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Uma amizade com 500 anos

por João Távora, em 20.02.12

No âmbito da celebração dos 500 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e o Reino da Tailândia, será amanhã inaugurado às 15.00hs no jardim de Belém (fronteiro à famosa casa dos renomados pastéis) o monumento Sala Thai, o que é considerado uma excepcional honra concedida ao nosso País por aquele velho amigo asiático. Sabe bem constatar que há quem continue a gostar de nós... 500 anos depois. Portugal estará bem reresentado neste evento na pessoa de S.A.R. o Duque de Bragança, o sucessor do Rei D. Manuel I que há cinco séculos com o Rei Ramathiboti II iniciou as relações luso-siamesas. Saiba mais aqui. e aqui.

 

Tailândia com o seu Rei

por Pedro Quartin Graça, em 05.12.10

Por ocasião do seu 83º aniversário e 64º de Reinado, o Rei da Tailândia, Bhumibol, declarou que o país ..."tem prosperado pacificamente durante um longo período, porque estamos com a nação e juntamos as mãos para o cumprimento do dever e a prossecução do interesse público. Todos aqueles que aqui estão e os tailandeses de todos os sectores, deviam procurar compreender quais os seus deveres e fazer o seu melhor com atenção e consciência. Ser desleixado ou imprudente, pode conduzir a erros e prejuízos (...), quando alguém se torna insensível ou pouco razoável, pode tornar-se auto-complacente e abusar da sua autoridade. Isto é muito perigoso. Esta prática pode levar à sua própria queda e com ela, arrastar o país. Desta forma, gostaria de pedir-vos que fossem prudentes e mantenham a vossa determinação no cumprimento do vosso dever, para a paz, segurança e sustentável felicidade do nosso povo".

O Rei é o mais antigo chefe de Estado em exercício e um dos mais importantes estadistas vivos. De novo, uma verdadeira multidão juntou-se para prestar tributo de admiração e agradecimento ao primeiro trabalhador da Pátria, por seis décadas de entrega ao bem comum.

Todos com o seu Rei!

Tailândia: 500 anos merecem mais atenção

por Pedro Quartin Graça, em 01.07.10

É já para o ano que se comemoram os 500 anos da chegada dos Portugueses ao então Reino do Sião. Não é uma data qualquer e os tailandeses dão grande importância às comemorações do Quinto Centenário. Portugal tem estado particularmente envolvido no evento através do Embaixador Faria e Maya e da Embaixatriz Maria da Piedade que têm representado o nosso país junto àquele antigo aliado de Portugal com elevado mérito. Há porém um senão. Apresentando-se já para o Outono próximo uma nova rotação de pessoal diplomático, importaria que, neste caso específico, o trabalho desenvolvido não fosse interrompido já que, proceder-se à substituição de um Embaixador que tem permanentemente desenvolvido reuniões e contactos de sucesso com entidades oficiais e privadas que garantem o sucesso institucional da efeméride, não parece ser uma questão inadiável.

À atenção pois do Ministro do Negócios Estrangeiros, Luís Amado, este assunto da maior importância para Portugal.

Democratas? Afinal era bandidagem do pior...

por Pedro Quartin Graça, em 10.06.10

Miguel Castelo-Branco traz-nos hoje uma fantástica revelação sobre os recentes acontecimentos em Bangkok, Tailândia: "Das 80 vítimas mortais anunciadas no rescaldo da operação de limpeza das ruas de Banguecoque, 75% possuiam cadastro criminal e eram notórios facínoras repetidamente condenados pelos tribunais. Há de tudo: ladrões comuns, traficantes de drogas, violadores, traficantes de armas e 8 (ou seja, 10%) com crimes de sangue cometidos ao longo dos últimos anos. Até dois "monges" cadastrados, um deles detido por seis vezes havia. Boas vocações. Eu bem os vi no acampamento vermelho. Os "homens de negro" armados eram, afinal, vulgares bandidos contratados e usados como tropa de choque. Foram eles que usaram as armas, que lançaram as bombas, que agrediram um pouco por toda a cidade cidadãos indefesos. Foram eles que assaltaram e lançaram fogo aos bancos, aos centros comerciais, às lojas e cinemas. Com toda a propriedade semântica chamei-lhes "lumpen". Estava errado. Não era o lumpen: era a escória. Não vi nenhum dos fogosos defensores das causas justas lamentar a morte dos polícias e soldados, esses caídos no cumprimento do serviço. Toda a encenação tinha um objectivo: branquear, exaltar e transformar em mártires os milicianos vermelhos, afinal o que de pior havia na sociedade que estiveram a milímetros de destruir."

