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“O Triunfo da Morte“, Pieter Bruegel, “O Velho” (c. 1562), Museu do Prado, Madrid
(...) "Ora bem, eu vejo Paris amordaçada por esse lenço azul assético; penso nesta estética de bloco operatório que imprime o seu estilo por toda a parte; enquanto a epidemia parece estar sob controlo e, graças aos céus, nos encontramos longe das cenas infernais do início, com os hospitais a transbordar, os cuidadores extenuados e os velhotes abandonados ao seu azar de serem velhos, ouço os mestres da Opinião culparem os jovens por não se encontrarem em pior estado, os curados por não terem recaídas e os cidadãos infantilizados por se relaxarem; e não posso deixar de pensar que, por trás da impaciência dos números matraqueados como mantras, há qualquer coisa dessa querela que está a voltar à cena.
Um jansenismo sem Jansen, sem Agostinho, sem Pascal e sem Philippe de Champaigne.
Um jansenismo para idiotas, cinzento e pesaroso, que não pode ser senão o novo traje, demasiado folgado, da Humanidade carneirinha de sempre.
Mas um jansenismo extenuado que, à semelhança de um demónio cuja suprema astúcia fosse, segundo Baudelaire, fazer crer que não existe, se disfarçaria no seu oposto, pregaria o culto da vida, ao mesmo tempo que expia o inconveniente de haver nascido, e não exigiria mortificação e penitência senão em nome do imperativo de salvar os corpos." (...)
Excerto da crónica de Bernard-Henri Lévy publicada na revista do Expresso, aqui
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