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Torre Bela

por henrique pereira dos santos, em 27.12.20

Tenho andado a hesitar escrever sobre a Torre Bela, quer porque já tenho gente que chegue que me insulta, quer porque de alguma maneira alguém poderia achar que tenho algum conflito de interesses por trabalhar onde trabalho.

Quanto ao conflito de interesses, poderia haver, de facto, mas não há pela simples razão de que apesar de trabalhar no ICNF ninguém me pediu para olhar para o assunto profissionalmente, não conheço o processo e não tenho qualquer informação para além da que circula publicamente. E é duvidoso que venha a ter qualquer intervenção profissional no assunto.

Quanto ao resto, foi desbloqueado por uma peça da Lusa sobre a morte de Wilson Filipe, uma peça reproduzida pelo menos no Público e no Observador, com uma série de asneiras e idiotices impressionante, e que tem o parágrafo que me fez decidir escrever sobre a Torre Bela:

"Até ao 25 de Abril, a agricultura portuguesa não era valorizada a nível político nem económico, estando integrada no Ministério da Economia como Secretaria de Estado, uma situação que o 25 de Abril veio alterar, com a criação não só do Ministério da Agricultura mas também do Instituto da Reforma Agrária."

Este parágrafo é um bom retrato da imprensa e a imprensa é um bom retrato da sociedade, uma sociedade que lê um parágrafo destes e não se pergunta quem raio escreveu, quem raio decidiu difundir, quem raio decidiu publicar isto sem que, no meio da cadeia, alguém se tenha perguntado qual era a importância da agricultura para o Estado Novo, alguém se tenha perguntado se ninguém ouviu falar da campanha do trigo, das célebres campanhas de florestação, do imenso programa de investimento em regadio (incluindo Alqueva, que já estava pensado no anos 50 do século XX), da célebre campanha de comunicação "beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses", da criação e desenvolvimento de escolas agrárias, do investimento nos silos de armazenamento de cereais, nos grémios de lavoura e, last but not the least, na forte presença do sector agrário no regime.

Aparentemente, para quem escreveu a peça, para quem viu a peça, para quem decidiu publicar a peça e para quem a vai lendo, tudo isso não tem a menor importância, a questão é que não havia um Ministério.

É aqui que estamos e é a partir daqui que talvez seja útil tentar compreender o barulho à volta do que se passou na Torre Bela.

Comecemos por olhar para outro assunto para perceber melhor.

Cristina Rodrigues, deputada com quem me cruzei duas ou três vezes, de quem me separam divergências políticas insanáveis, mas que estimo pessoalmente, propos um dia destes um grupo de trabalho para tratar do problema da relação entre as gaivotas e as pessoas.

Foi alvo de chacota generalizada, mas Cristina Rodrigues estava a identificar um problema real, independentemente de lhe estar a pegar pelo lado errado: o excesso de gaivotas é um problema social sério em alguns lados, por exemplo, na Caparica, e é um problema ecológico sério também. Ao pegar no problema tendo como pano de fundo as suas opções sociais e políticas assentes nos direitos dos animais, Cristina Rodrigues matou qualquer hipótese de uma intervenção útil para resolver os conflitos sociais e ecológicos resultantes do excesso de gaivotas.

Ora esse é um dos problemas principais na discussão do abate de animais na Torre Bela.

De repente, muita gente que come animais frequentemente, o que implica toda uma criação intensiva a montante, com o consequente abate industrial de animais, ficou moralmente abalada por ver animais abatidos.

Uma jornalista do Observador, "que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor" falava no abate de animais encurralados, como se dois hectares por animal permitisse falar de animais encurralados.

O abate de animais, nos termos em que foi feito na Torre Bela, pode levantar questões éticas, pode levantar questões legais (não vejo bem que questões são essas, mas não tenho informação suficiente para ter opinião consistente sobre isso), dizem que pode levantar questões criminais - embora até agora ninguém tenha explicado convincentemente de que crime potencial se está a falar -, mas não levanta nenhuma questão ambiental e de sustentabilidade séria e muito menos levanta questões sobre o bem estar animal.

O que está em causa é a transformação de um eucaliptal intensivo numa central solar e o abate de animais que cresceram livres e morreram em pouco tempo.

Pessoalmente acho que o Estado se mete demasiado nos preços da produção de energia, incluindo fazer uns leilões para venda de licença de produção solar, o que naturalmente cria distorções de mercado que, muitas vezes, subestimam os efeitos negativos sobre factores que são desvalorizados no processo de decisão, como os efeitos na alteração do uso do solo que se verificam neste caso, limitando a competitividade de soluções descentralizadas e assentes nas superfícies urbanas, como telhados, estacionamentos e etc..

