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República de papelão

por Vasco M. Rosa, em 29.12.15

img_890x500$2015_08_25_23_41_48_262153.jpgPaulo Portas foi capaz de se afastar desta república de papelão, feita por acordos políticos da mais baixa conveniência e sem cautela patriótica de qualquer tipo. É uma decisão de foro pessoal mas também de foro político, e exemplar, dadas as circunstâncias nacionais.

O clima no parlamento não é saudável, como se viu em poucas semanas, sem deixar espaço para entendimentos que não sejam só cedências em favor duma estabilidade, ela própria em consequência um assalto. O espectáculo ainda está no prólogo e logo se verá o que nos dão os próximos actos. Não se espere dignidade nem polidez em gente satisfeita por ter subido ao poder para impor as suas agendas descabeladas num frenesi legislativo que corre atrás do tempo para que as coisas passem, enquanto podem.

A selvajaria que foi culparem um magnífico ministro da saúde pelo desastre no HSJ é só um pequeno, primeiro exemplo do que nos espera. 

Não viajamos de borla nesse comboio rápido e desgovernado, mas apertaremos o cinto, sabendo o que lá vem. E PP sabe.

 

 

 

Paulo Portas o "instável"

por João Távora, em 03.07.13

O CDS tem sido o partido dos conservadores e estes não lhe perdoarão o caos. Nos tempos do dinheiro a rodos, a irresponsabilidade era coisa para alguns aceitável, mas hoje, na iminência do descalabro geral das instituições e da situação em que cada um dos dez milhões de portugueses se encontra, não há lugar para mais conspiratas de serviço aos interesses de uma ínfima minoria de privilegiados. 


Nuno Castelo Branco ler mais aqui

 

Paulo Portas, jornalista

por Vasco M. Rosa, em 17.05.13

Expresso anuncia com estrondo que foi ler a obra jornalística de Paulo Portas. Não me parece mal, se a razão disso não for dar asas a um preconceito e à campanha para denegri-lo e crucificá-lo, pois parece haver por aí quem o queira fazer claramente, como Vasco Pulido Valente já comentou no sábado passado. Pessoalmente, esta súbita atenção ao seu comentário político de jovem muito talentoso, informado e atento virá sempre tarde de mais, e vou dizer porquê.

Quando Paulo Portas se decidiu candidatar a deputado por Aveiro, num longínquo ano, propus à administração do Independente publicar uma grande antologia dos seus textos, que foi aprovada e em que trabalhei muito nisso. Foram-lhe até enviadas duas versões, uma recolha completa por datas e uma antologia temática organizada por mim. Acabou por não resultar, creio que porque em campanha ele não poderia ocupar-se disso como gostaria. E é pena porque isso teria permitido entender, desde então, que muito ao contrário dos seus futuros colegas no hemiciclo Paulo Portas tinha, tem ideias próprias (dentro duma tradição europeia e norte-americana) e sabe ao que vem — e mesmo muito antes do Independente, do tempo do primeiro Semanário de Victor Cunha Rego...

Há muito que essa leitura deveria ter sido feita. 

E que se lhe junte os textos sobre filmes, livros e exposições saídos nos primeiros meses do Sol, e se compare com... Deixa para lá!...


 

Os últimos dias foram um inegável desastre para a reputação do Governo de Passos Coelho. Soaram patéticas as declarações de Paulo Portas ontem sobre a pretensa  xenofobia ao Norte por causa da designação de Álvaro castelo Branco como administrador da empresa Águas de Portugal. Ao mesmo tempo, o 1º Ministro veio a terreiro negar peremptoriamente qualquer interferência directa ou indirecta do Governo nas recentes nomeações para a EDP. Mesmo que tal seja um facto ninguém acredita: acontece que numa conjuntura dramática como a que estamos a viver não basta ser sério, tem que se parecer sério, sob o perigo de delapidar ainda mais a depauperada confiança no regime e acicatar o ressentimento social.
Está na altura do total pragmatismo e da tolerância zero a quaisquer equívocos: o corte radical às nomeações. Será “pecado” ser militante de um partido do governo para assumir responsabilidades em empresas e projectos com ligações ao Estado? Se calhar nas actuais circunstâncias é. Por um bem maior: para salvaguarda da tarefa titânica que o governo enfrenta e a fragilizada estabilidade social, neste estado de emergência em que vivemos. Por Portugal.

