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Traz outro amigo também

por henrique pereira dos santos, em 13.01.25

" ... também repetimos a campanha do fim de 2023 destinada a angariar novos sócios (Traz outro amigo também | Bring also another friend): é importante para a MONTIS aumentar o número atual de sócios (355 no fim de 2024), sobretudo porque perdemos cerca de 56 por falta de pagamento de quotas".

A Montis é uma pequena associação de conservação na natureza que foi buscar boa parte das suas opções base em matéria de gestão global à ATN, embora com uma lógica de gestão interna diferente.

O que caracteriza a Montis é focar-se na gestão directa dos valores naturais (como a ATN) mas, ao contrário da ATN, não tem posições de "policy" sobre coisa nenhuma, do nuclear aos eucaliptos e tem, também ao contrário da ATN (sou sócio das duas), uma grande atenção aos seus sócios, mais que aos projectos que a poderiam fazer crescer mais depressa.

O que citei no início do post é um bocadinho de uma carta que mensalmente a associação manda (na verdade, um mail, que os recursos são escassos) todos os meses aos seus sócios, em que se faz o balanço do mês anterior e se fala do mês (ou meses) seguinte.

Sou sócio de várias associações, são raras as que prestam contas tão amiúde, e de forma tão transparente (ao ponto do que está disponível sobre actividades e contas ser usado, aqui e ali, para criticar a Montis, por quem não gosta dela) e uma das minhas grandes frustrações é o facto de, dez anos depois da sua fundação, estarmos nos 355 sócios.

De todas as associações que conheço, a Montis é a única em que, estaturariamente, a falta de pagamento de quotas leva à perda automática da qualidade de sócio (de maneira geral, costuma ser necessária uma decisão da Assembleia Geral) e a Montis leva isso a sério, razão pela qual vai fazendo sócios, mas vai perdendo muitos sócios todos os anos (por discordância com a associação, em alguns casos, por simples "deixa andar", em muitos outros, pontualmente porque todos morremos, mais cedo ou mais tarde).

Claro que isso é, em primeiro lugar, responsabilidade da direcção da associação, que não consegue motivar pessoas para serem sócias (é muito difícil motivar pessoas sem ser contra qualquer coisa), nem consegue entusiasmar as pessoas que em algum momento se interessaram, a ponto de se fazerem sócias, a pagar uma quota anual de 25 euros.

Independentemente do reconhecimento de que é a própria associação que tem de encontrar mecanismos mais eficientes para ter sócios (o ACP, por exemplo, muito antes dos seguros serem obrigatórios e todos terem assistência em viagem, disponibilizava um reboque aos sócios que ficavam parados na estrada), a verdade é que esta dificuldade em aumentar o número de sócios que pagam anualmente 25 euros de quotas, reflecte uma sociedade que tem alguma dificuldade em reconhecer a responsabilidade individual, achando frequentemente que cabe aos outros (e, dentro destes, ao Estado) lidar com assuntos que nos interessam, como a conservação da natureza.

Se o problema fosse só a incapacidade da Montis ser mais eficiente na captação e manutenção do número de sócios, o resto do movimento conservacionista estaria a abarrotar de sócios, mas a verdade é que mesmo as mais clássicas das associações de conservação, em Portugal, têm números de sócios pagantes irrisórios, para a sua notoriedade pública e para o interesse que os inquéritos públicos dizem que os portugueses têm sobre estas matérias.

Por mim, continuo a fazer duas coisas: a ser sócio de várias associações, mesmo quando discordo frequentemente das suas opções (posso sempre candidatar-me a geri-las, se achar que eu era capaz de fazer melhor) e a investir na divulgação da Montis, por ser a associação que mais se aproxima do que defendo que devem ser este tipo de associações.

25 euros por ano e o preencimento deste formulário é um esforço mais que razoável para o retorno que a Montis dá aos seus sócios.


2 comentários

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De lucklucky a 14.01.2025 às 15:20

Deixo aqui uma chamada de atenção para o Henrique para ver fotos da quantidade de árvores muitas com folhagem ainda verde e muitas outras pouco afectadas nos inc^ncdios, assim como arbustos  nos fogos de Los Angeles mesmo ao lado de centenas de casas totalmente destruídas pelo fogo.
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De Anonimo a 14.01.2025 às 17:40

Estão a pagar anos de socialismo e políticas DEI. Coincidências que estes desastres naturais atinjam Estados azuis...

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