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É agora: a RTP tem nova administração, a privatização e a concessão já foram à vida, já podemos com segurança começar a discutir o serviço público.
Acho que as coisas estão maduras para que alguém, com toda a frontalidade, venha finalmente dizer a verdade que os portugueses ainda ignoram: concursos, talk-shows, casamentos reais, "prós e contras" no Convento do Beato e muito futebol são todos imprescindíveis no serviço público de qualidade que o País merece. E não esquecendo que programas em que as estrelas da TV "ajudam instituições que necessitam de ajuda e apoio" a fazer "remodelações", "com o instinto de solidariedade no ar", irão "reforçar esta aposta no serviço público de televisão".
O amplo debate que se espera gerar na sociedade portuguesa deve ter por base o princípio de que ninguém, na RTP ou fora dela, pode ficar de fora do serviço público.
Neste caso da televisão, apesar de tudo, há uma coisa que me deixa descansada: ao contrário dos pilotos da TAP ou dos médicos do SNS, nunca iremos assistir a uma greve dos jornalistas da RTP.
A cultura é "um _____, de _____ e de _____, de _____ e de ______ e um ______ que se vai basear imenso na ______e na _____" (António Gomes de Pinho, presidente da Fundação de Serralves, RTP2).
Preencha os espaços vazios:
Nota: algumas palavras poderão ser utilizadas mais do que uma vez.
Uma opinião a ler hoje com atenção é a de Jorge Miranda, no Público, sobre os CTT e a RTP: "Contesto a privatização dos CTT, por causa do serviço público essencial que desempenha, presente nos lugares mais recônditos do país (que, muito provavelmente serão abandonados por quem os vier a tomar) e desempenham esse serviço com elevado nível, com excelentes instalações e dando lucros", escreve Miranda, acrescentando que nos Estados Unidos e no Brasil o serviço de correios está constitucionalmente reservado ao Estado.
Sobre a RTP, é lapidar: "apoio a privatização da RTP que em nada se distingue, para melhor, das outras estações de televisão. Sabendo-se que os proprietários se lhe opõem, ao que parece por temerem a concorrência na publicidade, o que aqui vier a ser decidido será esclarecedor sobre se prevalecem esses interesses ou a autoridade do Estado".
Há professores que, quando falam, dizem alguma coisa.
"Sócrates não teve dificuldade nenhuma em constituir o Governo."
"Porque é que o primeiro-ministro haveria de deitar fora pessoas com mérito? Teixeira dos Santos, Luís Amado e Vieira da Silva são grandes ministros em qualquer governo, em qualquer circunstância."
"Mariano Gago é glorificado pelas instituições da ciência."
"É um Governo para enfrentar os problemas que o País tem pela frente. Só por um exercício diletante se podia calcular que Sócrates esquecesse os eixos fundamentais do Governo anterior, que foram ministros competentes, que fizeram reformas."
"[Os novos ministros] são pessoas qualificadas, ninguém pode pôr isso em dúvida."
"É um Governo bastante forte. E vai prová-lo com certeza absoluta."
"Este Governo´é coerente, tem uma política bem organizada e vai lutar para resolver os problemas do País."
"Esses [partidos da oposição] são a favor da confusão."
Emídio Rangel no programa 'Directo ao Assunto', da RTP-N
José Saramago critica tudo e todos: está no seu direito. O que não faz qualquer sentido é o escritor - ou alguém por ele -, ao receber críticas igualmente legítimas, queixar-se de estar a "ser alvo de um processo inquisitorial". Só em ditadura existem concepções deste género. Mas foi precisamente esta a expressão que ouvi três vezes esta noite, na RTP N. Na óptica do canal público, criticar, quando o visado é Saramago, não é simplesmente criticar: é desencadear "um processo inquisitorial".
Seria do mais elementar bom senso a RTP não empregar estas expressões de forma leviana: criticar um escritor, por mais duras que sejam as críticas, nada tem a ver com a fogueira da Inquisição. Mas provavelmente isto é exigir de mais à RTP.
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