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Portugal no Mundial do Brasil, uma parábola

por João Távora, em 12.07.14

Aquela mórbida idolatria promovida à volta de Cristiano Ronaldo no mês que precedeu o Mundial de Futebol, que ironicamente coincidiu a campanha publicitária da sua parceria com a D. Inércia do Banco Espirito Santo, definitivamente não era um bom prenúncio. Para mais, além de ser um excepcionalmente dotado atleta que não se poupa ao empenho nos seus objectivos, acontece que o melhor futebolista do mundo tem o ego de um adolescente, e aquela inebriante mistificação tinha tudo para se tornar numa parábola sobre o triste fado dos portugueses. Pensar ser possível que um jogador sozinho mude o carisma de uma equipa de futebol mediana para vencedora, é por si uma ingenuidade infantil característica dos latinos em geral e dos portugueses em particular. Repare-se como é um exercício bem mais difícil fulanizar a selecção alemã através de uma só individualidade, tendo em consideração a alta preparação física, abundante qualidade técnica e inteligência táctica que fazem dela uma equipa absolutamente excepcional. Repara-se na ironia, ou enganador desliquilibrio, que reflectem os media ao personificarem o duelo da final de amanhã nas figuras de Müller e… Messi.
Talvez não seja abusivo extrapolar esta característica messiânica para outros planos da mentalidade portuguesa, como a excessiva valorização das lideranças de empresas e instituições, que são comummente mimoseadas com ordenados absolutamente desproporcionais à mais-valia que podem significar. Ou do fulanismo que representa o exagero de expectativas que os actores e comentadores políticos nacionais depositam nas decisões e opiniões de um só homem - cujo juízo só por natureza é limitado e imperfeito - o presidente da república, a quem ironicamente, “apenas” lhe sobeja o poder de dissolução do parlamento, um órgão colegial legitimamente eleito que reúne em confronto uma elite de representantes das diferentes facções nacionais, órgão que pela sua natureza plural tende à permanente autofiscalização e autocrítica.
Seja qual for o resultado do Mundial que termina amanhã no Brasil, podemos ter já a certeza de que os louros duma vitória jamais dependeriam de um Neymar, um Ronaldo, ou um Messi (qua amanhã vai estar devidamente vigiado), por mais que a natureza humana reclame por ídolos. Não tenho a mais pequena dúvida de como a influência de um só indivíduo, uno e irrepetível, pode sempre fazer muita diferença, para o bem e para o mal, numa comunidade e na História de um povo. Mas a esta certeza junto a de que, quando uma comunidade tem depositada sobre um só indivíduo excessivas expectativas, o mais das vezes isso significa a sua demissão do papel que cabe a si e cada um na transformação dessa realidade, e é o reflexo de uma profunda infantilidade civilizacional, que faz prever os mais desastrosos resultados.

Os rapazes que voltem para casa

por João Távora, em 26.06.14

Isto da eliminação do mundial até é um alívio, que assim não passamos mais vergonhas.

Para a Rússia com (muito) amor

por João Távora, em 02.12.10

 

Tirando os óbvios ganhos para o turismo e hotelaria que adviriam duns quantos jogos do Mundial em terras lusas, resultado que se consegue de forma mais sustentada com o mesmo investimento numa boa promoção pelos canais tradicionais, não antevia qualquer vantagem na empreitada - antes pelo contrário. De resto, a respeito do tão propalado “prestígio” que a organização do campeonato em 2018 nos traria estamos conversados: a total subalternização do nosso país perante a Espanha verificada na distribuição dos jogos, em que não nos cabe nem abertura nem a final, não nos permite qualquer veleidade. Por tudo isto confesso que me deixa satisfeito a vitória da Rússia, um mercado emergente carente de auto-estima, com petróleo, matérias primas e dinheiro para gastar em betão.

Diziam que era barato, quase "de borla". Afinal como habitualmente, tal era (mais) uma das mentiras deste Executivo, desta feita ajudado pelo Presidente da FPF, Gilberto Parca Madaíl. Não bastava a desastrosa e humilhante candidatura ao Mundial em que a ideia foi nossa e parecemos quase convidados, como escrevemos meses atrás aqui no CF, não bastava ter sido apresentada uma candidatura à principal competição mundial de futebol de uma maneira lesiva da história e do nome de Portugal, não era suficiente a invenção do homo ibericus” (!!!), agora a somar a tudo isso chega a conta: o Mundial vai custar 150 milhões de euros a Portugal !

