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Esmola é uma pequena quantia de dinheiro dada a alguém necessitado por caridade. Caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Fui buscar estas definições à Wikipédia a propósito da chinfrineira que por aí grassa a propósito do Plano de Emergência Social apresentado ontem pelo ministro Pedro Mota Soares. Resolvida a questão semântica, que é por onde a oposição laica, republicana e socialista pretende afrontar o projeto, o importante, mais do que saber se os portugueses merecem a desinstitucionalização da pobreza, para que possa ser encarada como um acidente, uma transitória, mesmo que trágica circunstância, é preparar toda a comunidade, suas instituições e organismos, para o que aí vem. As perspetivas são negras e mesmo que tudo corra bem, a breve trecho será difícil evitar a multiplicação de situações de indigência e profundo sofrimento das pessoas. O desafio é ciclópico e dispensa a tralha ideológica ou preconceitos fúteis. Na certeza de que o dinheiro deixou de brotar das pardes dos multibancos, hoje todos somos chamados a este combate. O resto são balelas.
Sinal de decadência duma anafada burguesia de ideais perdidos foram os recentes anos iludidos com a bolha do experimentalismo social, traduzida em farta legislação fracturante, desconstrutiva. O preço será pago com altos juros, e é chegado o tempo de olharmos para o que se torna aberrantemente prioritário: a pobreza das pessoas. Aquelas que não frequentam bares do Bairro Alto, que não frequentam os blogues ou vernissages. Aqueles que não têm dinheiro para fazer uma sopa, ou dar um presente a um filho. Deslocados, escondidos, sozinhos, vivem envergonhados do mundo, sem pagar ou receber pensão de alimentos. A pobreza é humilhação e solidão; corrói a humanidade da pessoa, é dor profunda. Há demasiados portugueses em sofrimento e é tempo de se atender à realidade e acudirmos às pessoas. De deixarmos as discussões estéreis.
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