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Tesourinhos deprimentes

por Jose Miguel Roque Martins, em 27.11.20

Foi uma semana particularmente rica em "tesourinhos deprimentes". O que é dizer muito. 

1 Na sua infinita incapacidade, o governo proibiu as aulas online nas segundas feiras antes dos próximos feriados. Provavelmente para esconder a incapacidade de cumprir o que disse: disponibilizar meios informáticos para todos os alunos. A proibição estende-se a escolas privadas. Há que nivelar por baixo, em nome da igualdade. Ao estilo soviético!

2 Na sua, felizmente ainda pequena escala, Medina mostra as suas garras contra o mercado.  Vai (pelo menos tentar) oferecer (???!!!) um serviço de entregas aos restaurantes.  Para que estes escapem das sanguessugas das empresas que prestam esse serviço a preços considerados exorbitantes. Vamos,  mais uma vez, socializar os custos e concentrar os benefícios. Quem não quer encomendar comida a restaurantes, não faz mal, paga à mesma! Só não encomenda porque não quer! Mais lá à frente, vai ser engraçado, quando os estafetas se tornarem funcionários públicos! Por mais que a evidência aponte noutro sentido, não vale a pena: há quem nunca aprenda.

3) Muito se falou da “aliança” entre o PSD e o radical Chega, para a viabilização do governo nos Açores. O que ninguém tinha previsto é que o PSD iria celebrar com o Bloco de Esquerda e o PCP um acordo muito mais relevante: tentar inviabilizar o cumprimento dos acordos estabelecidos a propósito do Novo banco, estabelecidos com entidades privadas e com Bruxelas. Um passo de gigante na descredibilização total do Estado, que se compreende que seja objectivo do Bloco e do PCP, mas que não se entende que seja apadrinhado pelo PSD. O que pensar? Entretanto, no meio da subida das taxas de juro da República, António Costa, no meio desta e de outras loucuras, ainda teve o desplante de dizer que o orçamento ainda ficou melhor depois da discussão na especialidade. Estarão todos doidos? Ou sou apenas eu?

4) De acordo com o Expresso, a DGS, na sua infinita perspicácia, apresentou um plano de vacinação contra a Covid19 em que o grupo dos mais vulneráveis (com idades superiores a 65 anos) fosse considerado apenas o 5 grupo prioritário. Como referi, há dois dias, o nosso  maior problema parece ser falta do bom senso mais elementar! Resta-nos a esperança que o problema político de parecer que o Governo se quer livrar de pensionistas, reverta a proposta de decisão original!


9 comentários

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De Anónimo a 27.11.2020 às 10:05

Sobre a tomada de posição do PSD, ontem no seu comentário semanal, a Drª Manuela Ferreira Leite foi clarinha e estou de acordo com a sua análise.
Quanto às medidas em relação aos maiores de 65 anos, cá temos, de novo, a "peste grisalha". Mas como estamos no "tempo novo", agora as medidas "insensíveis" têm outro colorido e, obviamente, desta vez tudo será reciclado com argumentos novinhos em folha. Aguardamos desejosos e impacientes. 
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De Anónimo a 27.11.2020 às 17:14

Uma urgente sondagem levou o ACosta a retirar a proposta inicial: afinal os idosos  com mais de 75 anos deixam de estar no grupo dos descartáveis e passam também a figurar no grupo dos mais urgentes a serem vacinados.

Hoje o PS faz contas de merceeiro. E, por cada idoso, mesmo que este já não possa votar, há todo um agregado familiar que vota (filhos/as, genros e noras, netos/as). É só fazer as contas...
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De balio a 27.11.2020 às 10:21


Quem não quer encomendar comida a restaurantes, não faz mal, paga à mesma!


Esta é a mesma lógica que o governo central utiliza - a uma escala muito maior - quando subsidia ou ajuda os restaurantes a manter-se a funcionar apesar de atualmente não terem clientes.
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De Anónimo a 27.11.2020 às 14:27

Caro José,
O facto dos idosos não serem considerados prioritários na vacinação que aí vem, apenas ajuda a compreender o desleixo, incúria e incompetência (ou algo mais grave) que grassa nos lares. Os idosos são um alvo a abater. Vejamos agora o que nos espera no futuro: a eutanásia, por acção directa ou indirecta.
Onde pára o tribunal constitucional?
Catarina Silva
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De Jose Miguel Roque Martins a 27.11.2020 às 16:11

Os olhos de todos devem estar no PCP que faz valer os seus direitos, ao contrario de todos os outros que se indignam mas não encontram forma de conseguirem que as suas prioridades sejam consideradas. 
Estou a falar de cátedra, porque também eu não sei o que fazer! 
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De lucklucky a 27.11.2020 às 20:49


"Os olhos de todos devem estar no PCP que faz valer os seus direitos"


Sim porque ameaça com violência se os seus direitos não forem respeitados.

Os narcisos da Democracia não reconhecem a importância da violência em Democracia.
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De Anónimo a 27.11.2020 às 17:34

A Catarina tem toda a razão. Excluir da vacinação os mais idosos e frágeis é de uma enorme gravidade, porque além de discriminar cidadãos, é a negação do seu direito de acesso a cuidados de saúde pública. Logo, é uma forma de eutanásia passiva, por omissão de assistência médica PELO ESTADO (já que é ele que distribui as vacinas e decide a quem as dá ou nega). 
Ou já estamos na fase de eugenismo e só têm direito à vida os mais fortes e saudáveis? Tempos perigosos estes, em que vivemos!...
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De Jose Miguel Roque Martins a 27.11.2020 às 17:52

Teria sido uma eutanásia mais activa que passiva! 
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De Jose Miguel Roque Martins a 27.11.2020 às 19:32

Aliás, seria mais homicídio que eutanásia. 

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