Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



À conquista da liberdade

por João Távora, em 06.07.21

sala aula.jpg

Faz-me muita impressão a quantidade de moralistas por aí a julgar os pais dos alunos da escola de Famalicão por terem princípios e quererem aplicá-los na educação dos seus filhos. Esquecem-se que a coerência é a única maneira de nos fazermos entender com as crianças. Toda esta novela que ainda não acabou, é uma lição de amor condenada ao sucesso (a felicidade dos filhos), porque estes miúdos são uns privilegiados - têm pais que olham por eles.

Mal andam os pais que delegam acriticamente a responsabilidade da formação dos seus filhos ao Estado e às modas das maiorias ruidosas de circunstância.

Eu, 'familista' me confesso

E em defesa da liberdade de educação

por João Távora, em 05.09.20

deus patria e família.jpg

Um tipo de que eu nunca tinha ouvido falar, num artigo publicado no Expresso (que às vezes mais parece o órgão oficial do regime) acusa o manifesto “Em defesa da liberdade de educação” de pretender “o regresso dos dogmas bafientos, 'familistas' (!) e anti-liberdade que ainda são herança do Estado Novo”. Apesar de o autor esgrimir insultos no lugar de argumentos, eu vou tentar explicar porque é que ele está errado.  

Parece-me cristalino que no nosso sistema de ensino centralista há disciplinas mais atreitas a manipulação ideológica pelo Estado do que outras, e conhecendo-se o seu curriculum, a de “Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento” é a mais paradigmática nesse duvidoso préstimo. Talvez a maioria das pessoas nos dias de hoje não se lembre que durante o Estado Novo nas salas de aulas do “ensino oficial” público (que eu frequentei desde a primária) não havia qualquer pudor na doutrinação das crianças, mesmo em idade precoce: os manuais estão aí em reedições saudosistas para quem duvidar do que eu digo. Por isso tenho dificuldade em compreender os meus amigos que me afiançam que há que conceder o benefício da dúvida à doutrina de agora porque é do “lado certo”, tanto mais que também tenho bons amigos que reclamam que era a educação de antigamente que incutia os bons valores civilizacionais. Em sua homenagem convém aqui recordar o meu saudoso Pai, que por mais que uma vez, no seu modo truculento, antes e depois do 25 de Abril deu o peito às balas pelos seus filhos confrontando os nossos professores a propósito de afirmações e matérias que ele considerava ultrapassarem as competências da escola.

Não sendo possível eliminar totalmente o risco de doutrinação pela escola, restam-nos duas hipóteses: a dos pais escolherem para a sua criança um colégio alinhado com os seus princípios éticos e morais, uma opção só acessível a umas poucas famílias privilegiadas; ou a conceção da opção de "Objecção de Consciência" para a disciplina de “Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento” como é defendido no referido manifesto - coisa que seria sempre uma esmolinha em favor da Liberdade. Quanto aos restantes conteúdos das chamadas "Ciências Sociais",  e porque a família é de facto a célula base duma sociedade saudável, e resta a possibilidade dos pais os confrontarem e debatê-los em casa com os filhos, em plena liberdade. Esse sim é um dever cívico inalienável, na defesa duma comunidade plural, em que convivam diferentes ideias e sensibilidades. Porque como já todos devíamos saber, muitos dos nossos costumes e valores hoje na moda serão no futuro consideradas bárbaros ou anacrónicos. Esperemos que não se dê esse caso com a Liberdade, que não podemos desistir de defender.

Artigo 43.º da Constituição

por João Távora, em 02.09.20
«Este artigo é contra a unicidade cultural e intelectual. É a recusa da filosofia, da estética oficial, da ideologia oficial e da religião oficial. Do mesmo modo, é a recusa do controle político do conteúdo da cultura e da educação. Na verdade, nós, socialistas, não queremos filosofia única nem estética única, nem política única, nem religião única, nem ideologia única». «Nós somos contra a unicidade em matéria de cultura e educação. Nós somos contra essa unicidade, porque entendemos que essa recusa é uma importante salvaguarda contra o totalitarismo.»

 

Ler o manifesto o manifesto ‘Em defesa das liberdades de educação’ na integra, aqui

Liberdade de ensino?

por João Távora, em 21.07.20

Por que razão dois alunos naturais de Famalicão, ambos com média de 5 valores, foram obrigados a retroceder dois anos escolares? Por causa do pai, no uso do seu direito de objecção de consciência, não ter autorizado os seus filhos a frequentarem as aulas de  "Cidadania e Desenvolvimento" (o que quer que isso seja!).

A asfixia do socialismo

por João Távora, em 13.06.19

caic-foto.jpg

Os jesuítas comunicaram hoje o encerramento do seu prestigiado Colégio da Imaculada Conceição. Inaugurado em 1955, este estabelecimento de ensino localizado em Cernache, no Concelho de Coimbra, encerrará a sua actividade no final deste ano lectivo devido à “grave situação financeira” que a instituição atravessa. A insanável crise é justificada pelos seus responsáveis com a conjuntura “desencadeada em 2016 com final dos contratos de associação com o Estado português, em vigor há 40 anos".
Assim se desbarata a já precária liberdade no ensino, no coração da democracia. Alegremente vamos percorrendo este plano inclinado a comprometermos as gerações vindouras.
Agradeçamo-lo ao socialismo que nos asfixia.


Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2022
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2021
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2020
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2019
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2018
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2017
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2016
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2015
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2014
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2013
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2012
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2011
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2010
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2009
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2008
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2007
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2006
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D