vai sempre ser pago pelos consumidores finais sob a forma maior custo de vida, afectando desproporcionalmente, em relação ao poder de compra, os mais pobres).

Ora o outro lado começou por votar nestes governantes, sabendo que defendiam o aumento do peso do Estado na TAP, o que concretizaram em 2016, revertendo parcialmente a privatização anterior.

Alexandra Reis e Stéphanie Silva, entram na TAP depois deste reforço, Alexandra Reis pela mão de David Pedrosa, Stéphanie Silva não sei em que contexto (o curriculum que vi não aponta para nenhuma relação anterior com a aviação, mas os juristas, por definição, são generalistas que têm a obrigação de estudar cada sector sobre o qual têm de aconselhar decisões).

Sei com quem é casada, sei de quem é filha (conhecem com certeza a famosa fotografia de um jogo de futebol com Sócrates e meia dúzia de amigos, no Brasil, na altura do auge de poder de Sócrates, e pai de Stéphanie está entre Sócrates e o amigo dilecto que lhe emprestava dinheiro) e isso chega-me para suspeitar da relação entre o aumento do peso do Estado na TAP e a sua entrada como directora jurídica da companhia. O que não diz nada sobre a sua provável competência (saiu da TAP para uma sociedade internacional de advogados líder em matérias de aviação, área na qual evidentemente foi colocada depois de quatro anos a desempenhar esta função na TAP).

O que está em causa não são estas duas senhoras, acredito que usaram o melhor do seus conhecimento, o melhor da sua rede de contactos e o melhor das suas capacidades (os três factores fundamentais na evolução de qualquer carreira profissional) para entregar aos seus patrões o que entenderam ser a sua obrigação, optimizando o retorno pessoal que entenderam ser-lhes devido.

O que está em causa é verificar, mais uma vez, que num país em que o peso do Estado na economia é o que é, a cultura institucional é a que permite e gera o que agora se sabe sobre a relação entre Alexandra Reis e a TAP, estando muito longe de ser um caso excepcional, excepto, provavelmente, no que diz respeito à capacidade negocial de Alexandra Reis, que, essa sim, me parece excepcional (isto é um elogio, não é uma ironia).

A maneira de limitar os efeitos negativos desta cultura institucional - que ainda por cima é hoje o maior cimento agregador do PS e, consequentemente, do Estado - não é demitindo as pessoas envolvidas, é limitando a aplicação do dinheiro do Estado ao que é mesmo indispensável que seja o Estado a fazer.

Discutir a ética de cada um dos envolvidos nesta história é uma boa maneira de desviar as atenções do que é essencial: discutir os modelos organizacionais e de gestão que limitem a possibilidade de os contribuintes terem de negociar com pessoas excepcionalmente competentes a defender os seus interesses, como parece ser o caso.


48 comentários

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De anónimo a 28.12.2022 às 11:06


Exactamente. Competiria aos deputados, na AR, fiscalizar em nome dos contribuintes as despesas públicas (bem assim como a tributação).

Mas alguém ainda pensa que seria possível deputados selecionados e nomeados pelos partidos alguma vez fiscalizarem as acções de quem tem o poder de os nomear, ou não nomear, deputados?.

Deputados dos partidos jamais fiscalizarão efectivamente as despesas públicas. Como sempre tudo é e será só teatro absurdo.

Quantos casos com "exito", semelhante a este, já não terão passado "bem" longe da opinião pública, nas empresas públicas ou intervencionadas?.
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De Carlos Sousa a 28.12.2022 às 11:29

"Alexandra Reis parece ser uma negociadora temível e uma pessoa com um fortíssimo sentido de oportunidade..."


Vê-se que tem um fortíssimo sentido de oportunidade, por isso é que se demitiu para poder gozar a indemnização. 
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De Anónimo a 28.12.2022 às 11:49

Não, a coisa não foi bem assim. Foi mais do género:
Eles: Menina, estás a ganhar um a pipa de massa, 350.000 ao ano, põe-te é no ca#al#o.
Ela: Isso é que era bom. Vou pelo meu pèzinho, mas quero 1.500.000 dele, senão ponho a boca no trombone sobre para onde foram os mil e não sei quantos milhões que, em vez de pôr os aviões a voar melhor, aterraram em algibeiras...
Eles, após cochirarem uns com os outros: Não. Vamos fazer assim. Damos-te 500.000, atravessas a rua e vais para ali mamar mais uma pipa de massa e depois, pomos-te a secretária aqui do nosso amigo.
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De Carlos Sousa a 28.12.2022 às 13:17

