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Há entre nós quem seja uma "velha ratazana" (Desculpe lá, ó Nuno!) nestas coisas e veja mais longe do que a esmagadora maioria dos nacionais. Há quem conheça bem os orientais e lhes "adivinhe" os passos. Há quem avise antecipadamente e acerte em cheio. Há quem perceba o porquê da continuação da aposta de Sócrates no TGV, o que isso significa e o verdadeiro custo/benefício para o País. Ainda há entre nós quem saiba analisar as coisas tal e qual elas são na realidade. Há quem avise dos perigos futuros. Está tudo aqui e merece a visita. Estamos sempre a aprender. Eu por mim falo.
Já que querem gastar dinheiro, ao menos façam as coisas bem feitas. São só mais uns quilometrozinhos, Engºs Mendonça e Sócrates até ao Pinhal Novo. Custa tanto a perceber o que se ganha com isso, poupando dinheiro e tempo às pessoas? Tudo isto para daqui a alguns meses nos virem dar razão como sucedeu com a OTA...
A estação do Pinhal Novo está a menos de meia hora de carro ou de comboio do centro de Lisboa. Para passageiros com destino à parte ocidental de Lisboa, à costa Sul ou ao Algarve, esta solução será muito mais vantajosa. Basta trazer o TGV do Poceirão ao Pinhal Novo para se poupar 2 mil milhões de Euros da ligação a Lisboa. São mais 14 quilómetros de linha de TGV que, no máximo, custarão apenas 40 a 45 milhões de euros. As duas localidades já estão ligadas por uma linha férrea tradicional, quase em linha recta, de tal maneira que do Pinhal Novo se podem ver os silos do Poceirão. Também aqui há largura de canal para construir as duas linhas linhas do TGV sem grandes expropriações.
A obra é quarenta e cinco vezes mais barata do que a Ponte sobre o Tejo. Assim, um passageiro que venha de Madrid demorará 2h45 minutos a chegar a Lisboa, se o comboio for directo, e apenas 2h33 a chegar ao Pinhal Novo. Menos 12 minutos. Para chegar à estação de Entrecampos, no centro de Lisboa, um passageiro que desembarque no Oriente demorará 22 minutos, 10 minutos do percurso Oriente / Entrecampos mais os 12 minutos que já vimos gastar a mais entre o Pinhal Novo e o Oriente. Ora a ligação directa da Fertagus entre o Pinhal Novo e Entrecampos faz-se em 30 minutos. São só oito minutos de diferença, mas custam 2 mil milhões de euros. Se o Pinhal Novo for utilizado como terminal do TGV ganha toda a zona Sul do País e em particular ganha o turismo do Algarve, que não tem ligações directas a Madrid.
Num projecto tão cheio de "especialistas", é assim tão difícil de entender? Arre...
Há uma maneira simples de poupar 2 mil milhões de euros na ligação do TGV a Madrid. Basta usar como terminal a estação do Pinhal Novo, que está a menos de meia hora de carro ou de comboio do centro de Lisboa. Para passageiros com destino à parte ocidental de Lisboa, à costa Sul ou ao Algarve, esta solução será mesmo mais vantajosa. A TVI, com a ajuda de especialistas em transportes, mostra-lhe este verdadeiro ovo de Colombo.
O Governo anunciou que vai assinar para a semana o contrato do primeiro troço do TGV para Madrid que vai ligar a fronteira de Badajoz Caia ao Poceirão, para onde está projectado um porto seco de mercadorias. São 167 quilómetros e o valor global do investimento é de mil e quatrocentos milhões de euros.
Para o TGV chegar à Gare do Oriente, em Lisboa, o Governo lançou a concurso um segundo troço, que inclui a construção sobre o Rio Tejo de uma das maiores pontes do Mundo e obras de ampliação da Gare do Oriente. Por isso, esses 34 quilómetros finais são muito mais caros: 2 mil milhões de euros.
Mas existe uma solução, que já está construída, a estação no Pinhal Novo por onde passam os comboios da Fertagus que ligam a margem Sul a Lisboa pela ponte 25 de Abril. António Brotas, especialista em transportes, professor do Instituto Superior Técnico e militante do PS, apresenta-nos este verdadeiro ovo de Colombo para tempos de crise.
Basta trazer o TGV do Poceirão ao Pinhal Novo para se poupar 2 mil milhões de Euros da ligação a Lisboa. São mais 14 quilómetros de linha de TGV que, no máximo, custarão apenas 40 a 45 milhões de euros. As duas localidades já estão ligadas por uma linha férrea tradicional, quase em linha recta, de tal maneira que do Pinhal Novo se podem ver os silos do Poceirão. Parece também, haver largura de canal para construir as duas linhas linhas do TGV sem grandes expropriações.
A obra é quarenta e cinco vezes mais barata do que a Ponte sobre o Tejo, que muitos especialistas consideram um erro.
Assim, um passageiro que venha de Madrid demorará 2h45 minutos a chegar a Lisboa, se o comboio for directo, e apenas 2h33 a chegar ao Pinhal Novo. Menos 12 minutos. Para chegar à estação de Entrecampos, no centro de Lisboa, um passageiro que desembarque no Oriente demorará 22 minutos, 10 minutos do percurso Oriente / Entrecampos mais os 12 minutos que já vimos gastar a mais entre o Pinhal Novo e o Oriente.
Ora a ligação directa da Fertagus entre o Pinhal Novo e Entrecampos faz-se em 30 minutos. São só oito minutos de diferença, mas custam 2 mil milhões de euros. Se o Pinhal Novo for utilizado como terminal do TGV ganha toda a zona Sul do País e em particular ganha o turismo do Algarve, que não tem ligações directas a Madrid.