A manutenção de animais em casas, muitas delas sem espaços exteriores, para único benefício dos seus donos, impedindo os animais de desenvolver a sua natureza intrínseca, permanentemente sujeitos às vontades e necessidades dos seus donos, levanta muito mais questões éticas que manter animais em liberdade (ainda que numa propriedade vedada de que não podem sair) por toda a sua vida, mesmo considerando um abate deste tipo como o fim da sua vida.

E o mesmo tipo de questões se levantam em relação aos animais estabulados cuja única vida que lhes é permitida é a produção e um abate asséptico num matadouro.

Pessoalmente convivo bem com essas questões éticas, mas percebo quem adopte posições éticas radicais e seja consequente com isso, o que não percebo são os que se recusam a comer animais por questões éticas, ao mesmo tempo que são donos de outros animais a quem negam a expressão da sua natureza intrínseca.

Pessoalmente a caça não me interessa e detestaria ter de trabalhar num matadouro, mas não me esqueço de uma mulher a quem dei boleia na organização de um seminário, uma mulher interessantíssima, com uma vida de trabalho dura e comprida, em trabalhos geralmente duros e mal pagos, que me falava do gosto que tinha quando trabalhou, por longos períodos, no abate de animais. Nem ponta de sadismo, nem ponta de prazer no sofrimento dos animais, nem ponta de gosto em ver a morte surgir pela sua mão todos os dias, não era nada disso que estava em causa quando falava no gosto que tinha nesse trabalho.

Compreendo perfeitamente os que dizem que caça não é nada do que se passou na Torre Bela e os caçadores, conheço bastantes, que me dizem que o que verdadeiramente os motiva é o caminho, não é o destino.

O que todo o barulho sobre a Torre Bela revela é o rolo compressor de culturas urbanas sectárias que perderam qualquer ligação com a terra e o trabalho para que produza o que nos permite andar por aqui a escrever em computadores.

O que se vê na discussão sobre a Torre Bela, maioritariamente, é a prevalência da visão do indivíduo sobre a espécie, a recusa em olhar para a morte como parte integrante da vida, é o triunfo de Walt Disney sobre os labregos que produzem o que comem.

Sim, eu sei que haverá sempre quem queira fazer o juízo moral sobre os que pagaram balúrdios para participar nesta caçada, ao ponto de Richard Zimler fazer um comentário que, para lá da abjecção moral, é talvez o comentário mais estúpido que vi sobre toda esta questão da Torre Bela - "quantos euros pagariam para matar imigrantes nem quero especular" - mas aí, havendo questões éticas e de valores em aberto, estamos claramente dentro da liberdade individual: eu não tenho de exigir a estes caçadores a adopção dos meus valores, limito-me a achar que, ao nível de cada pessoa, há uma discussão possível sobre esses valores, mas espero bem que as pessoas envolvidas continuem a ter a liberdade de viver de acordo com os seus padrões morais, sem terem de aturar a minha eventual superioridade moral.

O papel do Estado nisto?

O Estado poderia comprar a propriedade e geri-la como área de interesse para a conservação, se achasse que haveria lá valores que o justificassem.

Ou ao menos, do ponto de vista fiscal ou de outra forma, poderia favorecer os indivíduos ou grupos que quisessem comprar terras para as dedicar à conservação.

De resto, se se deixasse de fazer juízos morais sobre o assunto já não era mau, tanto mais que foi o fracasso do Estado na defesa da propriedade privada que esteve na origem da história recente da Torre Bela.

Uma história triste, isso parece-me inegável.


15 comentários

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De Ana a 27.12.2020 às 12:18

Bom dia, subscrevo na íntegra. Não percebo quem ache preferível criar animais em espaços fechados engordando-os à força da inatividade e das hormonas para os matarem matadouro, do que os criarem ao ar livre para morrerem ao tiro de bala. Da mesma forma que não percebo quem quer proibir touradas quando o touro criado para a arena é o único boi em Portugal que não morre vitelo. E não gosto de caça nem de touradas.
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De Anónimo a 27.12.2020 às 14:24

"Não vejo bem que questões 
são essas, 
mas não tenho informação 
suficiente 
para ter opinião consistente sobre isso."




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De Anónimo a 27.12.2020 às 14:28

mural?
para que existem os coutos de caça?
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De Anónimo a 27.12.2020 às 16:46


Tenho 68 anos, sou caçador e praticante de caça maior há cerca de 40 anos. Sou ecologista e já instalei uma ZCT desde o nada até á execução de um projecto de exploração de veados para caça.

