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Segundo a sondagem de Abril da Aximage, enquanto o PSD alcança o PS, o PCP e o BE sobem ligeiramente, o CDS recua para os 6,4% e os partidos novos não obtêm expressão significativa. Dir-me-ão que o inquérito é para as Europeias, não replicável para as legislativas, que é só mais uma sondagem (sempre erradas no que refere ao CDS e pouco fiáveis com votações exíguas como será o caso do PAN, do IL e do Aliança); mas o que é inegável é que ela reflecte a já proverbial inamovibilidade do “mercado” eleitoral português.
Como é que se explica tudo isto? As coisas às vezes são muito mais simples do que parecem: Ontem quando ouvia o final do Debate Quinzenal no parlamento confesso que fiquei chocado com o discurso radical socialista. Fiquei com a ideia de que, em desespero com as recentes broncas e casos, o PS está a cometer um erro ao extremar-se à esquerda, quando, como se sabe é tradicionalmente ao centro que se ganham eleições.
Quanto ao CDS, tenho há muito a convicção de que o seu espaço de crescimento é relativamente limitado num país pobre como o nosso. É um partido de nicho, e tem o seu espaço entre os conservadores e os liberais (à antiga), que em vez de assumir esse discurso com clareza, cai demasiadas vezes na tentação de querer “apanhar tudo” (veja-se a ambiguidade do partido na questão dos professores). O sucesso eleitoral autárquico (em Lisboa) não é replicável numas eleições legislativas, e muito bom será se Assunção Cristas nas europeias ou legislativas alcançar os resultados de Portas, que admitamos, tinha outro carisma.
Mas a grande surpresa destas sondagens é a performance de Rui Rio. O que é que ele tem feito para isso? Tem-se fingido de morto, que é a única estratégia que lhe permite chegar vivo a Outubro (em coerência com esta tese foi um erro ontem no parlamento o PSD ter pegado no pavoroso assunto da sustentabilidade da Segurança Social). O PSD sabe, como António Costa deveria saber, que em Portugal as eleições se ganham ao centro e não fazendo muitas ondas. Acontece que a grande maioria dos portugueses vive no limiar da pobreza e só anseia manter a cabeça de fora deste pântano imundo.
Se forem contactados, por favor não enganem as empresas de sondagens. Não tem graça.
Obrigado.
As intenções de voto no PSD cresceram 4 pontos percentuais entre os meses de Outubro e de Novembro, depois do Parlamento começar a discutir o mais duro Orçamento do Estado de que há memória. Diário Económico
«Até as empresas de sondagens já compreenderam que nunca houve empate técnico.»
Paulo Portas, 4ª feira, em campanha
A propósito de sondagens, que como sabemos "valem o que valem", apresenta-se o blogue Margens de Erro, onde Pedro Magalhães explora a matéria com mestria, elaborando fascinantes "tratamentos" às tendências que vão sendo publicadas. Já na barra lateral.
No dia em que o barómetro marktest nos dá boas notícias, Eduardo Catroga pôs Portugal a falar de "pintelhos".
As sondagens da Universidade Católica hoje divulgadas constituem uma angustiante "não notícia": apesar do partido socialista em queda elas ostentam ainda uma galhofeira maioria de esquerda, com a abstenção de mais de metade inquiridos, factor que as tornam manifestamente inconclusivas.
Enquanto o poder é tratado como uma batata quente que ninguém quer disputar, tragicamente o que nos sobra para os próximos meses, além do desemprego, do estio e da paria, é uma dramatização da discussão em torno das eleições presidenciais, uma espécie de silly season política, um fogo fátuo para alimentar intrigas e parangonas nos jornais, manter entretidos os gabinetes e suas clientelas, enquanto o país se afunda na pobreza e na desmotivação generalizada.
Chamemos os bois pelos seus nomes: é comprovadamente irrelevante para o sucesso do nosso desgraçado país o nome do próximo inquilino de Belém.
A meio da noite eleitoral, marcada pela clara derrota do PS, a SIC surpreendeu os telespectadores com uma pirueta, procurando transformar este desaire em... vitória. Como? Fez uma projecção dos resultados das próximas legislativas em cima destas europeias de modo a concluir que o vencedor seria Sócrates.
Já tenho visto muita coisa absurda em televisão, mas esta passou todos os limites. Ainda por cima recorrendo a uma das empresas de sondagens que mais redondamente se enganou nesta campanha, acabando assim por defraudar os eleitores.
Eu recomendaria à SIC que se deixasse de sondagens nos tempos mais próximos. E não menosprezasse as europeias que ainda agora ocorreram na ânsia desenfreada de antecipar as legislativas que hão-de vir.
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