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"Em 2020, num país civilizado, penso que a eutanásia não é necessária para prevenir mortes terríveis. Nas exceções em que os cuidados paliativos não são eficazes, podemos querer pôr fim à vida de maneira direta e intencional. Mas isso é uma tragédia e penso que é um erro acharmos que uma tragédia pode ser legalmente regulamentada. No momento em que regulamos uma forma de tragédia, outras tragédias exigirão uma nova liberalização da lei. O que mais me preocupa é que a eutanásia começou a minar a nossa determinação de lidar com as nossas dificuldades. Em vez de dar esperança, enviamos o sinal de que, para alguns doentes, é melhor deixar de existir."
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