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Tudo mal, tudo normal

por João-Afonso Machado, em 27.03.21

E um milhão de tugas lá se antecipou a Costa e foi à terra (a medida fornecida: um raio de 100 km percorridos desde o domicílio), passar a Páscoa com os seus! É de supor - eles supuseram! 

Supuseram o cerco fechado às zero horas de ontem, sexta-feira, e anunciado já no limite do tempo. Era tarde, já tinham saído, já lá estavam, de olhos no cabrito e no pão-de-ló. O preço? - eventualmente um dia de férias.

Está mal, está bem? Nem sei se pior, se melhor. Sei apenas somos nós, a nossa idiossincrasia, uns habilidosos. Adiante as estatísticas falarão do resultado da proeza.

Importante é conhecermo-nos. Irredutíveis, quando não loucos, amontoados em bairros de qualidade suspeita. E fieis de Fátima, seja o que Nossa Senhora quiser - dizem, por norma, os de territórios mais arejados.

Mas Costa só poderá ficar calado. A arte das manigâncias e do contorcionismo muito lhe deve. A família directriza os filhos, a política os cidadãos.

Em isto tudo, a - oxalá errada - percepção, a pandemia veio para ficar, em todos os altos e baixos dos seus gráficos. Ganham os jornais, sequer ao menos, no catastrofismo das notícias.

Tudo isto vem de antigamente, e a República, mesmo orfã de Afonso Costa, poderá esperar muito, menos milagres. Para acabar: onde está o estadista português capaz de mobilizar a Nação neste, ou em outros apertos? Não está! E assim vamos todos, cantando e rindo, cantando e rindo, sim.


12 comentários

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De cheia a 27.03.2021 às 17:09

Enquanto formos cantando e rindo, nada mau, o pior é quando deixarmos de cantar e rir!
Bom fim-de-semana, um abraço.
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De João-Afonso Machado a 27.03.2021 às 17:19

Um abraço, neu caro Amigo.
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De Anónimo a 27.03.2021 às 17:24

o pm é um grande estradista
mais um par de banderillas al quiebro em pleno cachaço
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De Carlos Sousa a 27.03.2021 às 18:25

As pessoas quando querem ser respeitadas têm de se dar ao respeito.
A inclusão dos Açores e da Madeira no índice (Rt) para justificar o confinamento no Continente não só é um insulto à inteligência dos portugueses, como é uma falta de respeito e de seriedade de quem gere a coisa pública. 
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De Tiro ao Alvo a 27.03.2021 às 21:53

Tem toda a razão.
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De SAP3i a 27.03.2021 às 19:12


E ele não sabe, como é o povo que governa? Governa para as características do povo que tem.
Quem consegue mobilizar os 10% que detêm tanta riqueza como os 90% (desde a Monarquia)?
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De Tiro ao Alvo a 27.03.2021 às 22:01

Um milhão? Que exagero! Um milhão são mil vezes mil e, em se falando de pessoas, é gente a mais a distanciar-se de sua casa para além de 100 Km, para passar uma semana de férias.
Não acredite nessa malta que anda por aí a espalhar coisas deste género. Essa malta, que anda a pôr-se em bicos-de-pé, muita dela a apoiar os nossos governantes e a governar-se, muitos são uns meros oportunistas a intitular-se de cientistas.
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De Anónimo a 27.03.2021 às 22:16

Os nossos males e desgraças Como se aniquila e delapida um país: 
Recomendo-lhe:


https://portadaloja.blogspot.com/2021/03/retrato-de-um-pais-pinderico.html
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De Anónimo a 28.03.2021 às 11:53

«Ganham os jornais,sequer ao menos,no catastrofismo das notícias»-Pois ganham.E, quanto mais «de faca e alguidar»esta pelagra se tornar,mais a malta dos jornais lucra..
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De Anónimo a 28.03.2021 às 12:27

Mas não era suposto que o Sua Exª, o Sr. Presidente da República, demonstrasse ter em melhor conta os portugueses?! Afinal em que ficamos: somos ou não "os melhores do mundo"? É que Sua Exª (afinal!) tem agido em sentido contrário ao que tem apregoado:  passa-nos sucessivos atestados de infantilismo, de irresponsabilidade e de menoridade intelectual, com a vulgarização e o abuso de estados de emergência em catadupa. Em quantos já vamos???  Uma medida excepcional, como é o de emergência acabou por ser "a" norma instituída e não uma excepção. 
No fim desta "experiência" corremos riscos muito sérios que podem pôr em perigo a democracia. Porque ou muito me engano ou os que mandam nisto tudo já concluiram há muito _ só precisavam de verificação e confirmação _ de que "somos os melhores dos melhores"... a obedecer. Oxalá não lhe tomem o gosto (como nos alertava, há tempos, Rentes de Carvalho).
Sejamos mais precisos na linguagem:  enquanto que a "ditadura" é uma forma de governo legitimada pelo povo (um ditador não toma o poder é aí colocado « teporariamente » pelo próprio povo ) _  a "tirania" consiste numa forma de governo autoritário, ilegítimo, na medida em que o povo não é ouvido nem achado, nem consultado pelo tirano. Logo, entre este forma de tomada de poder e  "assalto" ao poder, não há grande diferença.
"A tirania é uma forma de governo autoritária em que determinada população é oprimida e tem seu livre arbítrio anulado. Nesse tipo de governo é habitual que os governantes não respeitem as liberdades individuais e violem as leis existentes, utilizando-se de práticas moralmente condenáveis para se manterem no poder".

Exemplificando:
"Homem foi multado pela GNR durante o estado de emergência e o confinamento obrigatório por estar a comer à porta de um serviço comercial, algo que está proíbido. (...)

 Na ditadura é que se multavam as pessoas por patetices como a licença de isqueiro. Nós agora, claro, que nem percebemos como isso pode ter alguma vez acontecido
A pandemia do abuso do poder está aí.  O Covid há-de ir-se embora mas a liberdade foi primeiro e não se sabe nem quando nem como voltará."  Helena Matos
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De Anónimo a 28.03.2021 às 17:30

"Nesse tipo de governo é habitual que os governantes(...) violem as leis existentes".  
Precisamente, "violação" das leis existentes era o que A.Costa se preparava para fazer quando, pelo Expresso,  mandou "recado" de que tencionava desembaraçar-se do empecilho da Constituição no período pós-confinamento, para tomar as medidas que muito bem entendesse. Com estes laivos de tiranete, não nos podemos queixar depois...  de que fomos apanhados desprevenidos.


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De pitosga a 29.03.2021 às 11:40


Tudo mal. Muito mal.

Deixaram entrar um de perna alçada e ainda não correram com o rock and roll.
Hão-de torcer a orelha, garanto.
cumps

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