Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Uma metáfora que nos entra pelos olhos adentro

por João Távora, em 26.10.21

migrantes.jpg

Há uns dias, num inadvertido zapping nos noticiários, calhou-me confrontar-me com a notícia de uma multidão de migrantes da américa central em marcha pelo México a caminho dos Estados Unidos da América, gritando com todos os pulmões “Libertad! Libertad!”.  

Por caridade

por João Távora, em 19.08.19

migrantes.jpg

Se como cristão não tenho dúvidas que o primeiro dever de uma pessoa decente é o socorro de imigrantes em apuros no mar, com base nesses mesmos princípios parece-me que não é bom que do lado de lá do Mediterrâneo transpareça a ideia de que o mar é uma fronteira aberta e uma via segura para o eldorado europeu. É que, se assim for, não só corremos o risco de nos tornarmos cúmplices das sinistras redes de tráfego humano, como seremos responsáveis para que mais e mais vidas inocentes de homens, mulheres e crianças se percam a meio caminho, afogadas em barcaças putrefactas, ludibriadas por cânticos se sereia homicidas. Definitivamente este é um problema complexo, um drama difícil de resolver, e para o qual se exige um debate racional e desapaixonado, desligado de disputas ideológicas. Por caridade.

mediterranean-migrants.jpg

 

A tolerância paga-se com tolerância

por João Távora, em 28.08.15

 

Este vídeo captado na fronteira da Macedónia e publicado no Youtube a 22 de Agosto passado com centenas de imigrantes vaiarem os soldados e recusarem as caixas de viveres da Cruz Vermelha (alegadamente por causa do seu símbolo remeter para o cristianismo) que eles pretendiam distribuir, mesmo descontando a falta de enquadramento informativo sobre o incidente, não deixa de ser motivo de grande apreensão. Se estou convicto que ao longo da história a civilização ocidental saiu sempre a ganhar quando teve capacidade de acolher e integrar diferentes culturas, também estou certo de que é necessário defender a natureza cultural e religiosa que definiram a marca liberal e democrática da Europa. Como bem refere o Miguel Castelo Branco o Velho Continente não é um hotel ou uma terra de ninguém, e aqueles que de nós esperam solidariedade e tolerância terão que saber retribuir com a mesma moeda respeitando os nossos cânones e os nossos símbolos.

P.S.: Convém ressalvar que os maiores inimigos da Europa e da sua matriz cultural são os europeus laicisados, multiculturalistas e estéreis. Perante isto o “problema” dos refugiados é irrelevante.

As migrações vistas do espaço

por João Távora, em 01.05.15

migrações.jpg

“Seres humanos de todo o mundo uni-vos” é a palavra de ordem que sobrevém da desafiante crónica de Henrique Monteiro hoje no Expresso a propósito da tragédia daqueles que, pelas nossas migalhas, morrem às portas da Europa fugidos da miséria. O cronista perora contra as fronteiras, afinal os diques da nossa cultura e fortuna, que afinal são "construções abstractas que não se vêm do espaço". Sim, a questão das migrações "não deveria ser de controlo, mas de partilha". Bonitas palavras, bem fáceis de escrever, tão difíceis de praticar. O problema é que vivemos numa contingência gravitacional bem terrena que nos atira para o chão: até que ponto escancarar as fronteiras da Europa no mediterrânio serviriam tal intenção? Descendo à terra madrasta, até que ponto o português (e o hemisfério norte em geral) estará desposto a aceitar um brutal ajustamento, na persecução de um corajoso projecto de distribuição e reequilíbrio da riqueza entre o norte e o sul? Se a coisa já é o que é quando para a sobrevivência dum estilo de vida (o do Euro), numa democracia em pré falência como a nossa, nenhuma corporação está disposta a ceder privilégios e o banzé quase degenerava em guerra cívil...

Se o empreendimento e a riqueza são fruto do compromisso, uma mistura equilibrada entre ordem e liberdade, vistos do espaço os portugueses têm muita sorte e pouco que se queixar – choram de barriga cheia, refastelados no sofá do mundo a comer pipocas a teorizar sobre a pobreza. E as migrações, vistas pela televisão ou do espaço, são assunto fácil de resolver. 


Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • zé onofre

    Boa noiteA guerra começou no dia em que um homem (...

  • Anónimo

    Se foossem os também exóticos eucaliptos seria mui...

  • Anónimo

    A cidade tende sempre a concentrar o poder polític...

  • Anonimus

    SubscrevoAdicionaria privatização total da banca, ...

  • António

    O Sr. Dyson está rico. Bem o merece, ninguém é obr...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2017
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2016
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2015
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2014
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2013
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2012
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2011
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2010
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2009
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2008
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2007
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2006
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D