A frase do dia (com uma vingança)

por José Mendonça da Cruz, em 01.06.11

«Até as empresas de sondagens já compreenderam que nunca houve empate técnico.»

Paulo Portas, 4ª feira, em campanha


(In) fidelidades

por João Távora, em 31.05.11

O problema não está no Estado ou no mercado, mas numa deficiente interacção entre os dois. E é por isso, para terminar, que ouvir Paulo Portas dizer que está “à esquerdado PSD nas questões sociais” é decepcionante. Quanto mais precisamos de um novo discurso, mais o antigo sobrevive em quem menos se espera.


Além disto que hoje refere Pedro Lomba hoje na sua crónica do Público, parece-me que a irreflectida declaração de Paulo Portas subentende a cedência “de bandeja” dos valores solidários à esquerda. Um disparate, ou chamem-lhe um tiro no pé, que só o jornalismo regimental, venerando e obrigado não dá conta.
De resto, e a propósito de algumas reacções esdrúxulas às minhas inquietações sobre o perfil de Pedro Passos Coelho aqui manifestadas ontem, quem me conheça saberá que eu não subjugo a minha liberdade critica a nenhuma agenda política. De resto, estou convencido que os blogues são inúteis como murais de propaganda dogmática e os seus escritos pouco eficazes como caixa-de-ressonância dos slogans partidários. O seu público-alvo é criterioso e informado, consultando-os na procura de nuances e subtilezas argumentativas que contribuam para melhor interpretação da realidade. É esse pelo menos o meu critério de escolha.
Finalmente, quanto a fidelidades incondicionais, na minha vida só alimento uma, a qual como católico praticante será fácil de adivinhar.

Tocar a rebate

por João Távora, em 16.05.11

Pelo que me é dado observar por amigos meus, mas principalmente por algumas declarações públicas, como a de ontem de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI ou hoje de Fernando Nogueira, o debate televisivo entre Paulo Portas e Passos Coelho teve uma tão imprevisível quanto benigna consequência:  um toca a reunir das até hoje displicentes hostes sociais-democratas: num saudável assomo de amor-próprio, levantam agora a voz indignada contra o populismo e a egolatria do dirigente centrista. 
Pela minha parte, espero que as duas partes recentrem quanto antes as suas atenções no verdadeiro adversário, que é José Sócrates, o partido socialista e ninguém mais. Parece-me que aqui chegados, quando descobrimos um PSD resgatado às suas raízes socialistas e convertido a uma salutar estética liberal, se torna evidente que o centro direita em Portugal deveria falar claro e a uma só voz
E porque os sinais que as sondagens indicam são verdadeiramente trágicos, desvendado um país alucinado que se prepara para reeleger os irresponsáveis que trouxeram o país à bancarrota, é urgente que as lideranças do CDS e do PSD se concentrem no que é essencial: em terrenos que não conflituam os seus interesses mutuos, disputando os votos aos socialistas e à abstenção. Porque o meu CDS é um partido de convicções e valores, não um partido de charneira ou populista, é impensável concebe-lo avassalado numa aliança com José Sócrates. Por tudo isto, penso que é chegada a hora do partido recentrar a sua luta nesse adversário. Sem demagogias e pelo resgate da nossa Pátria, que a empresa é incomensurável.

 

Em estéreo

Debate Portas versus Sócrates

por Maria Teixeira Alves, em 10.05.11

 

Ontem o debate Sócrates versus Portas

 

Foi um debate entre dois homens bons em demagogia. São dois demagogos. As diferenças: Paulo Portas levou mais conteúdo para o debate. Mostrou a evolução da dívida no "reinado" de Sócrates, este desculpou-se com a crise internacional (aqui para nós, a única influência da conjuntura internacional na nossa dívida é o facto de ter sido permitido subi-la acima dos 60% do PIB, nós não tivemos subprime, por isso não foi para 'intervencionar' bancos que nos endividámos, ao contrário dos outros países). Paulo Portas estava bem preparado. Mas peca porque não consegue olhar de frente para o adversário, toca as raias da falta de educação aquilo. Fala a olhar para o lado, ou para baixo. É timidez, provavelmente, mas não é simpático.