Um passageiro do TGV demorará, de comboio, 53 minutos entre Lisboa / Oriente e Setúbal. Mas apenas sete minutos se partir do Pinhal Novo, basta ver os horários do Intercidades.
Os horários dos Alfas Pendulares provam que se o destino for o Algarve Pinhal Novo poupará uma hora aos passageiros do TGV para chegarem ao Algarve 2H45 entre a Gare do Oriente e Albufeira / Tunes. 1h 55 minutos se puder partir do Pinhal Novo.
A estação tem seis vias e está preparada com elevadores e escadas rolantes necessários ao transbordo de passageiros. Mas há mais. É de fácil acesso para toda a área metropolitana de Lisboa. Qualquer espectador pode fazer a experiência e verificar por si próprio que se chega de Lisboa ao Pinhal Novo num tiro. No regresso, nunca ultrapassámos os limites de velocidade da auto-estrada nem da Ponte Vasco da Gama e mesmo assim fizemos um bom tempo.
Confira aqui.
E veja as declarações do Duque de Bragança, D. Duarte aqui.
E agora, que voltou a falar o ministro premiado com as Obras Públicas por ter assinado um documento de economistas obscuros a favor de mais obras públicas, vem a propósito colar aqui, com a devida vénia ao autor, Nicolau Santos, um artigo publicado há anos, quando Portugal ainda era 27º no Índice de Desenvolvimento Humano, sob o título «Os Pobres Que Não Têm TGV»:
«A Noruega (1ª classificada no Índice de Desenvolvimento Humano) não tem TGV.
A Islândia (2ª), Austrália (3ª), Luxemburgo (4ª) e o Canadá (5ª) também não têm TGV.
A Suécia (6º) tem uma boa rede de pendulares no sul. O X2000 sueco não ultrapassa os 210 km/hora. O X2000 vai até Copenhaga mas os nacionalistas dinamarqueses não se queixam da localização do centro de decisão em Estocolmo.
Na Suíça (7º) passa o Cisaltino italiano, o ICE alemão e o TGV francês, todos mais ou menos devagarinho. O ICN suíço anda a 200Km/hora.
A Irlanda (8ª) não tem TGV.
A Bélgica (9ª) não tem TGV, mas o país recebe a visita do Eurostar e do Thalis. Os nacionalistas belgas não se queixam.
Os EUA (10ª) não tem TGV.
O Japão (11ª) tem TGV, 130 milhões de habitantes e é o segundo país mais rico do mundo.
A Holanda (12º) não tem TGV mas a Amesterdão chegam o Thalys e o ICE, a velocidade de pendular. Os nacionalistas holandeses não se queixam do controle estratégico franco-germânico. Os holandeses querem fazer o seu TGV, que vai andar nas mesmas linhas por onde andam os outros. A Holanda tem um PIB pc que é o dobro do português.
A Finlândia (13º) tem a Nokia mas não tem TGV.
A Dinamarca (14ª) não tem TGV, mas tem a Bang and Olufsen, a Dan Cake, a Lego e a Carlsberg.
A Grã-Bretanha (15º) não tem TGV. O Eurostar, em terras de sua majestade, move-se a passo de caranguejo. A Grã-Bretanha é a 6ª maior economia do mundo.
A França (16º) tem TGV. A França (ainda) é a 7ª maior economia do mundo e tem 60 milhões de habitantes.
A Áustria (17º) não tem TGV. A Áustria recebe a visita do ICE alemão em Viena, Linz e Innsbruck, mas por terras austríacos o TGV valsa devagarinho. Os nacionalistas austríacos não se queixam.
A Itália (18º) tem uns comboios que chegam a 250Km/h mas a média nunca passa dos 200. A Itália tem 60 milhões de habitantes. A Itália é a 8ª maior economia do mundo.
A Nova Zelândia (19ª) não tem TGV.
A Alemanha (20ª) tem TGV. Na verdade só tem uma linha de verdadeiro TGV, Colónia-Frankfurt e uma segunda, entre Nuremberga e Ingolstad a inaugurar em fins de 2006. O resto anda depressa mas mais devagar que os TGVs. A Alemanha tem a 5ª maior economia do mundo e tem 82 milhões de habitantes.
A Espanha (21º) também tem TGV. A Espanha tem 40 milhões de habitantes.
Hong Kong (22º) não precisa de TGVs.
Israel (23º), Grécia (24º), Singapura (25º) e Eslovénia (26º) não têm TGV.
Portugal vem logo a seguir.
Também há TGVs na China (1300 milhões de habitantes), Taiwan (23 milhões) e na Coreia do Sul (50 milhões).»
Quando um punhado de governantes insiste numa solução que parece ruinosa às mais respeitadas instituições internacionais e aos mais sérios especialistas nacionais, tem que se perguntar qual será o motivo - que não é óbvio nem transparente - para tanta veemência e teimosia?
Consta que se perspectiva o adiamento da construção da ligação TGV entre o Porto e Vigo, não por causa das finanças públicas ou dum avisado acordo secreto entre as bancadas do PS e do PSD, mas por causa do Ministério Fomento espanhol que se justifica com questões do foro ambiental. Ora cá pra mim que não sou de intrigas, isto trata-se afinal duma inadmissível intromissão do reino vizinho na estratégia de animação económica e do desenvolvimento da república de Sócrates. Daqui deste jardim à beira-mar plantado, além do adiamento da linha Lisboa Elvas, aguardam-se também as tomadas de posição dos lobbies envolvidos, assim como uma relação do número de desempregados previstos pela Mota-Engil e Teixeira Duarte em consequência do atraso.
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