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Baralhação 1: E se o Partido Socialista ganhar as eleições, isto é, se for o partido mais votado – embora sem maioria no hemiciclo –, mas o Partido Social Democrata e o Centro Democrático Social, juntos, ultrapassarem a fasquia dos 115 deputados?
Eu sei, eu sei: é um cenário muito, muito, muito pouco provável. Mas às vezes a política – como a vida – tem destas coisas…
Com a incomparável clarividência de Jaime Nogueira Pinto, em poucas linhas está aqui tudo o que eu venho defendendo sobre a direita em Portugal.
"Se tiver efeitos perversos e se for essa a interpretação, como não era o nosso objectivo, não temos nenhuma hesitação em aceitar um ajustamento à lei". Esta declaração de Manuela Ferreira Leite, produzida após um encontro com o Prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, duas semanas após a aprovação da lei, foi mais uma pérola da hipocrisia nacional. A presidente do PSD não ignorava, certamente, que na fase legislativa em que estava o processo – redacção final do diploma – só seriam admitidas as chamadas alterações técnicas como sejam a numeração correcta de artigos ou as remissões. De facto, admitir duas semanas depois da lei do financiamento dos partidos ter sido aprovada, por quase unanimidade – só António José Seguro do PS votou contra – alterações a esta mesma lei foi, no mínimo, despudorado. O que fez Manuela Ferreira Leite foi uma cedência ao populismo mais básico, à vox populi dominante que revela o desagrado pela forma como os partidos legislaram em beneficio próprio, abrindo as portas à entrada de dinheiro vivo sem controlo, e ainda por cima em tempos de crise. A menos de um mês da primeira de três eleições, esta não foi mais que uma manobra eleitoralista. A líder social-democrata sabia, com certeza, que não havia nada a fazer. A lei só podia ser revista se o Presidente da República - que tinha aliás chamado à atenção em devido tempo para a necessidade de os partidos serem poupados nos gastos de campanha - devolver o diploma ao Parlamento – como aliás aconteceu –, ou, caso a tivesse promulgado, na próxima legislatura, já depois das eleições. Mas Ferreira Leite cedeu também ao bloco central de críticas, oriundas de figuras destacadas do PSD e do PS, como o seu primeiro vice-presidente, Rui Rio ou o ex-ministro João Cravinho, mostrando, mais uma vez, que é permeável à contestação, sobretudo se for interna.
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óptimo, pode alargar a área de fogo controlado par...
Maria,num terreno da minha família foi o Estado qu...
a ideia de que é impossível juntar várias parcelas...
Não sei responder
Se o pagamento é feito contra a demonstração de qu...