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Trapalhadas e trapalhões

por henrique pereira dos santos, em 31.03.23

Pensei em escrever um post sobre as trapalhadas que o governo inventou em matéria de alojamento local, depois lembrei-me que o mentor era António Costa, portanto, voz grossa e decisão inexistente será o padrão.

Para já empurrou o problema para cima das autarquias (é a forma mais eficiente de dizer que não recuou ao mesmo tempo que recua em toda a linha e, de caminho, com isto tudo, destroi a confiança dos agentes económicos no Estado) e continua sem explicar onde estão os dados e a informação que justificam um ataque descabelado contra um sector económico de sucesso e com um grande efeito multiplicador.

Estas trapalhadas, de que se alimenta António Costa, são possíveis porque somos uns grandes trapalhões na discussão de políticas públicas.

Uma senhora faz um artigo interessante e informativo sobre lares para velhos, um problema que está mais que identificado e de gestão muito difícil, entre outras razões por envolver muito dinheiro e muita gente sem capacidade de intervenção social e sem dinheiro (e que representam muito poucos votos, boa parte deles manipuláveis facilmente).

Sobre isso eu faço um post em que sugiro: 1) pagamento de um cheque lar directamente aos utilizadores, de maneira a permitir uma escolha mais alargada por parte dos utilizadores (o que aumenta a probabilidade de aparecerem novos lares, na medida em que o acesso ao financiamento depende mais da capacidade de responder aos utilizadores que do domínio de mecanismos de decisão pública); 2) Reforço da transparência na gestão dos lares (a proposta não é minha, mas da senhora que escreveu o artigo, limito-me a subscrevê-la), quer pela publicitação dos relatórios de fisclização, quer pela existência de um modelo de visitas aos utilizadores, por parte das pessoas que lhes são próximas, aumentando o escrutínio social sobre a gestão dos lares; 3) Simplificação das exigências para abertura e funcionamento dos lares, assente mais no escrutínio e fiscalização posterior que no cumprimento prévio de condições formais, consideradas essenciais por alguém que não os utilizadores e gestores.

Rapidamente, nos comentários, se esquece a realidade dos lares que existe, e pretende-se transformar a discussão num ataque à iniciativa privada, contrapondo uma defesa da intervenção directa do Estado.

Um apresenta um estudo que se limita a comparar diferentes modelos de propriedade privada, concluindo que os incentivos das "private equitity" geram um modelo menos eficiente que o de outros modelos privados, apresentando-o como um estudo que demonstra que os privados não servem para gerir serviços de saúde e conexos.

Outra fala em casos particulares de lares privados com maus resultados, esquecendo os inúmeros casos de lares públicos com maus resultados.

Claro que com um povo assim, que se entretém a discutir o sexo dos anjos, tendo pouco apreço pela informação factual e a realidade, qualquer espertalhão, como António Costa, consegue andar há semanas num ataque cerrado a um sector económico de sucesso e com um forte efeito multiplicador, com o argumento completamente delirante de que se o alojamento local desaparecer, por milagre, o preço das rendas baixa (Margarida Bentes Penedo tem a metáfora mais justa, António Costa anda a vender a ideia de que se proibirmos os Ferrari, o preço dos FIAT baixa).

Quando rebentar um problema mais ou menos generalizado nos lares (ou seja, quando as redacções dos jornais começarem a ir fazer reportagem para os lares de velhos, em vez de andar atrás das tendas que o governo semeia pelo país), António Costa vai repetir a dose, dizendo que a melhor solução para diminuir os preços dos lares e haver lugares para todos os velhos do país num lar de jeito será acabar com os hotéis: proibindo-os sem proibir, como no alojamento local (basta criar instabilidade suficiente com licenças para hotéis que são validadas todos os cinco anos) os seus donos irão reconverter os hotéis em lares por causa de benefícios fiscais de que iriam beneficiar, se tivessem os lucros que teriam como hotéis.


50 comentários

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De marina a 31.03.2023 às 18:14


e o valor do cheque lar será igual para todos? uma pessoa que receba 500 euros de pensão receberá o mesmo que uma que tenha 5000 euros de pensão ?  um dependente receberá o mesmo que alguém que ainda seja autónomo e necessite menos cuidados?

ou vai uniformizar o preço das mensalidades nos lares? 

