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O BCE multa o BPI se não resolver o problema da exposição dos grandes riscos a Angola até 10 de Abril. O BPI arrisca pagar 5% do volume de negócios diário (notícia avançada pelo Negócios).
O CaixaBank estará a negociar a compra da participação de Isabel dos Santos no BPI, avança a Bloomberg. O negócio obrigaria a OPA sobre o banco de Fernando Ulrich e resolveria o problema da instituição em Angola.
BPI dispara 10% com negociações entre CaixaBank e Isabel dos Santos. CMVM suspende a cotação.
O BCE tem forçado à queda da eficácia da blindagem de votos que tem dado poder de veto a Isabel dos Santos no BPI.
Passar a lei a recomendação da CMVM que defende o fim da eficácia da blindagem de votos é a via para contornar o obstáculo que se chama Isabel dos Santos. A alteração anulará o veto de Isabel dos Santos à cisão dos activos africanos no BPI.
Na sexta-feira passada, por imposição da CMVM, o Banco BIC, da empresária angolana Isabel dos Santos, assumiu ter comprado 2,28% do BPI. Isabel dos Santos controla assim: 20,88% do BPI (já está acima dos 20% que dá direito a voto). O que quer isto dizer? Que Isabel dos Santos já conta com o fim da blindagem e reforça para ter votos? Ou tinha ali um aliado disfarçado de independente que votava com 2,28% a somar aos seus 18,6%?
Antes disso o BCE, que lembro é liderado por Vítor Constâncio, chumbou a venda de 10% do BFA a Isabel dos Santos. O presidente do BPI Fernando Ulrich disse que após "muitas conversas" com o BCE, o supervisor chumbou a oferta de Isabel dos Santos para, através da Unitel, comprar o controlo do Banco de Fomento Angola. O banco voltou então a apostar na cisão de activos africanos, que a empresária africana recusa,para cumprir a directriz do BCE. O Banco Central Europeu tinha determinado que a instituição liderada por Fernando Ulrich teria de deixar de ter uma participação directa em qualquer banco angolano.
Ainda este mês saiu a notícia que levou Isabel dos Santos a ter de se defender em público. A Comissão Europeia (CE) questionou as autoridades portuguesas sobre a venda de 66,1% da Efacec à empresária angolana Isabel dos Santos, no âmbito da legislação europeia de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. A empresária angolana apressou-se a explicar que a compra da Efacec foi transparente e que nunca foi financiada por dinheiro do Estado angolano nas suas aquisições.
Resultado: O BCE/Bruxelas e Governo estão alinhados para travar a eficácia de Isabel dos Santos em criar obstáculos às directrizes do BCE para o BPI.
Isabel dos Santos está a unir armas para se defender, porque já sentiu que Bruxelas não está do lado dos angolanos na guerra do BPI. Não estando Bruxelas, também não está o Governo português, e não estando o Governo português torna-se complicada a estratégia de obstrução que tem seguido no BPI.
O que se poderá passar?
Caixabank lança OPA depois de comprar a participação de Isabel dos Santos no BPI. Pode ser que Isabel dos Santos com o dinheiro do BPI proponha ao BPI comprar o BFA (mas seria a totalidade, nunca 10%). Mas para isso é preciso que o BPI aceite vender. Se não for assim, a CMVM altera a lei, retira eficácia à blindagem e o maior accionista passa a mandar com 44% dos votos. Não é bom para Isabel dos Santos. Acabará por ser ela a querer sair do BPI através de uma OPA.
Futuro próximo:
BPI resolve o problema da exposição aos grandes riscos angolanos. Faz um aumento de capital (com o apoio do Caixabank) e atira-se a comprar o Novo Banco.
O BPI precisa urgentemente de dimensão em Portugal. Daqui para a frente terá de obter rentabilidade a nível doméstico e contar menos com o BFA para os seus resultados.
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