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Um desastre anunciado por um fugaz momento de gloria

por Jose Miguel Roque Martins, em 16.11.23

Captura de ecrã 2023-11-16, às 11.36.59.png

 

Para conseguir a investidura, Sanchéz deu tudo ou quase tudo, a todos, até o que não podia mesmo dar: o reacender da discussão da unidade de Espanha.  A não ser uma surpresa de última hora, (uns deputados do PSOE com consciência?) irá ser empossado.

A habilidade de Sanchéz é proverbial, ao nível de um António Costa, o que não é dizer pouco. Por mais habilidoso que seja, parece surreal que o seu governo não caia rapidamente com estrondo: para que não aconteça, terá que manter todos os dias suficientemente contentes um saco de gatos, alguns muito selvagens, cada um com vontade própria.  Mesmo que esteja disposto a sacrificar tudo, até Espanha, como tem demonstrado, não acredito que o consiga fazer por muito tempo. Depois, teremos um País em cacos por um fugaz momento de gloria.  

Será então interessante ver se o PSOE tem tantas vidas como o PS em Portugal.

 

 


36 comentários

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De Anónimo a 16.11.2023 às 11:58


Falavam mal do pai, mas este Rei é um banana. Ao menos o pai "teve os huevos" e travou o conflito quando o Milan del Bosch tomou de assalto armado o Parlamento Espanhol ("al suelo !") e havia tanques na rua.
Este novo Rei que jurou a defender a integridade e Constituição de Espanha tem todo o direito constitucional para não empossar um Governo que para lá chegar e na ânsia de poder está a vender a Espanha às postas - mas não o fará.
Tal como em Portugal, é no que dá "votarem por causa do papão que vem aí se não comes a sopa". É a nova moda dos governos dos derrotados que fazem matilha de chacais para atacar o vencedor.
Isto está a correr bem. Vai dar bom resultado.
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De marina a 16.11.2023 às 13:45


o rey não pode fazer nada , tem de empossar o governo.  não pode negar-se a assinar , não pode vetar leis aprovadas pelas  cortes e ele.

 e o tc e o supremo estão minados pelo sanchez.
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De balio a 16.11.2023 às 15:15


Este novo Rei que jurou a defender a integridade e Constituição de Espanha tem todo o direito constitucional para não empossar um Governo



Eu julgo que o rei de Espanha, tal como todos os restantes reis e rainhas da Europa, não tem basicamente direito nenhum de fazer nada. Não pode fazer nada de relevante em política interna.
Os reis europeus têm menos poder político nos seus países do que, por exemplo, Marcelo em Portugal.
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De Anónimo a 16.11.2023 às 15:51

O militar que irrompeu pelo congresso era  António Tejero e apesar de comandar cerca de 350 homens não houve propriamente tanques nas ruas de Madrid.
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De marina a 16.11.2023 às 18:40


Milans del Bosch

Na tarde de 23 de fevereiro de 1981, logo após o tenente-coronel da Guarda Civil Antonio Tejero atacar o Congresso dos Deputados, ele declarou estado de emergência em Valência, por sua própria conta e risco, e desdobrou tanques de guerra, caminhões, armas antiaéreas e infantaria tropas em pontos estratégicos da cidade, que assim permaneceu sob controle militar.
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De João Brandão a 16.11.2023 às 17:44

Tejero de Molina!
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De Anónimo a 16.11.2023 às 19:05


My bad, foi efectivamente o Tejero Molina que irrompeu pelo Parlamento.
Del Bosch foi condenado como co-conspirador.
https://en.wikipedia.org/wiki/Jaime_Milans_del_Bosch
https://en.wikipedia.org/wiki/1981_Spanish_coup_attempt
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De balio a 16.11.2023 às 12:00


o reacender da discussão da unidade de Espanha


Esse reacender não foi dado por Sánchez. A unidade de Espanha está em causa há dezenas de anos.
Eu em 1984 fui apanhar maçãs num campo de trabalho em Inglaterra. Havia lá muitos espanhóis, um dos quais catalão. Eu bem me recordo das discussões que já nessa altura ouvi entre eles. O catalão era um tipo pacífico, que bem lhes retorquia "hay de todos" (significando que tanto havia espanhóis bons como espanhóis maus, e catalães idem), mas os outros não paravam de o azucrinar.

