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Tudo sob controlo

por João Távora, em 02.03.18

(...) Isto tem porém pernas para andar. Preenche o velho sonho igualitarista de andarmos à mesma velocidade, já que não podemos todos ter automóveis com o mesmo grau de luxo ou performance, nem a mesma apetência e competência para andar depressa; torna as viagens de médio curso (Porto/Lisboa, por exemplo) de tal modo maçadoras que não é impossível que acicate o interesse pelo transporte colectivo, uma velha reivindicação da esquerda, que sempre torceu o nariz à liberdade e autonomia que o transporte individual proporciona; e não é impossível que numa primeira fase (antes de se constatar que cessará a evolução em travões, suspensões e outros sistemas de segurança activa, que sempre progrediram para satisfazer os transgressores, e não os cumpridores) se verifique uma diminuição das consequências dos acidentes viários, por terem lugar a velocidades inferiores. Tão inferiores que o que se recomenda, e vai impor, para as cidades, é a velocidade de um cavalo a galope, sem que ninguém tenha feito um estudo sério sobre as consequências, para a densidade do tráfego, da diminuição da velocidade média.

 

A ler o José Meireles da Graça no Grémlin Literário, na integra aqui

 


8 comentários

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De Oscar Maximo a 02.03.2018 às 21:50


Parece que aqui o autor original pôs o pé na poça.
Estudos sérios já há muitos, e todos no sentido do aumento da velocidade não aumentar o caudal dos veículos. Ao contrário do que acontece nos fluidos, o aumento da velocidade tem como consequência o aumento da distância

entre as partículas (veículos).
Quanto á segurança, na prática a segurança do conjunto de veículos é maximizada quando eles se deslocam, (e se aproximam) a uma velocidade idêntica. Com os ciclista em vias separadas. Com grande pena daqueles que pensam que a estrada é só deles. 

A poupança de energia implica um mundo mais lento, com carros de deslocação mais devagar. Com grande pena da classe de economistas, dos jovens aceleras, etc.
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De Luís Lavoura a 03.03.2018 às 17:48

Excelente comentário.
Porém, há que ver que a maximização da segurança de todos é uma cena que não assiste ao autor do Gremlin Literário. Ele quererá, sem dúvida, a sua própria segurança; a segurança da comunidade dos condutores (e, mas ainda, a dos peões) é para ele irrelevante. Ele o que quer é conduzir em liberdade, porque adora a sua liberdade. Liberdade de fazer o que quiser, e os outros que vão para o hospital.
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De The Mole a 05.03.2018 às 10:54

Diz bem: "...supostamente o país da liberdade..."
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De Luís Lavoura a 03.03.2018 às 17:51

Nos Estados Unidos da América, supostamente o país da liberdade e das grandes desigualdades sociais, conduz-se de uma forma muito diferente da europeia. Nomeadamente, todos os carros circulam mais ou menos à mesma velocidade, independentemente da faixa em que circulam, e praticamente não há ultrapassagens. Não é como em Portugal, onde o pessoal se esmera a exibir a sua superioridade social através de ultrapassagens e de altas velocidades.
É uma forma de conduzir muito mais segura do que a nossa.

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