Tiro-lhe o meu chapéu caro Henrique pois defendo e tenho escrito nas redes sociais exactamente o mesmo que o sr. acaba de apresentar neste texto. Só lamento que dentro do ICNF não haja mais cabeças a pensar da mesma maneira e que a instituição funcione da forma que todos conhecemos: manipulada e manipuladora .
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De Anónimo a 27.12.2020 às 18:07


a recusa em olhar para a morte como parte integrante da vida


Esta mesma recusa está. em minha opinião no cerne da reação histérica, totalmente desequilibrada, que a maior parte das pessoas teve à atual epidemia.
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De jpt a 27.12.2020 às 18:41

hum ... concordo, grosso modo, com o que avança - a influência das formas como o Estado tutela a propriedade; a indiscutibilidade das formas de produção energética induzidas estatalmente; o peso da cultura urbana desvalorizadora de actividades como a caça e a tourada (sem a sua densidade e o seu conhecimento um dia bloguei sobre isso a propósito de touradas). Mas não posso concordar com essa sua invectiva aos "juízos", que chama "morais" mas que surgem (talvez apesar de si) como "moralistas". Ou seja, o que me chamou (e a tantos outros) a atenção sobre este caso foi a celebrização pelos caçadores (e julgo que também pela empresa) do abate, uma verdadeira glorificação. E não se trata de uma satisfação de uma produtividade competente num matadouro, um orgulho profissional numa actividade necessária (e regulamentada). Eu não sou caçador mas conheço vários caçadores, aqui e alhures, tenho conhecimento das "nuances" que apresentam na forma como caçam e pensam a caça. E estou certo que a todos eles, os que conheço, apesar das suas diferentes modos (por exemplo entre os caçadores de aves por aqui ou os de caça grossa em África ou os seus guias, ou os chamados para abate de predadores), olham ou olhariam para a celebrização deste abate como uma .... (eu censuro-me, evito o termo que eles utilizariam e digo-a uma javardice). E V., com todo o mérito intelectual que tem, não pode arrogar-se ao direito, "moral" por assim dizer, de querer impedir-me de fazer este "juízo". Ético e/ou estético. E ao elidir isso está a atrapalhar, e de que maneira, os bons argumentos que avança. É esse o meu juízo. De urbano.
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De JPT a 27.12.2020 às 18:51

Porque tem havido algumas confusões, eu não sou este (Ilustre) "jpt", sou o (não ilustre) "JPT". Sei que isto parece aqueles antigos anúncios de jornal, em que um ex-cônjuge se exime às dívidas do outro, mas apesar da coincidência de iniciais, nós, por vezes, discordamos - e, sendo esse o caso, e estando ambos a comentar o mesmo post, ao mesmo tempo, não quero que se volte a pensar que o jpt (ilustre) padece de esquizofrenia. Bom Natal e Feliz 2021!
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De henrique pereira dos santos a 27.12.2020 às 22:29

Como respondi noutro contexto, uma coisa é eu dizer "eu acho isto uma javardice", que é legítimo e razoável, outra coisa é dizer "esta javardice devia ser proibida", que na prática corresponde a querer impor aos outros os meus padrões.
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De Anónimo a 28.12.2020 às 12:01


Sei bem que o HPS faz estas afirmações em nome da Liberdade que tanto preza e defende, mas, no meu modesto entendimento, nem a Liberdade existe em absoluto, o que a torna um valor fora do nosso alcance e assim sendo, praticamo-la "imperfeitamente". E também nós não somos perfeitos. Há todas estas "limitações" a ter em conta.
Desta vez não concordo com as suas afirmações. Acho que há limites e por isso há actos que, por constituírem um excesso, devem ser condenados, como foi o caso do festim da matança dos animais (e não uma caçada).
Porque, a ser assim,

- se não existe "UM" único padrão, aquele que é comummente aceite porque considerado como Bom pelo senso comum e por isso se diz "universal"; 
- se não se pode impor um padrão moral aos demais sob pena de se ser "moralista";
-e se cada um tem o direito de apenas obedecer aos seus critérios pessoais, segundo o seu padrão individual, e de o exercer com toda a liberdade, sem restrições, pois afirmar o contrário "na prática corresponde a querer impor aos outros os meus padrões";
 pergunto-lhe, HPS, qual é então, o limite?! Ou não há limite e só existe o da minha consciência e "eu sou a medida de todas as coisas"?