( à partida o cheque lar já existe...que é o valor que o estado paga nas ipss quando a reforma do utente não chega)
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De xarneca a 31.03.2023 às 20:58

o estranho caso de Jekyl e Hyde  ou atirados aos gatos que sonham ser leões 
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De henrique pereira dos santos a 01.04.2023 às 06:37

Se está convencida de que pagar a uma IPSS que o Estado escolhe ou pagar ao utilizador para que seja ele a escolher o lar sem constrangimento de preço é o mesmo, não veja como seja possível qualquer discussão sobre o assunto.
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De marina a 01.04.2023 às 10:41


não consigo perceber o que quer dizer sem constrangimento de preço : significa que alguém com 600 euros de reforma vai receber um cheque de 1400 euros para ir para um lar de 2000 euros/ mês , que é o lar para onde sonhava ir?   sendo assim , concordo , venha ele , o cheque.


talvez o Henrique queira apenas dizer que não só as ipss devem ser subsidiadas sendo que  os outros lares , com fins lucrativos ,  dentro de dados valores , também devem poder aceder  à compensação da ss pela diferença entre reforma e mensalidade...

 bem , sabendo das falcatruas nas ipss à conta disso , nem quero imaginar  as que haveria num negócio lucrativo.
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De balio a 01.04.2023 às 16:56


uma IPSS que o Estado escolhe


Não é o Estado quem escolhe, creio eu. É o idoso, ou a sua família, quem escolhe o lar ao qual se quer acolher. Precisa é de ter a sorte de que esse lar tenha vaga...
Tipicamente, a família do idoso procura um lar onde ele fique, e que tenha um preço acessível. É ela quem escolhe o lar, de entre as escassas escolhas existentes. Não é o Estado.
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De henrique pereira dos santos a 01.04.2023 às 17:16

"pagar a uma IPSS que o Estado escolhe".
Escolhe a quem paga, homem.
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De balio a 01.04.2023 às 17:00


Uma questão sobre o cheque-lar: a quem é ele concedido? A todos os idosos? É que, há muitos idosos que jamais precisam de um lar. Alguns continuam a ser mais ou menos independentes até muito perto da morte. Outros são apoiados, muito ou pouco, pela família, e também nunca chegam a entrar num lar.
Se o Estado decidir oferecer um cheque-lar a todas as pessoas com mais de, digamos, 75 anos de idade, estará a deitar dinheiro à rua, pois muitas pessoas com essa idade ainda estão a viver de forma independente e, até, a trabalhar para ganhar a vida.
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De henrique pereira dos santos a 01.04.2023 às 17:17

Já disse lá atrás que podem definir as condições de recurso que entenderem.
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De marina a 03.04.2023 às 11:41


parece ser que o Henrique quer por os contribuintes a financiar negócios e lucros privados  e sem limite de quantia  -:)

e sim , o idoso ou a família escolhem a ipss ,  e depois ou esperam que haja vaga  ou fazem uma doação e entram logo...
 a trapalhada é pensar que o cheque utilizador é uma solução chapa 4 para todos os problemas.  a entrada num lar não é obrigatória , ao contrário da educação. os idosos não recebem todos a mesma "educação" , ao contrário dos meninos.
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De henrique pereira dos santos a 03.04.2023 às 11:49

Não, o que eu quero é os contribuintes a financiar os velhos que precisam de cuidados e não têm dinheiro.
Já a Marina está é preocupado em garantir que esses cuidados sejam prestados pelo Estado, independentemente de isso ser bom ou mau para um dos velhos que precisam de cuidados e não têm dinheiro.
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De marina a 03.04.2023 às 12:01

exactamente... um sistema nos moldes da "Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)"  , para  quem precise.
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De henrique pereira dos santos a 03.04.2023 às 12:16

Tem funcionado muito bem e tem lugar para toda a gente que precisa
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De henrique pereira dos santos a 03.04.2023 às 12:17

E, já agora, a maioria das instituições que integram a rede são privadas, não são do Estado.
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De xarneca a 31.03.2023 às 20:38

entregue desde 26.iv à esquerda radical, não tem conserto o que resta do país
'o sapateiro vai além da chinela'
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De Elvimonte a 01.04.2023 às 01:06

"Rapidamente, nos comentários, se esquece a realidade dos lares que existe, e pretende-se transformar a discussão num ataque à iniciativa privada, contrapondo uma defesa da intervenção directa do Estado." (HPS)


Pelo menos da minha parte está completamente errado. Tão errado como quando propõe pagar aos proprietários de terrenos 100 euros por hectare para que aqueles os limpem, quando eu pago à volta de 100 euros por cada 1000 m2. A dar razão a quem diz que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. 