Pois, se calhar o gabinete de advogados do irmão do presidente da República trabalhou de borla.
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De Anónimo a 28.12.2022 às 11:41

Oportunistas, vigaristas e inúteis.
Francamente, já sobram!
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De balio a 28.12.2022 às 11:45


O Henrique Pereira dos Santos parece neglignciar, ou desconhecer, o facto de que esta história toda nada tem de diferente daquilo que se passa em muitas empresas privadas, em Portugal.
A minha mulher trabalhou como gestora em meia dúzia de empresas, foi despedida meia dúzia de vezes (o que nada diz sobre a sua competência, uma vez que os despedimentos são muito frequentes nesse meio e nada têm a ver com a competência dos despedidos), embolsou nalguns deles chorudas indemnizações (mas nada como a da Alexandra Reis, porque era gestora a um nível muito mais baixo), e, pelo que ela me conta, tudo isto que se passou com a Alexandra Reis é lana caprina nesse meio.
A TAP nisto tudo comportou-se da mesma forma que se comportam as empresas privadas típicas em Portugal. Geriu muito mal o caso, em minha opinião, mas não o geriu pior do que qualquer empresa privada o faz.
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2022 às 12:09

Tu pareces negligenciar, ou não perceber, o que está escrito no post: "Não tenho por isso nada a dizer sobre Alexandra Reis, eu não funciono assim mas, aparentemente, limitou-se ao levar ao limite as oportunidades de ganhar dinheiro que encontrou. Não é a ela, enquanto trabalhadora da TAP, incluindo no Conselho de Administração, que lhe compete defender os interesses dos contribuintes.

Já a discussão sobre o que fez o outro lado nisto tudo parece-me bem mais útil, até porque na TAP está em causa dinheiro dos contribuintes, isto é, o dinheiro cujo uso é eticamente mais exigente"

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De balio a 28.12.2022 às 12:19


Percebi perfeitamente o que está escrito nessa frase do post. O que eu digo é que a TAP neste caso agiu mal, mas agiu da mesma forma que agem empresas privadas de dimensão e prestígio similares em Portugal. Não agiu pior nem melhor do que empresas privadas semelhantes.
Aquilo que está mal, Henrique, não é a TAP, é toda a cultura empresarial em Portugal (e quiçá no estrangeiro também). Uma cultura em que os gestores são despedidos, não porque trabalhem mal, mas porque não se dão bem com outros gestores mais poderosos, gestores esses que, por sua vez, só querem enfiar na empresa os seus amigos e cunhados, e tudo isto com indemnizações chorudas, extraídas aos lucros da empresa - que em grande parte são obtidos de comprar produtos por tuta-e-meia em países do Terceiro Mundo e revendê-los por dez vezes esse valor em Portugal.
É esta a prática empresarial normal em Portugal, em empresas privadas. A TAP, naturalmente, mesmo sendo pública, age da mesma forma.
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2022 às 15:01

Continuas a não ler ou a não perceber: "dinheiro dos contribuintes, isto é, o dinheiro cujo uso é eticamente mais exigente ... estando muito longe de ser um caso excepcional".

Não sendo eu dono de uma empresa, o que tenho eu com o facto da empresa torrar dinheiro que não é meu?
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De Mario Coelho a 28.12.2022 às 16:20

Ele não quer perceber...
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De balio a 29.12.2022 às 09:56


Mas as empresas públicas, se querem ter bons gestores, têm que atuar com eles, nomeadamente a nível de salários e indemnizações, da mesma forma que as empresas privadas atuam.
Não se pode fazer uma parede estanque entre as empresas privadas e as públicas, e exigir que os gestores das empresas públicas sejam umas virgans puras.
E era isto, aliás, que a direita costumava defender há uns anos. Agora, pelos vistos, mudou de opinião.
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De henrique pereira dos santos a 29.12.2022 às 14:16

Não faço ideia do que a direita costumava defender e do que defende hoje, eu defendo o que está no post:
"A maneira de limitar os efeitos negativos desta cultura institucional - que ainda por cima é hoje o maior cimento agregador do PS e, consequentemente, do Estado - não é demitindo as pessoas envolvidas, é limitando a aplicação do dinheiro do Estado ao que é mesmo indispensável que seja o Estado a fazer."
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De Anónimo a 28.12.2022 às 22:51

