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Zelensky

por João Távora, em 21.04.22

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A Portugal, um país há séculos sem problemas existênciais de "nacionalidade", em matéria de "agitação" e "excitações", restou-lhe entreter-se com uma percentagem anómala de reaccionários, excêntricos e progressistas, responsável pela extrema dificuldade na gestão política das grandes crises, sendo disso exemplo a queda da monarquia, entre a crise do Mapa Cor de Rosa e o 5 de Outubro. Isso explica que nos nossos dias o PCP, o bloco e a extrema-direita nacionalista devam bem ultrapassar os 20%. Também por isso o nosso país é um atraso de vida.

Não tem nada a ver, mas parece

por João Távora, em 12.03.22

Os comentadores "alternativos", oficiais na reserva fustrados por não terem uma guerra só para si,  mal disfarçados putinistas ou "anti-globalistas" (curiosamente muitos deles simpatizantes do Chega), assim como os comunistas que estão no outro lado do espelho, nas suas posições relativistas quanto à bárbara invasão da Ucrânia pelos russos, fazem-me lembrar os portugueses que, por obscuros interesses, não tiveram pejo em se juntar ao exército napoleónico contra o reino de Portugal e os seus aliados tradicionais. Há sempre demasiados Loulés por aí. Será a história a repetir-se em forma de comédia?

Hora da verdade

por Jose Miguel Roque Martins, em 10.03.22

Hoje encontrei um amigo ucraniano que já vive em Portugal há muitos anos. Prepara-se para acolher crianças da família dele, para já refugiados na casa de um primo na Polónia. Não é uma pessoa normalmente muito bem informada, mas por isso mesmo, consegue transmitir o sentimento dos ucranianos do terreno.

Começou por me referir que os russos estão a levar uma grande tareia, tanto mais que já têm que usar material bélico muito antigo, inclusivamente a nível de munições de que têm falta. Muitas das peças, antes (2014) fabricadas na Ucrânia tinham deixado de ser exportadas e que teriam esgotado muito dos seus arsenais na Síria e noutros teatros de guerra. Acredita que dentro de quinze dias os russos estarão esgotados nas suas reservas bélicas e que se limitarão, depois,  a uma guerra de atrito e ocupação parcial. A que já estão habituados. Muito gostaria que ele tivesse razão, mas tenho serias duvidas.

Disse-me também, que um primo, que é militar, recebeu instruções de retirar a família de grandes cidades, o que deve querer dizer que se esperam  bombardeamentos. Aqui, já fiquei mais preocupado.

A fraca prestação das tropas russas, poderiam não estar no plano A. Mas sempre existiu um plano B: a obliteração da resistência e do povo ucraniano. Os Ditadores não costumam sobreviver muito tempo a derrotas militares. E Putin sabe-o melhor do que ninguém. Teria invadido se não pudesse esmagar a Ucrânia? Espero que nos próximos dias, as tácticas de cerco continuem antes de bombardeamentos desenfreados. 

A sorte de uns é o azar dos outros

por João Távora, em 09.03.22

Que os governos socialistas nos governam com o foco principal no marketing e no controlo da comunicação (a direita tem muito a aprender nessa matéria, ai tem, tem!) já nós sabíamos. Que para o controlo dos ímpetos inquiridores da oposição, da comunicação social e das massas em geral os dois anos de pandemia caíram como sopa no mel a António Costa que, com Graça Freitas, armou em paizinho do povo amedrontado com o número de infecções diárias, parece-me evidente. Agora, quando o Partido Socialista na posse de uma maioria absoluta a queimar-lhe as mãos, fazia contas à vida e às verbas da bazuca para pagar a factura de dois anos de recessão e entorpecimento produtivo, cai-lhes ao colo, vindo do Leste, uma guerra brutal como não se via há muito, e a consequente crise energética e inflacionaria a agigantar-se. As primeiras semanas tem servido aos nossos governantes para, perante o choque e pavor (outra vez o pavor) passearem-se nas TVs com discursos emocionais e solidários, que confrontados com a estúpida da guerra nos parecem profundamente sensatos e tranquilizadores – para nosso consolo o desconchavo afinal é carisma exclusivo dos ex-parceiros de governo, BE e PCP. Perante este jogo de sombras, subitamente com a guerra a entrar-lhe na carteira, o povo conta os tostões e corre para as bombas de gasolinas. É neste ambiente de guerra que Marta Temido surge nas TVs a avisar que, em resultado da chegada de refugiados “um crescimento do número de transmissões de Covid-19 pode acontecer” e que que “o país continua a estar num contexto de pandemia e de emergência de saúde pública internacional”. Pelos vistos custa muito à senhora ministra largar a panaceia da pandemia. A realidade bem dispensa mais manobras de distracção.   