A evidência empírica não se compadece de posições dogmáticas e limita-se a reflectir a realidade. Se a realidade contradiz os dogmas, não é a realidade que está errada e isso não constitui um ataque à iniciativa privada ou ao que quer que seja. Esse tipo de presunções, por si só, é revelador do raciocínio inquinado e falacioso que lhe está na génese.


"Um [Elvimonte, eu próprio] apresenta um estudo que se limita a comparar diferentes modelos de propriedade privada, concluindo que os incentivos das "private equitity" geram um modelo menos eficiente que o de outros modelos privados, apresentando-o como um estudo que demonstra que os privados não servem para gerir serviços de saúde e conexos." (HPS)



Mais uma vez completamente errado. O estudo, publicado no Journal of American Medical Association (https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2787558), diz claramente:
"Empirical data ... suggest that profit motives in health care result in lower-quality care, often at higher cost to taxpayers."

E em seguida afirma:
"This is especially true with private equity ownership, whose priority is short-term financial return to shareholders."
Estas afirmaçãoes não são da minha autoria, eu apenas me limito a citá-las.


Mas as conclusões seguintes, escritas anteriormente e até ao momento não negadas, mas porventura indigeríveis perante crenças dogmáticas, são de facto minhas:


i) nem tudo o que é privado é bom - a negação do principal dogma neo-liberal;
ii) os fundos privados, com uma gestão centrada no lucro imediato, no caso dos cuidados de saúde são ainda piores - uma das formas daquilo a que Lazonick e outros designam por "extraction capitalism";
iii) nem sempre a designada boa gestão, traduzida no aumento da rentabilidade e do lucro, conduz a melhores resultados para as pessoas - a negação de outro dos dogmas neo-liberais.


Apraz-me sempre constatar que, quando a mensagem não agrada, se cortem as pernas ao mensageiro, nem que seja virtualmente, envolvendo-o em "trapalhadas e trapalhões" que lhe são alheias.
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De henrique pereira dos santos a 01.04.2023 às 06:44

Deixe-me esclarecer um ponto.
Apesar da sua ligação apenas ir dar a um resumo do artigo, sendo o texto completo do estudo de acesso pago, eu tive o cuidado de ir procurar maneira de ter acesso ao estudo completo.
Por isso eu sei que o estudo não é nada daquilo que diz que é, é uma avaliação do efeito de um modelo de propriedade privada face a outros modelos de propriedade privada, que tira conclusões gerais a partir de análises estatísticas que, em momento algum, comparam a situação que existe em Portugal ou o que se passa nos lares de propriedade estatal.
Ou seja, aqui quem anda a defender dogmas não sou eu, o camarada é que se está nas tintas para o que se passa com a gestão colectiva da velhice, que é o tema do post, e está mais interessado em demonstrar que o Estado defende o bem comum contra o interesse privado, que é uma discussão que não me interessa nada.
O facto de pagar 10 mil euros por hectare para fazer controlo de combustíveis não diz nada sobre o acerto ou desacerto da minha proposta de pagamento de 100 euros por hectare, de três em três anos, a quem mantiver o mato abaixo de 50 centímetros, porque não diz nada sobre as suas circunstâncias e as circunstâncias de terceiros, para além de esquecer que o essencial da proposta não é o valor proposto (que passo o tempo todo a dizer que deve ir sendo ajustado em função dos seus efeitos).
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De Rodrigo Raposo a 02.04.2023 às 15:31

A fé mais poderosa que existe não é a Fé em Deus; em que se acredita sem provas. Mas a fé no Socialismo; em que se acredita com provas em contrário.
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De Elvimonte a 05.04.2023 às 01:21

Se tudo o que é privado é bom, algo com que discordo, se tudo o que estatal é mau, algo com que também discordo, se o Estado precisa de diminuir as despesas correntes, algo com que concordo, porque continua a comer à mesa do OE?
 
