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Outra ideia corrente é uma forma de comunismo primitivo, que considera amoral, anormal e tecnologicamente ultrapassada a propriedade, em particular a propriedade intelectual, e que legitima aquilo a que um velho autor bolchevique chamava a "acumulação socialista primitiva", ou seja, o roubo. No seu conjunto, estas ideias são uma actualização na moda dum radicalismo político "contra todas as fronteiras", a favor de uma espécie de anarquismo difuso que afirma que se for na Rede tudo é permitido em nome da liberdade de expressão, e que na Rede o roubo, a destruição de bens, a calúnia, as operações de intrusão, a violação da privacidade não são crimes, mas actividades legítimas, cuja perseguição configura um atentado contra as liberdades individuais e a igualdade absoluta de todos. O ataque à propriedade intelectual, que está a destruir a indústria discográfica e ameaça a cinematográfica, a aceitação pacífica do insulto e da calúnia nas caixas de comentários, a indiferença perante a violação do segredo em matérias de segurança (refiro-me, por exemplo, à publicação questionável do telegrama americano sobre as instalações estratégicas no mundo, uma verdadeira lista de alvos para o terrorismo), tudo hoje é legitimado. Ler mais »»»
Imagem daqui
O que faz a fidelidade a uma convicção política: o Público de hoje na sua rubrica de última página "Sobe e Desce" classifica a subir Julian Assange com o argumento de que “a revolta que corre nas redes sociais contra a detenção do fundador da WikiLeaks saltou ontem as fronteiras da Internet em dezenas de manifestações na Europa (…)” um wishfull thinking que somos convidados a confirmar na página 20 do mesmo jornal: 50 manifestantes 50 juntaram-se em Hide Park enquanto ao final da tarde de ontem em Lisboa no Chiado se juntaram ao movimento “dezenas de pessoas”, menos do que aquelas que se terão manifestado em Madrid e em Barcelona. Estou convencido que um qualquer movimento de apoio aos piratas Somalis faria melhor…
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Compreendo a defesa de Assange feita por um anarquista, ou extremista, dos que se batem por um “amanhã que canta” fundado nos escombros da nossa civilização, nunca menos que isso. A Wikileaks é fora da lei: não passa de uma loja de receptação com porta para a rua que redistribui “espionagem” por grosso e a retalho - como tal é um caso de polícia. Porque a liberdade, o mais precioso e delicado dos nossos bens, só sobrevirá salvaguardada por inevitáveis regras.
E desenganem-se os que julgam ingénuas as virgens ofendidas que choram e reclamam os vícios e equívocos do sistema: a última coisa que lhe auguram é uma regeneração.
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