Se a sua mulher era gestora a um nível muito mais baixo era "trabalhadora por conta de outrem" e isso tem regras claras no que respeita a demissões ou rescisões amigáveis.
Esta senhora era administradora e pertencia aos " Corpos Sociais" e isso tem regras claras no que respeita a renúncias ao cargo ou perdas de mandato.
Se fosse a si, sem ofensa, procuraria melhorar as suas informações junto de fontes mais conhecedoras do assunto antes de escrever sobre este assunto.
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De balio a 29.12.2022 às 09:57

Quer você dizer então que Alexandra Reis nem sequer tinha direito a receber indemnização nenhuma?
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De Anónimo a 29.12.2022 às 23:53

Esperava mais e melhor de si, nem interpretar o que está escrito sabe.
Mas eu explico.
1. A senhora tinha direito a uma indemnização como "administradora" (Corpos Sociais) não sei de quanto dado que a tutela, a entidade que a elegeu e tinha que aprovar formalmente  as condições de saída e  montante das verbas, pelos vistos não o fez;
2.  A senhora tinha direito a uma indemnização como "directora" (trabalhadora por conta de outrem) cujas condições e montante foram aprovadas pelo CA, a quem isso competia, tendo sido pagas e que não admitem dúvidas;
3.  A senhora tinha direito a férias não gozadas mas aí não sei o que lhe diga pois, entre vencidas e vincendas e o que mais seja, não faço ideia como se chega àquele valor conhecidos como são os valores de base.


E agradeço que não se excite tanto e ponha nos outros o que eles não pensaram e muito menos disseram. 
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De balio a 30.12.2022 às 11:18


Conclusão: a senhora tinha direito a indemnizações que Você não sabe quanto eram.
E como não (se) sabe, ela pôde pedir milhão e meio, e pôde negociar para que no fim só lhe dessem meio milhão.
Conclusão: nada houve de ilegal. Foi feito aquilo que normalmente é feito: o trabalhador tem direito a uma indemnização grande, mas aceita ficar com uma mais pequena, porque entretanto já encontrou emprego alhures.
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De Anónimo a 30.12.2022 às 17:30

Claro que ela até podia pedir 15 ou 30 milhões.
E não sei se houve algo de ilegal, para já há algo de irregular, por isso a IGF e CMVM (e não só) estão com o processo nas mãos.
Não sei eu nem pelos vistos sabem os colegas de CA (que arranjaram ali um número redondinho mal explicado) nem muito menos os "patrões" que aguardam os pareceres que pediram oficialmente (fora os que pediram particularmente).
Acabou aqui a minha paciência para o aturar, um ignorante que continua a falar de "trabalhador" quando esse estatuto só o tinha enquanto diretora da empresa e que acha que emprego algures também como "administradora" do outro lado da rua e com o mesmo "patrão" a pagar é o mesmo que estar na fila do "centro de emprego".
Se quer continuar a sê-lo, olhe que isso é grave num "investigador principal" de uma entidade que também frequento como convidado, podemos discutir isso ali à porta do "Pavilhão Central", acho que esse ao menos deve saber onde fica.


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De pitosga a 28.12.2022 às 11:55


HPS, muito bom texto. Calmo, límpido e tranquilo.


Abraço
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De entulho a 28.12.2022 às 12:13

'ninguém sabia de nada' e a culpa é dos porteiros dos ministérios.
para o ano há mais
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De Luis a 28.12.2022 às 17:14

Ou dos motoristas começando num tal de João Perna e acabando no do Cabrita.
Quanto a ninguém saber de nada isso é o dia-a-dia do governo do Copperfield Costa, ele então nunca sabe nem ouviu nada de nada de tudo aquilo que seja tóxico para a sua constante navegação ao sabor da popularidade e eleitoralismo. Costa consegue elevar o oportunismo, mentira e xico-espertice a níveis verdadeiramente estratosféricos. 
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De Carlos Alberto a 28.12.2022 às 12:47

isto é mais do que um equivoco, é um roubo, a lição que tiramos daqui não será propriamente uma questão de oportunismo da senhora, mas uma questão de incompetência da chefia da própria TAP, daí se depreende os elevados prejuizos da empresa, sustentada pelos contribuintes, até quando vamos sustentar estes chulos, ainda não me esqueci do pregão "A TAP É NOSSA", é mas é de quem se governa á conta dela.
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De Carlos Marques a 28.12.2022 às 13:10

