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Não se entende o espanto que por aí anda com o juízo de Gabriela Canavilhas partilhado ontem sobre a jornalista do Público que descreveu algo que ela não concorda. Não deveria ser preciso recuar à sangrenta Revolução Francesa, à tirania da Primeira República ou ao PREC de má memória para sabermos que as esquerdas não têm qualquer predisposição ou simpatia particular no que respeita à liberdade de expressão… dos outros. Por isso é que me parece que a antiga ministra socialista não caiu numa ratoeira, a Direcção Editorial do Público é que tarda a libertar-se dela.
Um rapaz numa cerimónia oficial numa universidade chamou "filho da puta" ao primeiro-ministro. As pessoas acharam bem e estão muito indignadas por a escola lhe ter instaurado um processo disciplinar.
Entretanto continua a falar-se muito do Dr. António Borges, por ele ter "chamado ignorantes" aos empresários. As pessoas acharam que era um insulto muito feio e querem que ele seja despedido, mesmo sem processo disciplinar.
Além de uma manifestação pela Liberdade não constituir um ambiente propício a tais espécimes, seria algo aterrador sermos confrontados na nossa jornada de 5ª feira com fantasmagóricos espíritos republicanos, de chapéu alto, bigodaças e polainas. Mesmo sendo Carnaval. Para já ivres de tias perigos, há que assinar a petição aqui.
José Saramago critica tudo e todos: está no seu direito. O que não faz qualquer sentido é o escritor - ou alguém por ele -, ao receber críticas igualmente legítimas, queixar-se de estar a "ser alvo de um processo inquisitorial". Só em ditadura existem concepções deste género. Mas foi precisamente esta a expressão que ouvi três vezes esta noite, na RTP N. Na óptica do canal público, criticar, quando o visado é Saramago, não é simplesmente criticar: é desencadear "um processo inquisitorial".
Seria do mais elementar bom senso a RTP não empregar estas expressões de forma leviana: criticar um escritor, por mais duras que sejam as críticas, nada tem a ver com a fogueira da Inquisição. Mas provavelmente isto é exigir de mais à RTP.
Vai para três semanas que por estranhos critérios de gestão empresarial o mais visto e o mais independente dos telejornais nacionais foi suspenso. E habituámo-nos tão depressa, não foi?
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Muito bem, nada a apontar
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