Diz-nos o DN de hoje que "Dos 21 estádios indicados pela candidatura ibérica, só três são portugueses: Luz, Alvalade e Dragão. Das 18 cidades sede, 16 são espanholas, apenas Lisboa e Porto escapam a esta contagem. Dos 64 jogos que compõem a competição, Portugal será contemplado com 20 ou 21, sem final e sem jogo de abertura. Perante esta repartição, se quinta-feira o Comité Executivo da FIFA entregar a organização do Mundial 2018 ao projecto ibérico, a Portugal caberá um investimento de cerca de 150 milhões de euros (no Euro 2004, foram gastos 665 milhões só nos dez estádios), enquanto o torneio custará a Espanha perto de 350 milhões, aos quais são acrescidos 1,5 mil milhões de euros para a construção e remodelação de recintos.

Está bom de ver que nos saiu, de novo, a fava: 3 estádios apenas, um custo de 150 milhões! E o dinheiro vai voar já dos depauperados cofres nacionais!

Os primeiros milhões a sair dos cofres da candidatura ibérica (2,2 milhões dos portugueses e os 5,2 milhões dos espanhóis), poderão sair de imediato na próxima quinta-feira, bastando para isso vencer a eleição. Este montante oficializará o arranque da organização.

A relação de investimento de 70% para Espanha e 30% para Portugal será proporcional à receita que o Mundial irá gerar com patrocinadores, direitos televisivos e marketing. Sendo que nestes pontos, o retorno financeiro esperado é cerca de seis vezes e meia mais do que 510 milhões de euros estipulados para as despesas. E nestas contas não está contabilizado o lucro a médio prazo que a visibilidade da competição pode originar ao nível da promoção e turismo.

Escrevem os jornalistas do DN CARLOS NOGUEIRA e SÍLVIA FRECHES que, perante este tipo de repartição, quer de estádios, jogos e investimento, ressalta de imediato a ideia de subalternização de Portugal face a Espanha. Algo que desde o início foi desvalorizado pelas federações dos dois países e que, segundo o director-geral do Europeu 2004, António Laranjo, e o especialista em marketing , Carlos Coelho, em nada beliscam a imagem de Portugal perante o mundo. Ambos consideram que se a candidatura não fosse conjunta o projecto não teria viabilidade.

Laranjo é da opinião de que é o Mundial de 2018 que "beneficiará da boleia de uma organização sedeada em dois países geograficamente contíguos, culturalmente idênticos, linguisticamente similares, económica e socialmente próximos e apaixonados pelo futebol. A unidade ibérica é sem sombra de dúvidas o melhor veículo para transportar o mundial ao patamar de sucesso".

Também para Carlos Coelho a aliança ibérica significa "usar o poder da península" e não faz sentido pensar em perda de identidade. "Significa antes segurança em nos afirmarmos no contexto ibérico e deixarmos de fingir que somos uma ilha. O nosso nacionalismo não deve enfraquecer , mas temos de ser realistas e não cegar perante as oportunidades ", assumiu.

Como antes escrevemos é um ultraje quando responsáveis nacionais do futebol, autores da ideia da candidatura, se deixam ultrapassar por Espanha, que entretanto percebeu o potencial político para as suas cores da ideia que lhes foi proposta pelos portugueses, e aceitam que esta candidatura se denomine de "Candidatura Ibérica" e tenha um site com o mesmo nome na internet. É um ultraje quando o nome de Portugal, autor da ideia, surge agora em segundo lugar. É um ultraje quando o nosso País participa neste evento quase como se fosse um "convidado" de Espanha. É por fim um ultraje quando se aceita que um texto com este teor surja publicado no site oficial da candidatura:(...) España y Portugal, dos países con frontera común en los mapas pero sin líneas divisorias en la realidad cotidiana, hablan de unidad. Dos países que han caminado juntos una misma historia, la historia de la Península Ibérica, donde se han entrecruzado diferentes pueblos provenientes de desiguales horizontes no sólo geográficos, sino también culturales y religiosos. Portugal y España son dos pueblos donde sus ciudadanos comparten, y han compartido, el mismo destino, la misma fe en el futuro, las mismas ansias de progreso en una tierra hermosa, dura y rica, la que forjado el carácter del “homo ibericus” (!!!)

É, no fundo, Portugal no seu pior. E nós a pagar!

 

Uma Senhora é uma Senhora...

por João Távora, em 19.07.10

 

 

...em qualquer circunstância: a Rainha Sofia visita o balneário da Selecção espanhola após a final. Tirado daqui.