Porque não se demite do ICN (presumo que seja daí que aufere um salário), quanto mais não seja porque o ICN, por ser estatal, não serve para nada tratando-se apenas de mais uma entidade bur(r)ocrática que absorve dos contribuintes líquidos os recursos que o Estado devia libertar para a criação de riqueza na economia real? 


Será que a dissonância cognitiva não o deixa ser coerente ou será apenas mais um caso de "rules for the and not for me"? 


Um daqueles casos que, no limite, conduzem ao conceito de "international rules based order", o qual permite aos EUA terem mais de 800 bases militares espalhadas pelo mundo, uma delas em Al Tanf, na Síria, sem que isso constitua uma ocupação ilegítima e uma violação da sua integridade territorial?


Um daqueles casos em que o Tribunal Internacional de Justiça reconhece como legítima a declaração unilateral de independência do Kosovo sem que para tal tenha havido um referendo, dando preferência ao princípio de auto-determinação em detrimento da soberania territorial da Sérvia, Kosovo independente esse onde hoje se situa Camp Bondsteel, mais uma base dos EUA e, não fosse ela o seu braço armado, uma sede da NATO?


Também me vai dizer, tal como alguns iluminados, que o Euro não é o antigo Marco Alemão, quando a sua conversão na Alemanha foi efectuada à taxa de 1:1?


Também me vai dizer, tal como a secretária de imprensa da Casa Branca, que "We are deeply concerned about the transition of Brazil and China to national currencies when conducting mutual settlements. This is a violation of the rights of our citizens who rely on a stable dollar exchange rate on the world market."? 


Rules for the and not for me? International rules based order? Há ainda por aí alguns neurónios?


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De henrique pereira dos santos a 05.04.2023 às 06:33

"Se tudo o que é privado é bom, ..., se tudo o que estatal é mau"
Nunca me viu defender esta estupidez, portanto, se quer argumentar, argumente em relação ao que eu digo ou escrevo, não invente argumentos que não só nunca usei, como acho estúpidos.
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De Elvimonte a 05.04.2023 às 01:22

Os ocupantes da trincheira ideológica defronte da sua costumam mimosear-me com o epíteto de fascista. Da sua trincheira ideológica recebo o epíteto de camarada. É sabido que quem na rixa não toma partido acaba por apanhar 
dos dois lados. Mesmo assim, enquanto a coerência me permitir, continuarei a expor as falácias de uns e de outros, quaisquer deles cegos de arrogância, convencimento e presunção.
 
No link do paper que refiro anteriormente, apesar do abstract já não se encontrar disponível, continua lá como nota ao editor:
"... Empirical data ... suggest that profit motives in health care result in lower-quality care, often at higher cost to taxpayers. This is especially true with private equity ownership, whose priority is short-term financial return to shareholders."

(Gráficos comparativos de despesa agregada em saúde per capita e esperança de vida entre países colocam  os EUA numa posição indefensável, muito embora seja tudo privado.)


O pior cego é aquele que não quer ver. E, pior do que isso, nem sequer tem a coerência para se demitir da instituição estatal que, por aquilo que afirma, pelo facto de ser estatal é apenas um sorvedouro dos parcos recursos dos contribuintes líquidos.
 


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De henrique pereira dos santos a 05.04.2023 às 06:34

Trato-o a si, e a qualquer pessoa, por camarada que é um tratamento entre iguais. Não vejo razão para considerar que não se lhe aplica por ser mais ou menos que eu.
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De lucklucky a 01.04.2023 às 01:08

Estranhamente para certas pessoas quando uma empresa privada falha falham todas e devem ser proibidas apesar de terem métodos de trabalho diversos pela sua propria diversidade. 
Mas já quando o Estado que é único falha não se deve proibir o Estado apesar de ter uma única cultura...
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De Luis a 01.04.2023 às 08:01

Costa já tinha demonstrado n vezes que não passa dum espertalhão sem quaisquer ideias e estratégia para o país mas, mesmo assim votaram nele, agora aguentem! 
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De Jorge a 01.04.2023 às 08:33