 

Leia mais aqui.

Portugal estreita relações seculares com a Tailândia

por Pedro Quartin Graça, em 30.05.10

No passado dia 19 de Maio, data aliás em que foi resolvida a crise tailandesa, o Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia da República, José Ribeiro e Castro, teve a oportunidade de reunir com o Embaixador da Tailândia em Portugal, Kasivat Paruggamanont, tendo como agenda a situação então vivida em Bangkok. Na reunião estiveram ainda presentes o Ministro Conselheiro Danai Menabodhi, o Primeiro Secretário Anan Pikultipsakorn e o ex-deputado Pedro Quartin Graça, autor destas linhas. Recorde-se que no próximo ano se comemorarão os 500 anos de relações de amizade entre Portugal e o Reino do Sião, efeméride a que a Tailândia dá a maior importância e que seguramente Portugal não deixará de celebrar de forma muito condigna. Mais fotos aqui.

O Tribunal Criminal de Bangkok procedeu à emissão de um mandato de detenção do ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra, na sequência da audição do chefe da DSI Tharit Pengdit e de outras personsalidades que apresentaram ao Tribunal documentação relacionada com o envolvimento de Thaksin na tentativa de golpe de Estado, tentando-se agora proceder à sua extradição já que o mesmo tem sido visto em vários países como o Montenegro, a França, países árabes, entre outros. As acusações são agora mais graves já que Thaksin enfrenta a acusação de terrorismo, facto este que torna agora mais fácil a sua detenção fora do país. Iguais acusações recaem sobre o líder da UDD, Jatuporn Prompan e mais 6 outros dirigentes "vermelhos".

"A oportunidade foi explorada pelo líder do partido Força Budista, o general Chamlong Srimuang, hoje líder do PAD, que apelou a todos os democratas para que saíssem à rua e impedissem a consumação do "golpe dentro do golpe" militar. Centenas de milhares de manifestantes tomaram conta do centro de Banguecoque e em 17 de Maio de 1992, impotente para negociar uma solução política, o ditador Suchinda mandou abrir fogo indiscriminado sobre a massa em protesto. Morreram centenas de pessoas, a lei marcial foi imposta, mas os manifestantes não arredaram pé. Nesses dias arderam dezenas de edifícios públicos e o país esteve na iminência de uma guerra civil. Por fim, o Rei chamou o ditador e deu-lhe ordem de demissão em frente das câmaras da tv. O grande artífice da restauração democrática, Chamlong, fora governador da capital no início dos anos 80. No desempenho do cargo, fez frente aos grandes interesses imobiliários, protegeu os vendedores de rua, lançou sucessivas campanhas anti-corrupção, fez os primeiros bairros sociais de Banguecoque, bem como as primeiras e bem sucedidas campanhas de sensibilização ambiental. Ficou, deste então, na mira dos plutocratas." Os pais da democracia tailandesa são pois os "amarelos". É neles que o Povo se reconhece. Leia mais aqui.