Elogio da guerra

por Corta-fitas, em 04.03.22

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À saída, já de costas meio viradas – porque sempre as mesmas notícias é uma coisa que cansa –, os media dizem dos ucranianos que eles têm muita resiliência. É especialmente estúpido, e até ofensivo, porque é certo que a esmagadora maioria não voltará ao estado inicial. Saem repórteres, câmaras, saem até os «correspondentes de guerra», porque os correspondentes de guerra de hoje ganham asas e fogem mal a dita se apresenta. Não faz mal – no que respeita a «observadores» já fugiu toda a gente antes, ou não se apresentou sequer.

Não há maior solidão do que a dos ucranianos na Ucrânia. «Acompanhados» via ondas hertzianas, estamos todos com eles cá de longe, grandes heróis, sim, senhor, aquilo é que é, todos de pé, aplausos, a gente de momento não pode, «derivado a» ser assim, mas palmas, bravo, resistam, atirem garrafas aos tanques, ficamos tão comovidos, morram todos, vamos fartar-nos de chorar!

Mas decerto os ucranianos compreendem: não se podia deixá-los entrar para a NATO, era uma provocação, compreendem? A Rússia do Putin ainda os atacava. É que ele tinha argumentos históricos, compreendem? Nós, se fossemos tarados, também recuperávamos o Brasil, talvez. E Angola, talvez. E Moçambique, talvez. Matávamos toda a gente e voltávamos a ser um Império. A Inglaterra também ficava com a Índia e América do Norte se pudesse. E a Espanha com Américas e Bruxelas e mais pós, e o Japão com a Manchúria, a França com Congo e Argélia, era um forrobodó. Mas nem queremos, nem podemos, nem nos deixam. E a China anexava Taiwan, se a deixassem, embora tenha ficado mais perto de julgar que deixam. Já o Putin é uma maçada; o Putin quer, pode e deixam-no. De maneira que a Rússia atacou, e, infelizmente, a gente não pode ajudar-vos porque vocês não fazem parte da NATO. Ainda provocávamos uma guerra! (Como? O que foi que disse?) É de facto um grande incómodo tudo isto, um ditador psicopata a chacinar em nome de sonhos de império e a gente aqui a ver, dolorosamente. Quietos, mas chorosos e muitíssimo impressionados.

De maneira que estamos aqui a apoiar-vos muito e derramamos lágrimas todos os dias, embora as notícias da invasão comecem a minguar lenta, lentamente, derivado a os repórteres já não estarem aí para reportar, e ao cansaço das audiências. E, então, temos em vez disso barragens de notícias da massa de refugiados, e de como os estamos a receber bem, e comovemo-nos muito com a nossa própria generosidade.

Também voltámos a ter notícias do covid, que esse é que é um grande perigo, e, ao contrário da Ucrânia, é um caso de suspense, porque algumas pessoas podem morrer disso, enquanto lá morrem todos de certeza. Acresce que essas notícias do covid agora parecem frescas, enquanto as notícias da Ucrânia estavam a ficar velhas, era só morte e ruína, todos os dias a mesma coisa. Não mata, mas mói.

De maneira que é assim, ucranianos, pá, a gente aqui aplaude e chora, podem morrer, que nós estamos convosco. Vivos, é verdade, mas que se há-de fazer, é a vida!

José Mendonça da Cruz

O novo "povo mártir"

por João-Afonso Machado, em 25.02.22

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E eis, enfim, o covid desapareceu - da nossa atenção, é claro, que a pandemia poderá ser agora de natureza nuclear e as radiações estendem-se já por aí.

A guerra das armas chegou à Europa. A uma Europa que, sem outras armas senão as ameaças e a dissuasão, saíu ilesa da Guerra Fria e quase já não recorda a II Guerra Mundial. Anote-se, este não é um conflito em que subjazem diferendos ideológicos: somente o imperialismo autocrata russo, a sua vontade de expansão e de recuperação da sua antiga imensidade (para além da gulodice económica) levam Putin a roubar e a matar.