Sei que não é o seu caso, muito pelo contrário, mas pode haver lugar para equívocos, pois parece-me que "não fazer juízos sobre o outro e cada um é que sabe de si", é justamente a "visão" ou a máxima em que assenta o Relativismo Moral actual. Preocupante, no meu entender. E com bastantes seguidores, cujo  ponto de partida é a negação quase absoluta de TUDO quanto está "fora" de mim, da minha experiência ou da realidade do meu ser. Para lá do "eu" nada importa, porque só há o "meu" julgamento moral e só eu posso fazer as minhas distinções e decidir o que é ou não impróprio, certo ou errado. Não há, pois, uma Moral exterior a mim. E assim se pisa o terreno da amoralidade: não há Bem nem existe Mal. Tudo é indiferente.
Logo, não há interditos.
(Perigoso, portanto... quando nos instalamos na indiferença asséptica de nunca julgar os outros, exaltando se estão certos ou condenando se estão errados).
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2020 às 12:45

O limite está na lei: a lei incorpora a moral que é reconhecida por um número suficiente de pessoas.
Uma coisa é eu estabelecer para mim próprio limites morais, outra coisa é eu achar que a lei deve incorporar limites morais e, por isso, defender uma lei com estas e aquelas características, sujeitando a minha opinião ao jogo democrático da feitura de leis, outra coisa ainda é eu achar que o meu julgamento moral se sobrepõe à lei e deve ser imposto a terceiros, sem ser através do jogo democrático da feitura de leis.
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De Anónimo a 28.12.2020 às 13:15

Nem tudo está na Lei, como sabe.
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2020 às 17:07

O que não estiver proibido na lei, pode-se fazer, é isso que distingue a democracia da ditadura, onde só o que é permitido pela lei é que se pode fazer
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De Anónimo a 29.12.2020 às 11:34

Discordo. Há coisas que a lei não proíbe, mas há outros limites que não os da lei. Desculpe voltar ao assunto.
As leis não são mais que um reflexo daquilo que os franceses designam por   " l'air du temps " ou a mentalidade da época. Logo, são leis em vigor em determinado período do tempo limitado. E assim sendo, a sua perenidade ou continuidade extingue-se (ou vai-se extinguindo) com a mudança progressiva "natural" das mentalidades, conforme nós mesmos temos assistido (no espaço de apenas uma vida ou de uma geração):  Leis que têm vindo a surgir, moldando-se aos tempos... 
E é assim que deve  ser, embora tenha muito que se lhe diga:


Todos nós também temos presenciado o movimento inverso: à imposição de "leis" fabricadas em modo "acelerado", para   f o r ç a r e m  por decreto, a alteração de mentalidades,   s e m   que corresponda a uma efectiva vontade de mudança expressa pela maioria.  Portanto, tudo conduzido, por vezes, violentando a consciência de uns, para satisfação da vontade de uns quantos   d i t a d o r e s  enfileirados em grupúsculos  tão progressistas quanto vocais, minoritários, mas que se autoproclamam os paladinos da Moral vigente.
A que custo se sacrifica uma maioria que é vergada a "adaptar-se" a leis  e  usanças impostas por estas minorias "bem-pensantes"? Já reparou que isto só acontece, porque no "regime" vigente somos vendidos a baixo custo, ao preço da uva mijona  a troco de muitas cumplicidades e muitas "conveniências" que não se distinguem da sede de poder?  


Leva a sério "esta" democracia? A mim envergonha-me.
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De JPT a 27.12.2020 às 18:46

Obrigado. Como de costume, escreveu tudo o que se impunha sobre o assunto. Tirar fotos a sorrir ao lado de centenas de animais mortos, como se estivéssemos no século XIX, é de uma imbecilidade (e, sim, insensibilidade) difícil de perceber, mas, ver a morte destes bichos (criados para ser caçados) abrir todos (repito, todos) os noticiários da noite das televisões generalistas, quando, no mesmo dia, um GNR ficou gravemente ferido e o agressor foi morto, e um autarca foi agredido à paulada na reunião de câmara (sendo que só os javalis e os gamos é que tiveram direito a comoção, ira e indignação dos nossos "jornalistas" e "políticos"), diz tudo acerca das prioridades da gente a que estamos entregues. No meio de tanta alarvidade, embaraçou-me, especialmente, o "encurralados"; mas o facto é que nenhuma das pessoas com que convivo, licenciadas todas elas, sabe (já?) o que é um hectare - e, pior, ninguém se dá ao trabalho de ir ver no Google.   
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De earthling.anas a 27.12.2020 às 21:33

Quanto às pessoas que escolheram não contruitbuir para a morte de animais, não só não comendo, não é comparável aos animais que adoptam. Os vegans são contra a exploração de animais, logo a sua comercialização. Consideram que não devia haver reprodução para além daquela que é natural e não autorizar pessoas a fazer das cadelas máquinas parideiras (como as vacas), mas havendo no mundo que temos, cabe-nos a nós humanos que os pusémos cá dar-lhes as melhores condições possíveis e protegê-los.  Quanto aos efeitos nos trabalhadores dos matadores, deixo aqui um estudo (é apenas um vale o que vale, mas é interessante). https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4841092/
Quanto a todos os outros que comem carne não entendo o choque.

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