 

Eis as provas irrefutáveis da tentativa de derrube do regime democrático tailandês por parte dos "camisas vermelhas" da UDD, a soldo do ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra. Como escreve Nuno Castelo - Branco, no "Estado Sentido", "o planeamento foi metódico e implacável, copiando fielmente os pressupostos da tomada violenta do poder pela aparentemente contraditória aliança entre os mais radicais exploradores plutocratas e o comunismo orientado a partir do estrangeiro." E acrescenta: "Estas são as ordens directas, indesmentíveis e que o mundo inteiro poderá agora avaliar. Outros videos comprometedores serão dentro de poucos dias publicados, reduzindo a pó as elaboradas teses de observadores que durante mais de dois meses intencionalmente e em total má-fé, informaram erroneamente os seus governos, as instituições internacionais que abusivamente mal serviram e a imprensa estrangeira. Os stocks de armas e munições capturadas vão-se avolumando a cada hora que passa e mesmo antes de termos o conhecimento das traduções para inglês dos discursos de Thaksin, Saikua e dos outros cúmplices, já havíamos indicado que a origem da destruição teria sido bem organizada até ao pormenor."

Arsenal capturado aos "pacifistas" vermelhos da UDD

por Pedro Quartin Graça, em 23.05.10

O "pequeno" arsenal apreendido aos "camisas vermelhas" da UDD em Bangkok foi apresentado à imprensa e adidos militares estrangeiros acreditados na capital tailandesa e é bem revelador daquela que foi a abortada tentativa de golpe de Estado. Outras notícias se seguirão  relativamente aos estrangeiros ocidentais que estiveram envolvidos no esquema falhado de derrubar o regime democrático no Sião. Mais info aqui.

Obrigado Miguel!

por Pedro Quartin Graça, em 21.05.10

Agora que o pior já passou, sabendo porém que, de novo, conturbados dias poderão chegar, importa destacar em jeito de balanço a cobertura informativa que parte da blogosfera nacional dedicou aos tristes acontecimentos passados em Bangkok, capital da Tailândia. Um país que conhecemos bem, sobre o qual escrevemos neste blog algumas vezes, que é amigo de Portugal mas que infelizmente não mereceu por parte da imprensa portuguesa a cobertura jornalística que a situação vivida mereceria. Portugal pôde contudo acompanhar toda a situação. E se isso foi possível deve-se a um homem que esteve durante dias debaixo de fogo real e fez mais de 100 quilómetros a pé percorrendo Bangkok na zona ocupada pelos "vermelhos", apenas "armado" com a sua máquina fotográfica e uma dose gigantesca de coragem. É Português mas dos da estirpe de Mourinho, como o José Mendonça da Cruz bem refere num post hoje publicado. Chama-se Miguel Castelo - Branco e vive quase há 3 anos na capital da Tailândia onde se encontra a fazer investigação no âmbito do seu projecto de tese de doutoramento. é autor do blog "Combustões". Foi o nosso "guia" à distância durante semanas, fez previsões e acertou nelas e apresentou-nos a real situação de Bangkok. Sem ganhar um cêntimo, sem "corte e cola", com textos próprios e com muito bom senso, ainda conseguiu ter tempo para ajudar alguns órgãos de comunicação em Portugal. Em Lisboa contou com a ajuda inestimável do irmão Nuno, também profundo conhecedor e amigo do Sião.  Em algumas semanas fizeram ambos mais pelas relações de 5 séculos entre Portugal e a Tailândia que a soma da acção de todos os Ministros dos Negócios Estrangeiros  de Portugal nos últimos anos. A amizade entre Portugal e a Tailândia teve neles os seus maiores expoentes neste séc. XXI. Que o seu exemplo, a par da acção positiva do Embaixador de Portugal em Bangkok António Farya e Maia e do Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da AR, José Ribeiro e Castro, sirva de tónico acerca do forma como Portugal se deve relacionar com as Nações amigas que possui um pouco por todo o mundo. Para o Miguel tenho apenas uma palavra: "Obrigado".

Bangkok: terrorismo urbano

por Pedro Quartin Graça, em 21.05.10

Resultado da acção terrorista e criminosa dos "camisas vermelhos" da UDD em Bangkok: 17 bancos, 8 hotéis e centros comerciais, 8 propriedades privadas, cinemas, restaurantes, lojas de rua, lojas de conveniência, departamentos governamentais, uma estação de televisão destruídos na totalidade. Acresce a vandalização de caixas multibanco, montras, cabinas telefónicas e mobiliário urbano.