Sócrates, ao contrário olha de frente, como bom manipulador, tem um olhar hitleriano, fixo, ensaiado. Olha nos olhos ainda que esteja a dizer a maior das banalidades e mesmo quando repete clichés à exaustão. Como aquele do PEC IV ter sido chumbado e de agora a oposição estar de acordo com as medidas de austeridade da troika, que segundo o Sócrates são as mesmas (só segundo ele). Paulo Portas acabou por chegar ao cerne da questão mas rodeia muito, leva muito tempo a divagar sobre as contradições do seu opositor (em tom cantado). O que Paulo Portas tinha de dizer: O PEC IV não chegava porque não trazia dinheiro para Portugal a juros baixos. Uma coisa é austeridade com soluções de recuperação da economia, outra coisa é austeridade num país que continua a  ir ao mercado a endividar-se a 10%. A crise política foi precisa, porque senão o Sócrates cheio de orgulho num "país moderno" (não sei qual será, este não é com certeza) ia continuar a criar medidas de austeridade sem que isso baixasse os juros. O FMI acabaria por vir, numa altura em que já teríamos um IVA a 25%, já não haveria 13º e 14º mês, não haveria nada para cortar, e continuaríamos sem as medidas estruturais que são necessárias aplicar. E que a troika, bem ou mal, apontou.

Sócrates defendeu bem a necessidade de continuar o TGV Lisboa Madrid. Por causa de o spread ser baixo e de isso ser uma oportunidade única. Por ser importante para o país a ligação a Madrid por uma via alternativa ao avião. Esta foi talvez a única ideia de jeito que Sócrates defendeu.

De resto passou o debate a dizer que o PEC IV era igual às medidas da troika. O que é mentira.

O truque de Sócrates é não deixar ninguém falar, irromper com ideias que quer transmitir, ignorando as perguntas da jornalista. O mesmo truque foi repetido por Pedro Silva Pereira na RTP 1, contra o Catroga (que é incomparavelmente mais autêntico e sério, menos fabricado pelos gurus da imagem televisiva).

Nem o "Luís fico bem assim" lhe valeu!

por João Távora, em 10.05.11

Pela primeira vez, que eu me lembre, José Sócrates perdeu um debate eleitoral. Foi esta noite, nos estúdios da TVI, perante um Paulo Portas em boa forma que lhe disse o essencial, olhos nos olhos: este primeiro-ministro "vive na estratosfera". Vive num país só dele, que nega a realidade quotidiana dos portugueses: a dívida pública duplicou em seis anos, há hoje quase 700 mil pessoas sem emprego, o "estado social" tornou-se uma figura de retórica, Portugal viu-se forçado a estender a mão à caridade internacional. (...) Pedro Correia, no Albergue Espanhol

A atracção do... centrão

por João Távora, em 23.03.11

 

Depois de um congresso em que os discursos repetiram à saciedade a falência do modelo socialista e a consequente oportunidade de uma afirmação alternativa à direita, não entendo a necessidade de Paulo Portas insistir na disponibilidade do CDS numa solução de governo "alargada"que inclua o PS. Não me parece que tal proposição mobilize o seu eleitorado natural ou conquiste o descontente, mesmo que tal cenário se revele inevitável por razões patrióticas.

Demagogia barata

por José Mendonça da Cruz, em 11.02.10

Ninguém como Paulo Portas para me pôr na desagradável posição de ter que concordar com Sócrates. Hoje, no debate do Orçamento, o líder do CDS veio desafiar o primeiro-ministro a baixar os ordenados seu e de todos os governantes, de gestores públicos, assessores e todos os que prestem serviço público.

«Demagogia» que «não resolveria nada», respondeu Sócrates. E demagogia, de facto. Demagogia desbragada, sem vergonha, perniciosa na forma como joga com as invejas portuguesas, como anima as invejas que puxam para baixo. Quando, na verdade, quem governa, quem é presidente da República, quem gere a coisa pública - sendo competente e sério - está muito, muitíssimo mal pago.

O furor de Paulo Portas

por João Távora, em 10.09.09

Uma coisa eu admiro no Paulo Portas: o seu  entusiasmo e determinação. Há pouco, na zona mista das entrevistas curtas depois do recontro, enquanto a Manuela ferreira Leite despacha os jornalistas, Paulo Portas aproveita uma deixa e faz um mini comício. Um autentico predador da política. 


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