Acabaram com as PPP  na saude, com os acordos de associação na educação,  agora atacam proprietários e senhorios e sector da distribuição alimentar exigindo fixação de preços....os resultados estão à vista. Portugal cada vez mais pobrezinho na cauda da europa e cada vez mais próximo da Venezuela. E ainda dizem ufanos que no tempo da outra senhora era só analfabetos.
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De Anónimo a 01.04.2023 às 10:58


Sem pobreza o socialismo não tem futuro e perde a sua razão de existir. E assim Costa vai na "boa" direcção, porque tem conseguindo assegurar a sua sobrevivência e um "belo" futuro ao seu partido já que existem cada vez mais pobres e pelo andar da carruagem não vão parar de crescer. 
Que seria do Costa sem os seus pobrezinhos? Quantos mais... melhor futuro _ mas não me refiro aos pobres, claro! É isto o socialismo. É disto que vive o socialismo. E o povo, que vai nesta conversa há anos, não supõe que caminhamos de novo para o desastre completo!!!


Vasco Pulido Valente disse dele, Costa, o seguinte (em vésperas das célebres eleições em que ele sofreu uma das suas maiores humilhações públicas quando foi derrotado vergonhosamente pelo Passos Coelho em 4/Out/2015):


"A gente com que ele correu não esquecerá o método nem a brutalidade..." - V.PulidoValente
[convém sempre lembrar o que fez ao António José Seguro e como o fez e também a forma como todos se "esqueceram" cinicamente, ostensivamente que tinham integrado o governo de Sócrates de quem eram aliados] 


"[Costa] prefere um desastre com ele do que um desastre sem ele. Aconteça o que acontecer. (...) Desde a I república que não aparecia um cacique da envergadura do dr. Costa na cena política portuguesa, pronto a meter o país no fundo por vaidade pessoal ou conveniências partidárias. Apareceu ontem. Pobres de nós." - V.PulidoValente


Quanto a mim, considero que um homem sem escrúpulos (morais) é um homem capaz de tudo.  Pena que os portugueses ainda  não o "vejam" como eu o vejo.
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De Anónimo a 01.04.2023 às 17:06

Quando é que o capitalismo acabou com a pobreza?
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De Anónimo a 01.04.2023 às 18:16

Sempre, caríssimo!
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De Anónimo a 02.04.2023 às 17:11

Sempre? Então não há pobreza em Portugal?
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De Anónimo a 02.04.2023 às 19:42

Claro que há pobreza em Portugal, o que não há é capitalismo digno desse nome.
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De Anónimo a 03.04.2023 às 06:54

"Então não há pobreza em Portugal?" Claro que sim! Mas vamos ver se mete na sua cabeça, de uma vez por todas, que também há socialismo, homem! Esse é que é o problema! Capisci?
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De Anónimo a 01.04.2023 às 14:11

Um minuto de silêncio pela escumalha do alojamento local.
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De lucklucky a 01.04.2023 às 15:47

E tivemos o ódio Marxista aos outros que não são como eles. Portanto Ódio à Liberdade 
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De Anónimo a 01.04.2023 às 22:03

Marxista era a tua mãe. Eu sou liberal como Adam Smith e, tal como Adam Smith, considero os senhorios parasitas que deviam era ser postos a trabalhar. Escumalha!
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2023 às 07:06

Não percebendo a diferença entre rendas decorrentes de monopólios e rendas decorrentes de mercados competitivos, é natural que confunda as coisas e ponha Adam Smith a dizer coisas que ele não disse.
Ou acha mesmo que a pessoa que tem uma casa no mercado de arrendamento é um monopolista porque só ele pode arrendar aquela casa?
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De Anónimo a 02.04.2023 às 15:02

Eu sempre ouvi dizer que quem não trabalha não come. Mas muito gostam os senhorios de comer sem trabalhar.
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De Anónimo a 02.04.2023 às 19:44

Se calhar já trabalharam, por isso têm a casa.
E se calhar outros não têm a casa porque não trabalharam.
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De lucklucky a 02.04.2023 às 14:42

Então agora passaste a Liberal que está contra a Liberdade...