Entre estes estava o edifício do Central World, maior do que o Colombo. Mas no final os terroristas foram derrotados. A recuperação entretanto já começou. Leia aqui e aqui.

 



Tailândia - O legado da destruição vermelha

por Pedro Quartin Graça, em 20.05.10

(...)"O dinheiro e aqueles que lhe rendem culto e a ambição do poder sem freio e sem limite, mais o colaboracionismo de um certo Ocidente carregado de baias micro-burguesas contra tudo o que excede as tripas e o "conforto"; o tonto romantismo soixante-huitard daqueles que um dia sonharam com amanhãs ridentes, mas engordaram pelo caminho, fizeram-se parasitas do capitalismo mas não largam os estúpidos sonhos da juventude desaparecida; o completo desconhecimento da Tailândia, da sua história, língua e cultura bem salientes num certo jornaleirismo pago pela cobiça neo-colonial que quer reduzir o país a prostíbulo, casa de massagens e spas; o desprezo por uma sociedade que é diferente da nossa e a vontade de a transformar numa caricatura de Singapura, cheia de macacos engravatados repetindo o papaguear da plutocracia; os velhos demónios do jacobinismo regicida e do totalitarismo igualitário; em suma, este admirável mundo de plástico e gente parva que faz a conspiração da estupidez que uniformiza o mundo; tudo isso reunido juntou-se em Banguecoque e açulou gente paga para fazer o que ontem atingiu clímax."(...)

 

In: Combustões

Derrotados, criminosos incendeiam Bangkok!

por Pedro Quartin Graça, em 19.05.10

Derrotados na rua, partiram sem honra. E como não a possuem, resolveram incendiar tudo o que lhes aparecia à frente. Cinemas, centros comerciais, de tudo um pouco ardeu. Ao fazerem-no lançaram 8000 pessoas no desemprego. São os "camisas vermelhas" da UDD. Numa só palavra "criminosos" que traíram a sua Pátria. Confira tudo aqui.

Como se já não bastasse o facto de o líder da UDD ter publicamente admitido o financiamento criminoso dos "camisas vermelhas" para que estes mantenham a sublevação da ordem pública que tem ocorrido em Bangkok, com verbas recebidas por parte do foragido ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra, sem que veja qualquer problema nisso, agora são os mesmos membros do UDD que utilizam, conforme a imagem documenta, crianças de tenra idade como "escudos humanos" nas barricadas. Mas isto não é tudo. Também idosos e mulheres estão a ser usados, ao mesmo tempo que, conforme nos descreve Nuno Castelo - Branco, "pré-púberes são enviados com missões incendiárias, visando destruir os bairros periféricos ao acampamento e distrair a atenção das autoridades, criando mais caos."

Em suma, autênticas acções de terrorismo urbano que parece não incomodarem muitos poderes instalados um pouco por toda a Europa mais interessados que estão em dar ouvidos às acções da propaganda "vermelha"...

 

Deram voz ao Miguel!

por Pedro Quartin Graça, em 17.05.10

Finalmente alguma "alma iluminada" da Lusa em Macau percebeu as coisas e corrigiu a prática até hoje existente. Foi preciso o Miguel Castelo - Branco fazer o trabalho que poucos jornalistas fariam, ilustrando-o com textos e fotos de qualidade, para que em Portugal fosse reconhecido o facto dele ser o único português que se atreve a ir onde ninguém mais nenhum luso vai na Tailândia: ao coração dos "camisas vermelhas", enfrentando todos os perigos em pleno coração da "guerra". Hoje a agência LUSA entrevistou o Miguel e ele pôde dizer de sua justiça. O Miguel colocou-nos a par de que a actividade na zona ocupada pelos "camisas vermelhas" em Bangkok está praticamente acabada e com cerca de 700 pessoas no local as autoridades deverão tomar conta do espaço rapidamente". "Por volta da meia noite desloquei-me ao campo vermelho e apercebi-me que grande parte das pessoas que lá se encontravam teriam sido transferidas para um templo das imediações", contou à Lusa o nosso compatriota. Força Miguel!

