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Ontem António Costa dirigiu-se ao País. Por aquilo que percebi, lembrou que é função de todos os governos captar investimento estrangeiro relevante, subentendendo-se que tudo o que terá acontecido terá sido no mais estrito interesse nacional, subentendendo-se que a justiça poderá estar a reagir a quente, mas distanciou-se dos envolvidos, subentendendo-se que se algo de errado for apurado, ele nada tem a ver com isso.  Lembrou ainda as dificuldades dos governantes, enredados por um mundo complexo de burocracias que, aparentemente, nos foram impostas por Marte. Tudo, sob uma digna intenção institucional de preservar o interesse dos Portugueses de forma a não diabolizar o investimento estrangeiro e os investidores e acalmar os mercados. Finalmente ainda lembrou que seria uma vitima da lentidão da justiça, (com a qual não tem aparentemente nada a ver).

Terei percebido bem? Ou afinal sou eu que tive cognitivamente um dia infeliz?


19 comentários

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De Henrique Almeida a 12.11.2023 às 11:15

Foi isso mesmo. Nós, povo, é que temos de agradecer ao grande educador da classe ignorante. Mas houve muitas papas e bolos.
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De Cá não há bar a 12.11.2023 às 13:09

Muitos ficaram em delírio com o papa Chico (em Agosto) e outros comem os bolos.
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De Cá não há bar a 12.11.2023 às 13:19

E,obviamente, o ministro Galamba continua a apresentar o orçamento. 
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De IMPRONUNCIÁVEL a 12.11.2023 às 11:45


No meu parco entender, percebeu muito bem. 

Foi um «dois em um».

Logo, sendo essa a mensagem que A.Costa tentou passar, então, é óbvio que está a projectar o regresso ao Poder.

E esse lugar que almeja é, com toda a probabilidade, o de candidato da PR. Empurrado por uma vaga-de-fundo, que começou a preparar neste comício de ontem na Residência Oficial.

Acrescentando, para o curto-prazo, a diretriz de como os do PS devem fazer política até 10 de março (falarem dos projetos, e fugirem às provocações e acusações).

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De Anónimo a 12.11.2023 às 12:03

Costa é perigoso para a democracia. Seria bom que as pessoas estivessem atentas àquilo de que é capaz para subverter as regras da Democracia.
Invocando a estabilidade, preparava-se para fazer de Mário Centeno 1ºMinistro (até ao terminus da governação em 2026), e esse convite ao governador do BP, sublinhe-se, não foi legitimado democraticamente
Mesmo em situações de emergência ou de crise, há regras. O PM eximiu-se de as cumprir. Ele tem de actuar em conformidade com as regras da Democracia , e seguir, passo a passo, os trâmites previstos na Lei e na Constituição. Queimou todas as etapas! É de uma gravidade sem precedentes e a total subversão da Democracia e do Estado de Direito.  


--  O primeiro passo, desde logo, e antes de qualquer tomada de decisão, seria começar por ouvir e auscultar os seus pares, através de consulta interna prévia aos órgãos competentes do seu partido, a fim de obter consensos e a sua anuência sobre o nome proposto (Sérgio Sousa Pinto fez esta alusão). Mas Costa não o fez e impôs autocraticamente a sua vontade e Ignorou todos os procedimentos democráticos. 
--  em segundo lugar, A.Costa não podia dispensar-se de submeter a sua proposta ou iniciativa   ao conhecimento da Assembleia da República, o órgão de soberania donde emana a representatividade de todos os cidadãos e que tem, entre as suas competências a legitimação e a formação dos governos da Nação.


Por este caminhar, um dia destes, não é de todo um cenário impossível, com este ímpeto autocrático (e antidemocrático) que demonstrou,  A. Costa decida por ex. que naquele ano não devia haver eleições!!! Invocaria tratar-se duma solução excepcional, claro!, "a bem da democracia", para vencer uma qualquer (grave) crise do país, com mais estabilidade e continuidade. E, naturalmente, diria (com falinhas mansas) que as eleições, de momento, eram um entrave, pois criariam mais incerteza e intranquilidade. Para nos "tranquilizar", reforçaria que as eleições não estavam suspensas, mas "simplesmente" adiadas.
Tudo, claro, com voz melíflua e dizendo que era em nome de um "bem" maior por ele definido! Obviamente.
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De Ricardo a 12.11.2023 às 12:13

E a culpa (surpresa surpresa!)  disto tudo ainda vai ser do Costa e....Silvs.
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De Anónimo a 12.11.2023 às 12:45

(Cont.)
Outro assunto de enorme gravidade com o qual não devemos estar tranquilos: Tudo indica, pela sua intervenção de ontem, que Costa se prepara para blindar o (seu) governo a qualquer fiscalização por parte do Ministério Público. 