Dados 2022. Uma parte Importante foi feita pelos AL que dão um grande aumento de receita às lavandarias, restaurantes, museus, eventos, alugueres (automóveis), comunicações,  limpezas, carpintaria e outros serviços etc.
Claro que toda esta economia está fora do controlo fácil da Esquerda por isso o Ódio a tudo o que não consegue controlar:


Foram registados 26,5 milhões de hóspedes dos quais 15,3 milhões estrangeiros

Com um total de 69,5 milhões de dormidas em 2022 (46,6 milhões de dormidas de estrangeiros e 22,9 milhões de dormidas de nacionais)

Já nas receitas turísticas, e de acordo com dados do Banco de Portugal, o acumulado dos 12 meses de 2022 alcançou 21,1 mil milhões de euros.
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De Anónimo a 02.04.2023 às 17:09

21 mil milhões de euros? Onde está esse dinheiro? Não o vejo em lado nenhum.
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De balio a 01.04.2023 às 15:41


António Costa anda a vender a ideia de que se proibirmos os Ferrari, o preço dos FIAT baixa


Não, uma vez que um Ferrari não pode ser reconvertido para se transformar num Fiat.


Porém, uma casa explorada em regime de alojamento local pode ser reconvertida para arrendamento (e vice-versa), com poucos custos de reconversão. Conheço uma pessoa que é empresária de alojamento local e que, durante a pandemia, por não ter turistas que lhe ocupassem as casas, as arrendou de forma permanente (e que agora tenciona revertê-las para alojamento local).


Ou seja, é um caso totalmente diferente dos Ferraris e Fiats.


Eu próprio, estando agora a recuperar umas casas, considero se quando elas estiverem prontas as arrendarei ou dedicarei ao alojamento local. As casas são as mesmas, as duas opções são possíveis.
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De henrique pereira dos santos a 01.04.2023 às 17:19

Resumindo, um tipo tem uma casa no alojamento local porque tem medo de alugar a quem quer seja e depois não a conseguir tirar de lá o inquilino, fez um conjunto de investimentos a contar com um determinado retorno e tu achas que alterando estes pressupostos esse tipo vai a correr pôr a casa no arrendamento em vez de a fechar a alugar aos amigos na candonga.
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De balio a 01.04.2023 às 17:28


tu achas que


Eu não acho absolutamente nada. Eu somente digo que a comparação com o Ferrari e o Fiat é descabida, porque um Ferrari não pode, fisicamente, ser transformado num Fiat, nem vice-versa. Pelo contrário, um alojamento local pode a qualquer momento ser transformado num arrendamento, e vice-versa, com poucos custos.


Agora, se o proprietário quer ou não quer fazer essa transformação, isso é outra questão, que eu não abordei no meu comentário e que, aliás, depende de proprietário para proprietário - quem sou eu para julgar!
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2023 às 07:08

Resumindo, pode-se fisicamente (nalgumas não pode, mas vamos esquecer isso) mas os donos é que podem não querer.
Ou seja, na verdade eu posso vender um ferrari pelo preço de um fiat, mas o mais natural é que o dono do ferrari não queira.
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De Anónimo a 01.04.2023 às 22:02

Ó Henrique, se ser senhorio é assim tão mau, porque não vendes as tuas propriedades? Esta é a pergunta à qual até agora não houve um único senhorio que soubesse responder.
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2023 às 07:09

Está comprador? Qual é o preço que oferece?
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De balio a 02.04.2023 às 09:49

As pessoas que querem comprar (ou arrendar, já agora) é muitas vezes para transformar em alojamento local.
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De Anónimo a 02.04.2023 às 15:00

Não consegues arranjar compradores? Todos os vendedores conseguem e tu não?
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2023 às 15:20

Mas quanto tem a oferecer por hectare sem capacidade construtiva e sem aptidão agrícola?
Vai dizer, ou não?
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De Anónimo a 02.04.2023 às 17:10

Eu por acaso disse que era uma imobiliária? Se não consegues vender sozinho vai a uma. Era o que faltava arranjar-te centenas de milhares de euros de graça, nem as agências imobiliárias o fazem. Muito gosta a direita de "voluntariado".
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De Anónimo a 02.04.2023 às 19:49

Nem sequer este Anonimo percebeu que não estão em causa imóveis urbanos.
Gente triste que dispara em todas as direções e acaba acertar nos próprios pés.
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De Marques Aarão a 01.04.2023 às 17:14

Sempre que recua, em vez de lhe passar uma rasteira para o fazer cair de costas, o professor Marcelo deita-se para lhe amparar a queda, não vá o diabo cair por tropeção.




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