 

Tailândia: a tolerância democrática tem limites

por Pedro Quartin Graça, em 16.05.10

Se fosse na Europa o assunto já tinha sido tratado de outra forma, ou seja, tudo tinha acabado há semanas com muitos mortos e feridos. Imagine-se se, por exemplo na Alemanha, o Parlamento fosse objecto de uma tentativa de tomada de assalto por criminosos armados, os hospitais sitiados e a vida normal da capital Berlim parcialmente prejudicada durante meses, o que aconteceria... Não acabava bem, evidentemente.

Na Tailândia, porém, existe outra forma de tratar as coisas, essencialmente quando a vontade das autoridades é lidar com a situação de molde a causar o menor número possível de baixas humanas junto dos prevaricadores. Esta postura contrasta todavia com a posição dos "vermelhos" para os quais a vida humana, quer a dos seus opositores, quer a dos seus próprios homens, é completamente indiferente. Possuem um objectivo bem concreto: derrubar a monarquia e a democracia no País no mais curto espaço de tempo e pela força para nele instalar um regime corrupto e fantoche comandado à distância por uma conhecida superpotência "da zona"...

Os tailandeses indignaram-se com este estado de coisas. Em primeiro lugar quando descobriram que todo este movimento tinha como objectivo derrubar o "Pai da Nação", o Rei, figura querida por todos, que a todos ajudou nos momentos de aflição do passado. Em segundo lugar quando constataram que quem tudo comandava à distância era um ex-primeiro ministro que foi autor de vários crimes no País, tendo - se, nomeadamente, apropriado de significativas verbas por força de negócios ilícitos que desenvolveu e que serviam agora para pagar aos seus pseudo apoiantes para estes se deslocarem para Bangkok com o objectivo de porem em causa a ordem pública. Em terceiro lugar quando perceberam que tudo isto significava um enorme retrocesso na história democrática e plural de um País independente para o colocar, agora, na órbita de uma potência estrangeira. Contra estes factos se indignaram.

Na Tailândia vigora a liberdade de expressão e de opinião. É este facto que causa espanto em muitos ocidentais pouco habituados que estão a que, a leste, este "fenómeno" se verifique. E a possibilidade das pessoas circularem, apesar do Estado de Emergência, é também real, como temos podido acompanhar pelas arrojadas mas utilíssimas incursões de Miguel Castelo - Branco, do blog Combustões, no campo "vermelho", com elevado risco da sua própria integridade física.

Agora, em desespero de causa, depois de terem recuados nos acordos feitos com o primeiro - ministro, e terem continuado com as suas inaceitáveis exigências que, a concretizarem-se significaram a anarquia no País, viram-se, de repente em desespero perante a derrota certa. São já pouco mais de 2000 os homens que continuam barricados, armados, é certo, mas já sem qualquer esperança de que a vitória lhe sorria. Perderam a batalha no terreno e, sobretudo, perderam toda e qualquer sentimento de simpatia que ainda lhes pudesse restar junto de uma já pequena parte da população. Agora, no já referido desespero de causa, e porque a derrota para além de certa é desonrosa, e para aqueles que duvidavam do papel do Monarca, é para ele todavia que os "vermelhos" se viram e apelam à sua intervenção. Em algum outro País do mundo opositores do Regime diriam isto?: “It’s time to ask for help from the beloved father of the nation in the same way as happened in May, 1982, when the King stepped in to stop the bloodshed” (Jatuporn Prompan). É o que sucede na Tailândia, por estranho que tal pareça a um conjunto de ocidentais para quem este tipo de mentalidade nada diz. Neste caso, porém, e ao contrário do apelo feito, é duvidosa a intervenção Real. Não há, creio, retrocesso no caminho que foi trilhado. Sabe-o o foragido Thaksin e a sua família, ora em fuga. Sabem-no também os seus poucos apoiantes "vermelhos". Ultrapassaram, e muito o risco, provocaram dezenas de mortes e centenas de feridos. Desafiaram as instituições democráticas. Tentaram derrubar a democracia na rua e puseram em causa a Liberdade de todos. Pagarão agora pelos seus actos. Alguns serão mortos, muitos presos e centenas condenados pelos tribunais. É assim a democracia. E na Tailândia ela existe, por muito que isso doa a alguns.

