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Um ano mais e completa 48...

por João-Afonso Machado, em 25.04.21

Da data em festejo, - o 25 de Abril - manda a verdade se preserve uma realidade insofismável: antes, o meu pensamento não poderia ser livremente expresso e publicitado, como agora estou fazendo.

Mas tanto não chega. Não obstante essa fundamental liberdade, o 25 de Abril jamais será uma comemoração nacional, antes a data mais vincada de uma fractura que a Esquerda alimenta: o 25 de Abril pertence ao socialismo.

A Esquerda galopou adiante a mudança de sistema político e cavalgou a Revolução. Perfilhou-a. Ai da Direita que se aproximasse!

Nem sequer a social-democracia foi admitida ao bodo, no qual só entram os do cravo vermelho ao peito. Assim Portugal perigou o risco de uma ditadura leninista-estalinista e, anulado esse, vive sob o poder dos sindicatos na rua, manipulados pelo PCP, e pela obrigatoriedade do "politicamente correcto".

Sem que a queda do Muro de Berlim alterasse fosse o que fosse. A Esquerda logo se reorganizou. Esqueceu as "massas", a "ditadura do proletariado", e apostou no fim do nosso mundo através dos "direitos das minorias" (outrora pecados de "burgueses viciosos"). É o nosso dia-a-dia, mais recentemente com o propósito legislativo de atribuir a paternidade a homens já mortos. Tudo, enfim, num experiencialismo ao jeito de Josef Mengele...

Com o acento tónico mais aqui ou além, esta III República não se afasta das suas antecessoras. O que é sobejamente notório quando falamos na plutocracia e na corrupção instaladas.

Assim o 25 de Abril é uma comemoração à porta fechada. António Costa consegue que o "segurança" o deixe entrar. Porque veio cair nas mãos da Esquerda extremista. Populista e demagógica? Não, isso são epítetos de uma certa Direita, dado os rótulos serem um apanágio exclusivo da Esquerda propagandista e dominadora da Imprensa. E por causa, também, do dito "politicamente correcto". Assim se entende a prepotência do nosso dinossauro Vasco Einstein Lourenço.

O resultado - evidentemente, mais de metade do eleitorado português não se revê nesta "democracia" nem nos "democratas" seus prossecutores. Como bem patenteiam os índices altíssimos da abstenção. Contra os quais o argumento do "dia de sol na praia" já lá vai distante.

Seja como for, há uma verdade ainda não tocada: eu escrevi isto e, creio, não serei criminalizado por tal... No restante... são, mutatis mutandi, mais quase 48 anos do mesmo.


4 comentários

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De Anónimo a 25.04.2021 às 12:55


Portanto, se bem percebo, o 25 de Abril foi feito para uma certa casta cheia de privilégios que se amesendou à mesa da "democracia" e se aboletou bem aboletada....
" tal como acontece com o confinamento, as autoridades afirmam-se enquanto autoridades  não pelo acerto do que fazem mas sim pelas excepções que se concedem a si mesmas. Ter poder é cada vez mais em Portugal sinónimo de viver num regime de excepções dos regulamentos e normas que se impõem aos outros."
Helena Matos


Foi para esta casta  que se fez o 25 de Abril?
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De João-Afonso Machado a 25.04.2021 às 13:07

Atriste história do 25 de Abril é o logro de um punhado de bem intencionados (grande parte já envolvida no 16 de Março) face a um grupo já altamente ideologizado logo substituiu a legitimidade democrática em legitimidade revolucionária.
Em nome da revolução (de queram os iluminados dirigentes) passaram rapidamente ao sectarismo.
E nem o 25 de Novembro conseguiu apagar isso. Neste país de politicamente correctos - para dar um exemplo - o PS não se atreve a dizer que há populismos da extrema-esquerda. Não pode, está cativo dela.
A Esquerda, independentemente dos resultados eleitorais. O caso mais notável esta verdade foi a geringonça.
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De Anónimo a 25.04.2021 às 15:53

Eu não sou nenhuma «expert»no assunto,mas sei o seguinte:A única grande  e verdadeira conquista desta data foi a liberdade de expressão.É maravilhoso poder-se dizer o que se pensa.
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De IO a 25.04.2021 às 19:26

...Que deve ser acompanhada de..."pensar o que se diz"

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