Venceu uma monarquia...

por João Távora, em 11.07.10

 

 

A Espanha já tinha ultrapassado na meia final o melhor resultado de sempre de Portugal e sem dúvida exibiram um belo futebol. A Holanda perdeu a 3a final.

Vamos ao prolongamento!

por João Távora, em 11.07.10

 

O seleccionador Del Bosque parece um centurião romano desenhado por Urdezo, tem uma fisionomia caricata, todas as feições são um exagero. A rainha Sofia é elegante e fina como o futebol espanhol quando os holandeses o deixam fruir. Não há dúvida que os bárbaros nesta história são os holandeses, com um futebol pragmático, físico e traiçoeiro. Mas a ignição das emoções futeboleiras são básicas e eu roo-me de irritação com os tugas ali na rua aos gritos pela Espanha, que em tempos foi a nossa rival de estimação, em Aljubarrota, no Hóquei Patins e ao berlinde. Certo, certo, é que vai ganhar uma monarquia.

Declaração de (des) interesse

por João Távora, em 10.07.10

 

O jogo de apuramento do 3º lugar do Mundial de Futebol não tem interesse algum, e desconfio que mais do que uma “consolação” representa uma cruel punição em que as duas equipas se arrastam num cruel confronto dos atletas com o seu fracasso e a sonhar com as férias.

À portuguesa: do 8 ao 80!

por Pedro Quartin Graça, em 21.06.10

7 - 0. Parabéns. Venha o Brasil.

Joguem à bola!

por João Távora, em 11.06.10

 

 

O campeonato do mundo de futebol começou hoje em Joanesburgo e na Cidade do Cabo enfastiado e em passo de caracol: dois jogos, dois golos e dois empates. Um enorme bocejo com um insuportável enxame de vuvuzelas em fundo. Nestas circunstâncias dá para perceber a caricatura que os norte-americanos fazem do nosso desporto rei, vergado pelos milhões dos patrocínios a tácticas de jogar para os lados, sem rasgo ou espontaneidade, à imagem da decadência do Velho Continente. No pasa nada!

Não fossem os assaltos aos jornalistas, os caprichos esmiuçados dumas quantas "celebridades" e os estados d’alma de Nelson Mandela, pouco haveria a reportar da África do Sul. Nas rádios e televisões, nos intermináveis e omnipresentes debates, análises e mesas redondas, sobram lugares comuns e vulgaridades ad nauseam – uma incontornável praga. Acontece que quanto mais anos vive um consumidor minimamente instruído, menos crédulo ele é nas piruetas de marketing e demais folclore: torna-se exigente em relação ao produto final - o futebol, quando acontece é no relvado, magia pura, jogo e vertigem. Que os atletas joguem à bola e deixem-se lá de tretas.

 

Post Scriptum: O mundo está perdido: hoje até o Expresso da Meia-noite se converteu à bola com comentários de Francisco José Viegas e a Marta Rebelo (surpreendentemente uma paineleira nata)!

Nobre povo?

por João Távora, em 05.06.10

 

Dominado pelos patrocinadores e sem espontaneidade, pareceu-me profundamente deprimente o folclore na partida da Selecção Nacional para a África do Sul, uma das mais débeis de sempre presente num mundial. Pobre da Nação que, há falta de outra motivação pendura o seu ânimo no futebol: não haverá vuvuzela que nos salve.

Ou muito me engano ou o País, desenganado pelo socialismo e tolhido pela crise, se prepara para passar um Verão profundamente deprimido. São urgentes valores consistentes para elevadas aspirações.

 

Imagem DN

A vuvuzela

por João Távora, em 30.05.10

Não é só em prémios pró Mexia, catálogos e cartões de fidelização que a Galp gasta os cêntimos a mais que nos cobra pelo seu combustível. Agora, para além da matéria-prima e refinação, a omnipresente gasolineira nacional investiu em centenas de milhares de vuvuzelas, uma corneta comprida em plástico, com a qual pretende democraticamente iniciar este nobre povo nas artes musicais durante o campeonato mundial de futebol.

As más notícias sabem-se depressa e aqui no bar dos meus vizinhos lampiões já este fim-de-semana se fizeram vivas demonstrações da ruidosa versatilidade deste instrumento - os meus filhos estão avisados que só por cima do meu cadáver entra cá em casa. De resto ficou comprovado que de pouco adiantará esta minha radical coacção, pois aquilo tocado na rua produz o mesmo efeito como se fosse ali no hall da entrada. Já na semana passada tinha notado durante um zapping aquela azuenga desafinada e insistente, que mais parecia centenas de elefantes a assoarem-se durante o emocionante duelo de titãs que foi o Cabo-Verde-zero-Portugal-zero. Ainda bem que não havia este instrumento quando o Benfica foi campeão, que para dores, bastaram-me as de cotovelo.

