Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Animador, muito animador o debate, hoje, às 22 h, na SicNotícias, entre Paulo Rangel e Aguiar Branco. Ou, como Ricardo Costa e António Costa Pinto disseram depois: «O PS não tem razões nenhumas para rir com nenhum dos candidatos.»
Animador, primeiro, porque desta vez não resta ao PS - nem como piada forçada - a alegação de que no PSD continua a tragicomédia da liderança, por oposição aos conflitos internos do próprio PS que são sempre apresentados como «rico debate interno». Não, hoje vimos dois candidatos de grande qualidade, discutindo, combativos, mas claramente do mesmo partido. Aguiar Branco surpreendente; Paulo Rangel melhor, mas ainda insuficiente.
Animador, porque há ali ideias e possibilidade para o líder que for eleito de contar com o outro. E há ali ideias sérias (seriedade, essa noção saudosa) de governação.
Animador, por fim (para mim, ao menos), porque talvez, afinal, a vitória de Passos Coelho seja cada vez menos certa.
Preconceito meu? Conceito prévio a estes debates, sem dúvida. Ideia concebida depois de previamente julgar o percurso de Passos Coelho, os seus apoios, as suas repetidas intervenções nos piores momentos para o PSD e nos melhores para ajudar o PS e os orgãos de comunicação, e - também, sim, penosamente - depois da leitura da imensa vacuidade do seu livro.
Luís Naves, daqui, sentiu muita vergonha da minha «análise» (aspas dele) sobre o debate Paulo Rangel / Passos Coelho, decretou que ela é um exemplo de como o debate na blogosfera está «abaixo de cão», acha (em sentido diametralmente oposto) insuportável a superioridade do meu tom, proclama que eu fiz uma leitura em que um é bom e o outro horrível, e sentencia que eu não percebi nada.
Há, de facto, coisas que eu percebo muito mal.
A primeira, é que se arvore em juiz da elevação dos debates quem começa por sugerir que o meu post está «abaixo de cão» e se apresenta como modelo de objectividade apodando de «vergonha» as posições contrárias.
A segunda, é que Luís Naves confunda o que chama «análise», com aspas dele, com o que é opinião, sem aspas minhas nenhumas. E que esteja tão desconfortável com o debate e o português que confunda polemização com «tom de superioridade».
A terceira, é que Luís Naves, afinal, tenha lido o meu post à pressa. É que não só não aborda nem uma das minhas críticas a Passos Coelho (que ecoa posições do governo sobre finanças regionais, educação e críticas à claustrofobia democrática), como não reparou que eu critiquei duramente Rangel e a sua impreparação. Se calhar foi por isso que achou que eu não tinha percebido nada.
Decepcionante o debate, hoje às 22, na Sic Notícias, entre dois candidatos à liderança do PSD, entre Paulo Rangel e uma espécie de Sócrates.
Rangel reclamou a ruptura; a espécie de Sócrates, apesar de querer «Mudar», defendeu a distensão.
Rangel defendeu reformas profundas na Educação; a espécie de Sócrates disse que se fez muito.
Rangel falou de claustrofobia; a espécie de Sócrates disse que falar disso prejudicou o governo nos mercados.
Rangel apoiou Jardim e a Madeira, a espécie de Sócrates continuou a defender (agora até já mesmo sem o apoio socialista) que dinheiro para a Madeira é um mau sinal para a austeridade necessária.
Mas Rangel esqueceu-se que as espécies de Sócrates, embora possam ter a alma vazia, têm um discurso cheio e fluente; Rangel esqueceu-se de dar as linhas mestras do que pensa, além de esmiuçar pormenores avulsos; Rangel esqueceu-se de que o brilho cosmético pode ser mais visível que o brilho intelectual; Rangel esqueceu-se de que o especial tipo de mansidão cultivado pelas espécies de Sócrates apenas pretende desprevenir o adversário para os golpes baixos que vão semeando.
Rangel precisa, de facto, de preparar-se muito melhor.
Com um novo Governo e tantos novos Ministros, só um e um motivo apenas levará Paulo Rangel a ir à RTP. Só o futuro do maior partido da oposição importa mais do que os tantos novos Ministros que irão preencher a programação da Grande Entrevista durante umas boas semanas.
Concordo com o Pedro Correia. Até porque a eleição de Pedro Passos Coelho deve ser disputada. Uma eleição albanesa não interessa ao PSD e muito menos ao país.
(Quanto à forma, diria que Rangel seria mais de primeiro anunciar ao partido e só depois ao País. Serão os novos óculos um sinal de novos e arejados olhares sobre a política?).
Ontem vi Paulo Rangel na televisão. Não ouvi o que disse, mas reparei que tem óculos novos e está visivelmente mais magro. Fiquei portanto sem qualquer dúvida de que vai correr à presidência do PSD, esse partido onde - segundo garantem alguns blogues sempre bem informados - Pedro Passos Coelho é o único militante que se preocupa com a imagem.
Na foto: Paulo Rangel antes do lifting
Não sei se já repararam. Vital Moreira praticamente não tem aparecido sem José Sócrates ao lado e Paulo Rangel praticamente não tem aparecido ao lado de Manuela Ferreira Leite. Está certo. São sinais inequívocos que se extraem da campanha: tanto o PS como o PSD querem mesmo ganhar estas eleições.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Como diz o velho ditado " quem sabe faz quem não s...
Discordo da taxação de heranças. Muitos tiveram vi...
"genealidade"Corretor a quanto obrigas
Susana Peralta é mais uma perita em economia que s...
Quais "sociais democratas "?