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Nas ultimas semanas temos assistido a constantes interrogações relativamente á possibilidade de uma terceira guerra mundial ou ao uso de armas nucleares. Em tese tudo é possível, mas a improbabilidade destes eventos, é manifestamente próxima de zero: nem a Rússia mostra capacidade para alargar a sua capacidade de agressão convencional, nem é útil enfatizar as suas debilidades militares recorrendo ao Nuclear, nem Putin precisa de mais para justificar a sua vitória militar. Em síntese, não há nem capacidade ou interesse pela Rússia de escalar a guerra, sendo certo que não existe qualquer desejo concreto, por parte dos países que integram a Nato, de invadir a Rússia.
Militarmente, a Rússia ficou aquém do que dela se esperava. Sem menosprezar a resistência Ucraniana, mostrou falta de informação, problemas logísticos e dificuldades estratégicas e tácticas que não se esperavam. São também aparentes a falta de recursos em termos de munições mais sofisticadas, usadas com uma parcimónia que leva a crer que dominam a tecnologia mas não foram capazes de constituir arsenais profundos por falta de meios económicos. Incapazes de esmagar a Ucrânia, teria a Rússia a tentação de enfrentar o poder da NATO?
O lançamento de uma ogiva nuclear, mesmo que táctica, sem prejuízo de uma quase certa resposta proporcional pelos EUA, seria uma admissão da incapacidade de derrotarem as forças Ucranianas, uma nova humilhação para as armas russas. A falta de mobilização geral na Rússia, que permitiria lançar tropas em numero suficiente para esmagar a resistência Ucraniana, também não aconteceu, muito provavelmente por esta mesma razão: não admitir que afinal o chefe supremo encontrou dificuldades inesperadas, que não é infalível, que o exercito não é capaz de realizar uma operação especial.
Finalmente, uma vitória é praticamente o que Putin quiser. Esperava conquistar a Ucrânia, mas nunca anunciou esse objectivo. Enquanto as “ repúblicas” do Dombas ( independentemente da sua extensão) e a Crimeia forem Russas, a declaração de vitória é sempre possível. Ora, neste momento, já tem ganhos no terreno consideráveis, o mar de Azov é um lago da Rússia, ligou por terra a Crimeia, o fornecimento de água deixou de ser um problema com a ocupação de Kerson. Será isto uma derrota? Apenas face aos objectivos iniciais.
O que se parece discutir, neste momento, é apenas a magnitude dos ganhos territoriais da Rússia, antes de um cessar fogo ( que durará decadas), nas próximas semanas. Nem a Rússia parece querer escalar a guerra, nem os Ucranianos terão real capacidade para reconquistar as terras perdidas.
È também esse o interesse da Nato, que não fornecerá armas para a reconquista dos territorios ocupados pela Russia. Apenas quando o regime Russo cair, a Ucrânia poderá ser, de novo, reunificada.
Terceira guerra mundial, ataques nucleares, não são, de todo, prováveis.
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Não deixa de ser muito semelhante ao que acontece ...
Portugal está a precisar de um Daily Wire.Infelizm...
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Simplesmente infame, o esfregão da sonae.Juromenha
Basicamente não discordo do postal mas estranhei l...