Eu há uma dezena de anos (muito antes do Procès) participei num encontro de diversas associações políticas liberais da Ibéria. Algumas eram catalãs. Os espanhóis passaram todos os tempos livres do encontro a discutir entre si, acirradamente, se a independência da Catalunha era ou não era liberal. Os catalães diziam que sim, alguns outros espanhóis que não (havia uns galegos que não diziam sim nem não). Era impossível entenderem-se entre si, e não falavam de outra coisa.
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De Manuel da Rocha a 16.11.2023 às 12:01

E o PP dar 5 ministérios e 75% dos projectos-lei, ao VOX é que era bom? 
É que o PP também obteve o apoio dos independentistas de Aragão (2 deputados), que eram antigos membros da Eta. Ninguém perguntou a Feijoo que acordo fez com eles, quando os pedidos são semelhantes aos da Catalunha, somando absolvições e outras alterações histórias, de terroristas ligados aos bascos. Na altura é engraçado que o PSD português bateu palmas ao acordo PP e VOX, ao mesmo tempo que afirmam "Não teremos acordos com o Chega"... mesmo depois de darem 100% de apoio ao acordo açoreano, que já estava feito 90 dias antes das eleições. 
Será que a 10 de Março vamos descobrir que Luís Montenegro, André Ventura, Nuno Melo e Rui Rocha, assinaram um acordo de governação a 30 de Novembro de 2023, num jantar "secreto"? 
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De Luis a 16.11.2023 às 12:51

Se tiverem feito tal coisa, apenas terão feito exatamente o mesmo que o camarada Costa fez há 8 anos atrás com os partidos anti-democráticos, anti-UE, anti-NATO, anti-liberdade da extrema-esquerda portuguesa. Embora pessoalmente ache que esta moda de empurrar a pontapé o partido e programa mais votados para fora do governo enquanto se arranjam formas de colocar os partidos com votações mais marginais a ditar as regras (no fundo cag** para a vontade da maioria e impor a das minorias) uma autêntica fraude e um péssimo serviço para a democracia, porque raio é que a esquerda e só a esquerda é que o pode fazer!? Vocês rapazes de esquerda foram os pioneiros desta brincadeira de péssimo gosto e se morrerem umas vezes com estes ferros, apenas estarão a cumprir o velho ditado que diz "quem com ferros mata, com ferros morre!".
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De Anónimo a 16.11.2023 às 15:53

Ao que se sabe a ETA , braço armado do atual BILDU, não recrutava aragoneses mas sim bascos....
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De balio a 16.11.2023 às 12:03


A não ser uma surpresa de última hora, (uns deputados do PSOE com consciência?)


Não há consciência nenhuma. Sánchez só tinha duas hipóteses: ou se aliava aos nacionalistas catalães e bascos, ou se aliava aos nacionalistas centralistas. Entre os dois, venha o diabo e escolha. Sánchez escolheu os nacionalistas catalães e bascos, que não me parece serem piores que os outros.


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De Luis a 16.11.2023 às 13:07

Quando a falta de escrúpulos supera tudo o resto é este o resultado. Mas Sanchez não é o único na ibéria com esse registo. Já em 2015 houve quem tivesse acordos escondidos dos eleitores com extremistas, tendo empurrado para fora do governo o programa mais votado enquanto se propunha executar (e executou mesmo) partes dos programas que mereceram menos votos dos eleitores - no fundo é como se a vontade do maior conjunto de votos, de entre os vários reunidos por cada programa e partido, valesse zero. Para maltinha desta estirpe, a vontade de 30 e tal ou 40% dos eleitores não conta para nada (se não for a que lhes convém claro está), mas sim as vontades de 4% aqui + 5% ali + 20% acolá,... até se conseguir alapar ao poder. Esta gentinha só irá parar quando conseguir subverter e arruinar totalmente o sistema democrático. Os primeiros passos estão dados, por cá já normalizaram os extremistas de esquerda, abriram a porta aos da direita, tornaram o debate público entre os ditos moderados quase impossível com uma polarização entre esquerda e direita tipo Benfica x Sporting, neste caso comunas vs fachos, etc, etc, tudo péssimos serviços ao sistema democrático que, vendo tudo o que se está a passar, não defendem nem querem defender mas apenas a sua teia de interesses próprios e a imposição da sua ideologia seja porque meios for. São uma vergonha para qualquer pessoa decente!
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De urinator a 16.11.2023 às 13:28

