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O Nouvel Observateur divulga um suposto SMS de Sarkozy à ex-mulher: é difícil encontrar maior violação da esfera íntima seja de quem for. Se viesse num tablóide de supermercado, caía-lhe tudo em cima: como é uma publicação "de referência", manda a etiqueta que se assobie para o ar. Com o New York Times aconteceu algo parecido: com base nos palpites de dois ex-assessores não-identificados, o matutino americano construiu uma história de capa em torno de uma suposta infidelidade de John McCain no momento em que este praticamente se confirma como candidato americano à Casa Branca.
Jornalismo de sarjeta - diria cá na terrinha o ministro Augusto Santos Silva, embora a pensar noutros periódicos. A diferença, no caso do NYT, foi a desassombrada crítica ao jornal feita pelo provedor dos leitores. Depois de ter recebido mais de 2400 mensagens de reclamação de leitores que não gostam de sentir-se insultados por mau jornalismo ao serviço da mais baixa política.
Estive à espera do habitual coro de virgens pudicas. Em vão: nem uma crítica das bempensâncias do costume ao Le Nouvel Observateur, esse prestigiado título de referência da imprensa francesa, que publicou um suposto SMS alegadamente enviado por Nicolas Sarkozy à ex-mulher, Cecilia. Ainda não há muito, as tais bempensâncias elogiavam os media franceses por não se imiscuirem na vida íntima das figuras públicas, sendo por isso um exemplo universal, blablablablablablablá. Afinal de nada valeu a reputaçãozinha: Le Nouvel Observateur agiu como o mais reles tablóide. Por mim, continuo a aguardar que as tais virgens soltem ao menos um grito de indignação. Mas, à cautela, esperarei sentado.
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Há sempre a internet
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Acho que não percebeu a substancia do texto...