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De acordo com as sondagens, as eleições presidenciais no Brasil serão disputadas na segunda volta entre Bolsonaro e Haddad. Ganhe quem ganhar, o Brasil já perdeu. Primeiro, porque a escolha é entre um saudosista da ditadura e um cúmplice da corrupção. Depois, porque o presidente eleito terá sempre metade do país contra ele. Tal como na Europa e nos EUA, a tragédia presente do Brasil é o desaparecimento do centro político. Os moderados de direita e de esquerda estão encostados às cordas. Mesmo em Inglaterra, onde a polarização é menos intensa, Theresa May está a ser cortada às fatias pelos eurocépticos do Partido Conservador, muito próximos do UKIP, e por Corbyn, que nunca deixou de ser um eurocéptico. Só Macron, em França, parece resistir, mas por quanto tempo?
Como é que chegámos aqui? Há causas locais, por exemplo a violência no Brasil, mas também há traços comuns. A crise económica, que trouxe o medo à classe média, coluna vertebral de qualquer democracia. A imigração, que reforçou esse medo com o refúgio no nacionalismo. E, sobretudo, a decadência da classe política, da qual a corrupção e a demagogia são os exemplos mais vertiginosos: Lula no Brasil, Sócrates em Portugal, o PP em Espanha, todos em Itália e França, Boris Johnson e Corbyn em Inglaterra, etc.
O que é se segue? Tempos perigosos.
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O capitalismo funciona na base da confiança entre ...
"...Ventura e António Costa são muito iguais, aos ...
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"que executem políticas públicas minimalistas, dei...