Alexandra Reis é tudo o que a Direita defende: uma capataz agressiva a cortar salários e a despedir. Uma sangueguga de classe social favorecida a mamar os seus milhões aqui e ali. "ah e tal o CEO merece".
Isto é NeoLiberalismo, "Democracia" Liberal, "regras" da Economia de Mercado, "boas práticas" Europeístas, tudo o que vocês defendem.
E se a TAP estivesse privatizada, e acontecesse exatamente a mesma coisa, estariam ou em silêncio ou a rasgar as vestes contra quem criticasse a desigualdade pornográfica do sistema.
Vão-se catar!
PS: sim, este governo é uma m*rda. Mas não é por isso que a Direita cheira melhor...
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2022 às 15:03

"boas práticas"?
liberalismo?
mercado?
Sugiro que não pare a medicação só porque é Natal.
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De Anónimo a 28.12.2022 às 15:31

Os sovacos das camilas cheiram melhor?
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De Luis a 28.12.2022 às 19:44

Eheheh e, no entanto, anda de mãos dadas à cúpula do PS... Porque será? Já parou para pensar nisso ao menos antes de vir para aqui vomitar preconceitos ideológicos?
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De Anónimo a 28.12.2022 às 22:39

Volta SALAZAR, estás  perdoado.
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De Anonimo a 28.12.2022 às 13:20


" discutir os modelos organizacionais e de gestão"


Referi isto há algum tempo, na altura o escriba tratou do comentário como se fosse um tolinho dos powerpoints e fluxogramas.
O problema da governação em Portugal é que está dependente de pessoas, quando devia estar dependente de processos. Claro que a competência individual não é irrelevante, mas tudo tende a correr melhor quando existe um modelo de gestão implementado, e as pessoas se limitam a executá-lo, e claro, aperfeiçoá-lo. Em última instância, e passe o exagero, a máquina estatal deveria funcionar mesmo sem Governo eleito.

Por cá, cada cacique tem o seu "estilo de governância", e gere o seu castelo consoante os seus "padrões éticos".
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2022 às 15:04

Os modelos de gestão assentes em processos que não contam com as pessoas costumam dar excelentes resultados.
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De Anónimo a 28.12.2022 às 18:51

Sim, costumam. Como escrevi, e bem terá lido, convém ter competentes (nem entro nos honestos) a executá-los, pois as coisas não acontecem por obra e graça do Divino.
E claro, os próprios processos são pensados e  desenhados por pessoas.
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De henrique pereira dos santos a 29.12.2022 às 08:34

O problema é que a definição de competente e honesto varia muito, portanto os modelos que pressupõem que serão executados por pessoas competentes (preferencialmente honestas, também), de maneira geral dão asneira porque todos os modelos são executados, de maneira geral, por pessoas comuns, com as suas virtudes e defeitos.
Os bons modelos são os que limitam os estragos que possam ser causados pela sua execução por pessoas incompetentes, ou por pessoas competentes mas desonestas (apesar de tudo as incompetentes desonestas são mais fáceis de controlar).
E é exactamente isso que o post diz que é preciso discutir.
Quanto à tal situação em que diz que eu disse o contrário disto, não sei do que fala, portanto não tenho maneira de ir ver o que disse na altura, e se eu disse ou não alguma asneira, coisa que faço frequentemente.
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De José Gonçalves a 28.12.2022 às 13:30

Em empresas em situação económica difícil "Actos de Gestão" desta natureza eram triviais. Pagamento de indemnizações por rescisão e, simultâneamente, assinatura de contrato de Prestação de Serviços para as mesmas funções! Só me faz impressão é que quem os praticou venha agora "rasgar as vestes"...
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De Anónimo a 28.12.2022 às 23:00

Com membros do Conselho de Administração?
Mas com essa da "assinatura de contrato de Prestação de Serviços para as mesmas funções!"  percebi que o José Gonçalves estava na brincadeira.

Convém pensar antes de escrever, que isso era e é trivial com "trabalhadores" todos sabemos e muitos terão mesmo usufruído disso, agora com membros do CA é preciso ter uma imaginação notável.

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