Confesso-vos que isto do ruído parece uma conspiração internacional para nos pôr a todos mais doidos do que somos: onde quer que haja silêncio, alguém se encarrega logo de colocar um motor, uma batida, uma música de fundo ou um martelo pneumático. Agora a Galp quer pôr os portugueses todos a soprar numa vuvuzela, e eu pego em mim e vou ali e só venho depois do mundial. O que vale é que, ou muito me engano, ou a veleidade de Queiroz vai durar apenas três amargos jogos, que a concorrência na África do Sul é grande e o futebol de alta competição não é para meninos.

Mundial: Não há nada como ser 4º no campeonato!

por Pedro Quartin Graça, em 05.05.10

Divulgados os 50 pré-convocados para a África do Sul

 

O selecionador nacional, Carlos Queiroz, divulgou esta quarta-feira a pré-convocatória da formação das quinas para o Mundial'2010. Ao todo, são 50 jogadores de uma lista de onde apenas 23 irão à África do Sul. Realce para a presença de seis jogadores do Benfica, sendo que o clube mais representado é... o Sporting, com 9 elementos!!! Assim se vê a categoria dos jogadores do 4º classificado!

Recorde-se que a lista definitiva será divulgada na próxima segunda-feira, dia 10 de maio.

 

Lista de pré-convocados:

 

Atlético Madrid: Simão Sabrosa e Tiago
Benfica: Carlos Martins, César Peixoto, Fábio Coentrão, Nuno Gomes, Quim e Ruben Amorim
Chelsea: Deco, Hilário, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho
Inter: Ricardo Quaresma
Colónia: Maniche e Petit
FC Porto: Beto, Bruno Alves, Miguel Lopes, Raul Meireles e Rolando
FC Zenit: Danny e Fernando Meira
Iraklis FC: Daniel Fernandes
Kayserispor: Makukula
Lille: Ricardo Costa
Málaga: Duda
Manchester United: Nani
PAOK FC: Edinho e Vieirinha
RC Deportivo: Zé Castro
Real Madrid: Cristiano Ronaldo e Pepe
Valladolid: Pelé e Sereno
Saragoça: Eliseu 
Sp. Braga: Eduardo e Hugo Viana 
Sporting: Daniel Carriço, João Moutinho, João Pereira, Liedson, Miguel Veloso, Pedro Mendes, Rui Patrício, Tonel e Yannick
Toulouse: Paulo Machado 
Valencia CF: Miguel
V. Guimarães: Nuno Assis
Werder Bremen: Hugo Almeida

A letra do hino, já agora... É que "ficava bem" não fazer má figura no Mundial da África do Sul. Aprendam com estes que lhes fica muito bem. No rugby luso há paixão e patriotismo! No futebol temos visto pouco...poucochinho...

Mundial ensombrado

por Pedro Quartin Graça, em 09.04.10


O assassinato do antigo líder da extrema-direita(AWB) Eugene Terre'Blanche, a recente conferência de imprensa do presidente da juventude do ANC, Julius Malema, em que o mesmo insultou e expulsou um jornalista da BBC, objecto aliás de um post autónomo de Rui Crull Tabosa neste blog, e a entrevista conturbada e quase a atingir a violência  ao secretário - geral do AWB, Andre Visagie, ao ser entrevistado por uma não isenta jornalista Lebohang Pheko, durante o programa da passada quarta-feira denominado "Africa 360", contribuíram decisivamente para aquecer o já de si quente clima que se vive no país anfitrião da principal competição de futebol do planeta. O Mundial de Futebol da África do Sul está definitivamente ensombrado. Curiosamente, agora o racismo é de cor diferente, mas igualmente condenável, e é exercido por parte dos negros contra os brancos, num resquício das décadas em que o apartheid existia naquela zona de África. A dúvida que neste momento se coloca é se este foi um assassinato político ou um mero "acidente" a juntar a muitos outros milhares que têm inclusive vitimado dezenas de portugueses. Do esclarecimento deste incidente poderá estar a chave para a existência de alguma retaliação antes ou mesmo durante o Mundial 2010. A verdade é que a África do Sul, de momento, é um País conturbado  o que lança sérias dúvidas acerca do êxito do Mundial, o qual já estava inquinado com a expectativa (quase certeza) de que, afinal, o Mundial dará prejuízo... Sérias dores de cabeça para a "toda poderosa" FIFA!


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