Possivelmente, a Europa, os EUA, andaram este tempo todo dormindo, como já acontecera antes de 1939. Agarrados a uma diplomacia que é sempre a gargalhada dos tiranos - desses que, como Putin, ainda proclamam intenções de paz quando as suas tropas já iniciaram a invasão.

Depois vêm as represálias económicas. (Outra gargalhada dos tiranos - vejam-se as décadas de embargo comercial aos cubanos...) Mais conversa mole, com cada país estudando meticulosamente os prós e os contras para as suas economias desta e daquela medida de contenção. Finalmente, o ridículo total: já foi anunciado, a final da Champions não será disputada em S. Petersburgo.

Tudo isto com os exércitos russos, precedidos dos indispensáveis bombardeamentos, chegados a Kiev. Adeus Ucrânia livre e soberana!

Até hoje a guerra era lá longe, em África ou na Ásia. Agora bate-nos a uma porta que não queremos abrir. As tropas ocidentais posicionam-se em volta (parece que um milhar de portugueses estacionará na Roménia) só para russo ver. Cada período da História tem os que já nos habituámos a chamar seu "povo mártir". Foi o caso dos polacos, é o caso dos ucranianos.

Entretanto Putin reprime os muitos russos que se manifestam contra a guerra. E o PCP em mirabolante comunicado, põe-se do lado de Putin. Falta apenas António Costa pronunciar-se sobre a inclusão do PCP no seu dilecto "arco constitucional". Assim vai esta planetária "geringonça".

Ucrânia

por João Távora, em 25.02.22

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Aqui no Ocidente, com regimes extremamente imperfeitos, bem sei, além de se usarem contrapesos aos poderes mais ou menos eficientes, mais ou menos indeoendentes, temos direito a exprimir ou ouvir diferentes perspectivas, sobre um complexo assunto como o da guerra na Ucrânia. Isso tudo faz-me perceber de que lado me devo posicionar: o da Liberdade e do Direito. Mas duvido que no Ocidente se sacrifique mais que uma palha para defender os ucranianos do seu trágico destino que a malta não está para chatices e alguem ainda arrisca a partir o telemóvel ou uma unha.

Já agora, só dois singelos aspectos a considerar quanto à guerra em curso: 1) Com a invasão da Ucrânia a Russia fica mesmo rodeada de países da Nato. 2) A invasão da Ucrânia pela Rússia é a prova de que há razões mais que suficientes para os países vizinhos desejarem proteger-se com a Nato.

O fantasma da terceira guerra ainda paira

por Maria Teixeira Alves, em 07.03.14

Desenganem-se aqueles que vêem no recuo militar de Putin na Crimeia, uma resolução do conflito que poderia desencadear a tão temida terceira guerra mundial. 

Putin decidiu-se por um referendo popular que obviamente revelará que a maioria da população da Crimeia quer ser russa, eles sempre foram russos até serem oferecidos à Ucrânia, percebe-se. Mas a Ucrânia disse, através do seu novo presidente, que a Crimeia é e continuará a ser da Ucrânia. Para isso conta com o apoio da comunidade internacional, leia-se Estados Unidos e Europa. 

O presidente dos Estados Unidos foi claro: "O referendo proposto sobre o futuro da Crimeia violará a Constituição ucraniana e o Direito Internacional. Qualquer discussão sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo" do país, disse Obama.

Igualmente Angela Merkel considerou ilegítimo um referendo na Crimeia. Entretanto o referendo está agendado para 16 de Março.

Enquanto se discute a legalidade do referendo, os Estados Unidos decidiram intensificar a cooperação militar com a Polónia e com os países do Báltico para mostrar "apoio" aos aliados na sequência da intervenção da Rússia na Ucrânia, anunciou o secretário da Defesa, Chuck Hagel. Um destacamento militar norte-americano de uma dezena de homens está estacionado em duas bases aéreas da Polónia para organizar os exercícios conjuntos.

O chefe do comando europeu da NATO, o general Philip Breedlove, vai reunir-se com os ministros da Defesa dos países da Europa Central e de Leste.

A esta hora Putin deverá estar a reunir aliados para a sua causa contra o Ocidente. O problema económico, o impacto da derrocada nos mercados nas empresas russas e o impacto na economia russa das sanções aplicadas pelos EUA e Europa é neste momento o grande entrave a que Putin parta para uma invasão da Crimeia.