"Vermelhos" atacam de novo em Bangkok

por Pedro Quartin Graça, em 15.05.10

Há quem ironize com a situação de Bangkok onde os "ratos" são sempre os primeiros a fugir... Mas uma massagem tailandesa não foi certamente o que o pobre soldado levou de um bando de criminosos "vermelhos" a soldo de um corrupto em fuga... Entretanto, ironicamente, outros afirmam-se  "muito preocupados"... A falta foi suprida.

Tailândia - A democracia venceu

por Pedro Quartin Graça, em 04.05.10

Na Tailândia o movimento "vermelho" perdeu em toda a linha. Perdeu Thaksin, perderam os comunistas. Venceu a Monarquia, o Rei, o Primeiro - Ministro Abhisit e o Povo.

Lá por fora perdeu a imprensa internacional pela miserável e tendenciosa cobertura que fez da crise. Por cá perdeu a imprensa portuguesa com a habitual cobertura sem chama e sem qualquer esforço de investigação. Muito bem estiveram os blogs Combustões e Estado-Sentido, sempre em cima do acontecimento. Nós demos um pequeníssimo contributo. A democracia e a monarquia continuam na Tailândia.

União Europeia: desastre em Bangkok

por Pedro Quartin Graça, em 01.05.10

Um artigo a não perder de autoria de Nuno Castelo - Branco aqui.

Sempre ao lado do seu Povo!

por Pedro Quartin Graça, em 29.04.10

Nos bons e maus momentos, na prosperidade e na doença, Bhumibol Adulyadej, o Rei da Tailândia Rama IX está sempre com o seu Povo e o seu Povo com ele.

Longa vida ao Sião!

por Pedro Quartin Graça, em 27.04.10

O reino do Sião era, à chegada dos primeiros portugueses ao sudeste-asiático, em 1511, a mais sólida entidade política e territorial da região. O vácuo de poder deixado pelo eclipse da civilização khmer, que florescera e atingira o apogeu nos século XII a XIV irradiando a partir de Angkor; o lento declínio dos reinos vietnamitas (Dai Viet e Champa ) e a permanente conflitualidade intra-birmanesa, possibilitou aos thai – povo de ascendência mongólica e língua sino-tibetana – a consolidação de uma forte consciência identitária que, a prazo, favoreceria a emergência de uma vasta unidade territorial sediada em Ayuthaia. Situada no centro das vastas e ricas planícies fluviais do Chao Phraya – a que erradamente os ocidentais chamaram de “Menam”, que em língua thai significa rio – a capital do Sião, Ayuthaia (a Odiá das crónicas portuguesas) era, em inícios do século XVI, uma das maiores cidades do mundo. Da riqueza do reino, fortalecida pela unidade étnica, linguística e religiosa, resultaram aquela confiança, auto-estima e fortaleza que caracterizam os siameses e ainda fazem dessa sociedade uma das mais sólidas e perduráveis comunidades políticas existentes no planeta. Quando Fernão Mendes Pinto por aí passou em finais da década de 1550, rendeu-se à magnificência, esplendor e operosidade daquela gente tolerante, farta e “idólatra”. Tão impressionantes eram as demonstrações de força do Sião, que os portugueses procuraram ao longo dos séculos XVI e XVII mantê-lo como interlocutor preferencial na região, se bem que, pontualmente, realizassem fracassadas tentativas de jogar no tabuleiro dos birmaneses, que sofriam de endémicos ciclos de ascensão e fragmentação.

 

In:Os Portugueses e o Oriente (1840 - 1940)


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