Stéphane Courtois Nieolas Werth Jean-Louis Panné Andrzej Paezkowski Karel Bartosek Jean-Louis Margolin
 Le livre noir du comunisme ... Crimes~ terreur . . represslon

estamos quase lá em Espanha e cá
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De O apartidário a 16.11.2023 às 14:12

"Sem sombra de remorso, negoceia-se a Espanha. Primeiro houve conversações, depois a lista das exigências – uma amnistia após os indultos já aliás acordados pelo mesmíssimo Pedro Sanchéz na anterior legislatura; e hoje há uma chantagem: o reconhecimento da Catalunha como “nação”. Puidgemont não pode ter sido mais claro, Pedro Sánchez não se pode ter mostrado mais disponível. (No pacote do Junts vinha ainda, à laia de post scriptum, a exigência de 7 milhões de euros para redimir os implicados no “procés” da Catalunha além da garantia (?) verbal da substituição imediata do autarca de Barcelona, democraticamente eleito há meses, por outro partido. Depois da disponibilidade de Pedro (e de Yolanda Díaz e dos outros ) para assegurar uma amnistia a um partido fora da lei e com um líder fugido à Justiça, veio a última chantagem, a última até à próxima: ”reconhecimento” da Catalunha como “nação”. O Tribunal Constitucional vetou a pretensão: dotar o termo “nação” de “valor jurídico” era como pôr ao lume a fragmentação da Espanha: atrás da Catalunha, outras “catalunhas” viriam."

Maria João Avillez no Observador há uma semana 
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De Anónimo a 16.11.2023 às 15:57

A Maria João Avilez enganou-se nos números. O que está previsto, quer com a esquerda republicana da Catalunha, quer com o Junts (partido de Puigmont) é o assumir da dívida do governo autónomo daquela região e que se cifra em 15 mil milhões de euros. Como está bom de ver, as outras autonomias "subiram" logo pelas paredes a exigir igual tratamento. A ver vamos...
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De Migang a 16.11.2023 às 19:32

Esta sujeita, ao que parece, não sabe a História de Portugal. Estranho, porque a direita sempre se vangloriou da nossa História e dos nossos Heróis. O que os portugueses fizeram   ( já não penso na revolução de 1383) em 1640 à luz das ideias desta jornalista (?), eram considerados de terroristas, pois  mataram o Miguel de Vasconcelos e sequestraram a representante do Rei Planeta, Duquesa de Mântua e o D. Nuno Álvares um terrorista, pois matou mais castelhanos que a ETA toda junta. Que os castelhanos chamem terroristas aos Vascos e traidores aos Catalães, até percebo, agora nós?.
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De Anónimo a 16.11.2023 às 20:19


A História dirá a enormidade que é juntar soberania de nações e União Europeia em uma mesma frase.
Não somos uma nação soberana, mas sim um protectorado do BCE na forma do Euro. Quem tem dívidas... É assim que o modelo "socialista" traz as ovelhas ao rebanho...

É natural que quem vê Bruxelas como Deus e Santa Casa da Misericórdia fique horrorizado com qualquer laivo de separatismo ou soberania.

Nem soberania, nem independência, nem política externa, nem povo.
Nem vergonha.
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De Ricardo a 17.11.2023 às 08:22

Curiosamente  ou não, parece que toda esta situação de possível separatismo espanhol convém à actual UE (ou a certos interesses dentro da UE) visto que estão caladinhos como ratos. Pensem lá bem, pois estamos aqui numa especie de circulatura do quadrado com enormes contradições. 
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De Anónimo a 16.11.2023 às 15:31

Adoro o que se está a passar em Espanha, povo de que não gosto. Se a golpada do Sanchez for por diante, Portugal voltará a ter Olivença sem dar um único tiro. Tomai lá, cuños.
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De Cá não há bar a 16.11.2023 às 20:36

Eu cá também gosto mais de cubanos,dos charutos.
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De Anónimo a 16.11.2023 às 15:46

Sanchinflas, El Fraudillo...
Prostituto barato    --   sete votas bastaram...
"...pero muy peligroso     -    alli se muere de verdad...".


Juromenha
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De César a 16.11.2023 às 16:15

Mais um socialista traidor da pátria, vendido a extremistas, terroristas e bombistas, que até a mãe vende se for necessário para sobrevivência política e poder.
Que nojo de gente.
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De Bilder a 16.11.2023 às 17:21

Será que a monarquia espanhola se vendeu completamente ao socialismo globalista? 
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De O apartidário a 17.11.2023 às 12:47

Capital social globalista = Bilder...berg? 

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