Putin procura aliados mas com quem poderá contar? A China terá aqui um papel importante. É certo que é comunista, mas também é certo que a China não quer estragar a sua recente incursão económica pelo Ocidente.

Não há ainda luz ao fundo deste túnel. 

Guerra à vista na Ucrânia pode tornar-se conflito mundial?

por Maria Teixeira Alves, em 27.02.14

 

"A Crimeia é da Rússia", gritam os militantes pró-russos que invadiram os edifícios do Parlamento e do governo regional da Crimeia, ambos na capital da península Simferopol. Cerca de 60 homens armados, segundo a agência russa Interfax, içaram a bandeira russa na Crimeia.

Crimeia, que nome lindo, transporta-nos logo para um qualquer romance de Dostoiévski. Mas tem uma carga trágica. Foi palco de uma guerra no século XIX e de uma batalha na Segunda Guerra Mundial.

Esta invasão às sedes oficiais do Governo Regional da Crimeia ameaça tornar-se o príncipio de uma guerra separatista que poderá acabar com o envolvimento dos Estados Unidos, senão mesmo, mundial. Putin não vai deixar a Ucrânia cair nas mãos comerciais do Ocidente (a Ucrânia quer por tudo ser da União Europeia e divorciar-se da Rússia para sempre). A Ucrânia, com a sua indústria siderúrgica, minas de carvão e grande produção de trigo, além da sua posição entre a Rússia e a Europa Oriental, é peça-chave na estratégia geopolítica de Moscovo. Putin não vai de mão beijada abrir mão da influência da Russia na Ucrânia.

Assim, o presidente Vladimir Putin já colocou, na quarta-feira, dia 26, em estado de alerta, as suas Forças Armadas no oeste da Rússia e ordenou manobras militares de grande escala na região que faz fronteira com a Ucrânia. Foi a primeira reacção da Rússia à queda, no sábado, do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, devido a violentos protestos contra a interferência russa no processo de associação de Kiev à União Europeia. E no mesmo dia, e isto pode ser mera coincidência, um navio de guerra russo ancorou em Havana (quarta-feira) sem qualquer explicação dada pelo Governo comunista de Cuba ou sem qualquer anúncio desta paragem nos meios de comunicação estatais.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, alertou entretanto que a Rússia incorrerá  "num grave e imenso erro" se intervier na Ucrânia. Ao mesmo tempo que anunciou a concessão de um empréstimo de 2 biliões de dólares ao novo governo de Kiev - enquanto os dois maiores bancos russos congelaram as suas linhas de crédito à Ucrânia. As condições económicas de Kiev são muito frágeis neste momento.

A Ucrânia também já pediu ajuda ao FMI.

Em Sevastopol, na Crimeia, a Rússia tem uma grande base naval e a frota do Mar Negro com cerca de 25 mil militares. O presidente interino ucraniano, Alexander Turchínov, avisou que qualquer movimento na base "será considerado uma agressão". Também no quartel-general da NATO, em Bruxelas, o secretário-geral Anders Rasmussen apelou à Rússia para "não tomar nenhuma acção que aumente mais a tensão".

A crise está a subir de tom. Crescem os receios de separatismo na península esmagadoramente pró-Rússia no Mar Negro. A isto não é alheio a destituição do Presidente pró-Moscovo Viktor Yanukovich, procurado pelas autoridades com um mandado internacional de prisão, mas que deverá estar escondido pelos russos na Crimeia, onde detém grande apoio da massa popular que se opõe ao que classificam de "golpe militar armado".

A Crimeia, era considerada pela União Soviética como parte da Rússia, mas foi oferecida à Ucrânia em 1954 por Khrushchov como presente de comemoração do 300° aniversário da unificação da Rússia e da Ucrânia. Mas continuou a albergar a frota naval russa do Mar Negro na cidade portuária de Sebastopol.
É uma região maioritariamente de descendentes russos e Moscovo não parece querer deixar este território, onde detém a principal base naval/militar do Mar Negro, ao livre arbítrio do novo poder de Kiev, que surge orientado para uma progressiva aproximação às instituições europeias, em paralelo com o afastamento do poder da influência exercida pelo Kremlin, influência que se acentuou durante a vigência do pró-russos Yanukovitch.


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