Preste-se muita atenção: podemos todos estar certos de que a próxima batalha do PS vai ser retirar autonomia ao MP e todas as suas capacidades,  meios e  poderes para verificar, apurar e aferir quaisquer suspeitas de crimes ou actos ilícitos do governo. 
Ontem, em directo, ele praticamente disse que os governos governam, isto é, tomam as suas  decisões e nada os pode deter! Ou seja, nem o MP se pode intrometer, nem a Lei pode travar uma decisão se ela  "atrapalhar" a mesma decisão. Disse taxativamente que o governo pode e deve remover qualquer obstáculo que dificulte a... governação!. Ora Isto configura um poder absolutamente discricionário. O governo, explicou A.Costa, tem toda a legitimidade e liberdade para   poder  proceder como lhe aprouver: Subentende-se que o podem fazer, mesmo através duma "simplificação" não regulada e sem a observância das regras dos procedimentos legais.  Portanto, sem obedecer aos critérios da Lei, passando por cima do regular funcionamento das instituições,  para  "agilizar" procedimentos burocráticos _conforme disse ontem Costa. E tudo Uma vez mais, invocando um "bem" maior _ definido e decidido despoticamente por ele e pela oligarquia de que se rodeou e que ele arregimentou! 
Na sua definição (ontem) de «governação», ficou implícito que qualquer fiscalização do MP, é uma «intromissão» no governo e a politização do MP .
Nada mais subversivo para a Democracia e para o Estado de Direito do que um sistema de impunidade em que os governos ficam fora do império da Lei.
É isto que os socialistas estão a preparar.
 
« o que realmente contava na comunicação do primeiro-ministro era a justiça, a que lhe diz directamente respeito, e também e sobretudo avisar que o PS não vai deixar-se surpreender outra vez pelo ministério público.» - Helena Matos


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De Rodrigo Raposo a 12.11.2023 às 12:55

Estamos a assistir ao desmoronar do Regime. A partir de dentro. Tal e qual como há 50 anos.
Á época, a Guerra Colonial, era a questão percebida do impasse do Regime. Hoje, parece não haver uma questão percebida para o impasse do Regime. Talvez por toda a sociedade estar enredada nesse impasse... Por isso, é de esperar, que a 10 de Março de 2024, os portugueses voltem a confirmar o PS como o "Partido", arrastando e prolongando o impasse e a agonia do Regime...
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De Cá não há bar a 12.11.2023 às 13:22

Não há uma questão percebida(ou faz de conta que não) enquanto continuar a cair o money da UE e os média e afins continuarem a tocar os violinos(qual Titanic).
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De Rodrigo Raposo a 12.11.2023 às 14:50

Pois. Assim é.  Por, isso, a 10 de Março, sai mais uma geringonça ... 
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De urinator a 12.11.2023 às 13:24

«  Espelho MeuEspelho Meu! Há Alguém Mais COMPETENTE Do Que Eu? 
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De IMPRONUNCIÁVEL a 12.11.2023 às 13:55


O «haxixe de Galamba» é tão fatal como «a troca do Ministério Público».

Ficam ambos assassinados para sempre.
Diga-se o que se disser, explique-se o que se explicar, acrescente-se o que se acrescentar, definitivamente, já tumbam no cemitério das tabuletas de pedra.
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De Marques Aarão a 12.11.2023 às 17:37

Ai COSTA, COSTA
Claro que se tratou apenas de uma simples confusão.
O medo que paira nos indignados por esse episódio que a conversa entre o ministro da economia Costa Silva com o Sr. Lacerda possa ter conteúdo para ajudar a entalar o Costa ainda nosso primeiro.
Curioso é que deixem passar em claro que o chefe do governo já pretendeu pôr-se em fora de jogo por milímetros quando se deu ao trabalho de demitir o seu chefe de gabinete e jurar de joelhos que não é nada amigo de Lacerda.
De notar que são precisamente estes dois personagens que correm o risco de levar com as medidas de coação mais gravosas.
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De Marques Aarão a 12.11.2023 às 18:25

MARCELO NÃO RESPEITOU A CONSTITUIÇÃO
Artigo 195.º
(Demissão do Governo)
1. Implicam a demissão do Governo
b) A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro.
Artigo 167º
6) As propostas de lei e de referendo caducam com a demissão do Governo. 
-Lamentavelmente tal atitude parte do primeiro responsável por cumprir e fazer cumprir a nossa lei fundamental. 
Esta falha grave já foi considerada por pelo menos um  conceituado constitucionalista como fraude à Constituição .
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De Anónimo a 12.11.2023 às 20:15

Assino por baixo.

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