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Desde que a AD formou governo, ou mesmo um bocadinho antes, já várias vezes li em peças jornalísticas (sejam elas de opinião ou não, que eu tenho cada vez mais dificuldade em distinguir uma coisa da outra) a expressão "tecnicamente verdadeiro".
O contexto é sempre o mesmo: alguém diz alguma coisa que é verdade, mas o jornalista (ou opinador, insisto que tenho dificuldade na distinção) acha que não devia ser, então diz que a afirmação é tecnicamente verdadeira, mas ... e depois dedica-se à habitual intriga.
Mais ou menos como se alguém dissesse que o que distingue um pastel de nata de um bom bocado era um ter massa folhada e outro ter massa areada (e eu não vou discutir se o que acabei de dizer é verdade ou não, é irrelevante para explicar o argumento) e o jornalista dizer que isso é tecnicamente verdade, mas nada diz sobre se o pastel de nata é melhor que o bom bocado, coisa que nos bastidores tem sido forte tema de controvérsia bem demonstrativa da incapacidade desse tal alguém inicial dizer alguma coisa de jeito.
E, no fim, chamam jornalismo à arte de contrariar uma coisa através da distinção entre a verdade técnica, a que é objectiva e verificável, da verdade verdade, a que o jornalista define.
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O antropólogo Emmanuel Todd elaborou umas teorias ...
Concordo totalmente.
Excelente post. Pouco se escreve sobre isto (porqu...
por egoísmo e narcisismo nota-se cada vez mais em ...
Excelente reflexão, subscrevo.