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A minha douta análise aos resultados eleitorais

por João Távora, em 07.10.19

  • IL – Descontado as questões de costumes, a este triste país, um comprimidozito de liberalismo só pode fazer bem.

  • Livre - Agora com a Joacine em S. Bento o parlamento vai ter de mudar o regulamento de tempo para número de palavras proferidas.

  • Chega – Não acho perigoso um deputado de extrema-direita num parlamento com várias dezenas do outro extremo. Ventura quererá desafiar o CDS.

  • CDS – Os trabalhos de hércules necessários para a sua recuperação, dispensariam a guerra civil que se prepara. Como caiu no chão qual papel amarrotado, agora qualquer tontinho acha que lhe pode pegar.

  • Bloco de Esquerda – Em bicos de pés para obter outro protagonismo no suporte à nova geringonça. Ou muito me engano ou vai querer lugares no governo.

  • PCP – Um partido em consistente processo de extinção. Não tenho pena nenhuma.

  • PSD – Vai ser precisa muita pancada para tirar Rui Rio do frasco - se fosse uma bolha era mais fácil. A federação das direitas terá que esperar por melhores dias.

  • PS – António Costa vai precisar de muito equilibrismo e habilidade para suster uma geringonça. O diabo estará aí.

  • Abstenção - se em parte é da responsabilidade dos partidos que não reformam o sistema, por outro lado é sinal da proverbial irresponsabilidade dos portugueses.

O destino

por João Távora, em 06.10.19

Desconfio das concepções teológicas da História, porque não acredito que o futuro se encaminhe fatalmente para o progresso ou para o Apocalipse, para a democracia liberal ou para a sociedade sem classes. A História é contingente, reversível, tem becos sem saída, estagnações, acelerações, e em muitos casos parece reger-se mais pelo acaso do que por Hegel.

Pedro Mexia no Expresso 

António Costa

por Corta-fitas, em 04.10.19

Anctonio costa.jpg

É preciso que não nos esqueçamos nunca de que António Costa é a pessoa que, em 2015, conseguiu perder as eleições para Passos Coelho e Paulo Portas depois de estes terem tido de gerir o país em extrema dificuldade, durante quatro anos, em virtude da bancarrota socialista de Sócrates, e manietados pelo memorando da Troika negociado e acordado também pelo PS de Sócrates. Costa perdeu na altura e alcançou tal feito porque os portugueses não confiaram nele.

Passados outros quatro anos, e depois de ter andado a oferecer o que o país tem e principalmente o que este não tem, com o apoio e o silêncio da extrema-esquerda, António Costa não vai conseguir ganhar as eleições legislativas como pretendia (maioria absoluta). E vai atingir novamente tal resultado porque os portugueses não confiam nele, não acreditam nele.

Ora os portugueses não acreditam em António Costa porque ele, na verdade, não é de confiança, como o demonstra, mais uma vez, o triste episódio de hoje.

Numa arruada em Lisboa, António Costa fez frente e mostrou peito a uma pessoa aparentemente muito mais velha do que ele e um bom palmo e meio mais baixa. Se não fossem os seguranças de Costa a proteger o velhinho, este levaria que contar de Costa. Pelo menos um par de sopapos do nosso valente Primeiro-Ministro.

E porquê? Qua a razão deste acto de Costa tão violento quão corajoso? Por uma questão de honra, explicou depois o candidato. Porque o velhinho (posto ali a mando de alguém da direita, acusou logo, não obstante o homem se assumir do PS) se quis aproveitar, com mentiras, da tragédia de Pedrógão Grande. E isso ele não admitia.

Sobre a tragédia de Pedrógão Grande não vou falar, todos a conhecem. Analise-se então a terrível mentira do velhinho.

Em síntese, o homem disse que estava incomodado por António Costa, aquando da tragédia de Pedrógão, estar em férias e não as ter interrompido. Foi então que Costa se insurgiu e avançou violentamente para o coitado, que ou estava num degrau abaixo ou é muito mais baixo que o PM, berrando que era mentira.

E o que é a verdade, como já queria saber Pilatos?

A verdade é que, por altura dos incêndios de Pedrógão, Costa não estava em férias, com efeito. Recordemos que os incêndios trágicos iniciaram-se a 17 de Junho e só foram considerados extintos a 24 de Junho. Mas acresce que uns dias depois, a 28 e 29 de Junho, dá-se e divulga-se o extraordinário caso do roubo de Tancos. Mas mesmo assim António Costa vai alegremente passar a primeira quinzena de Julho em férias para Espanha. Tanto que, recordam-se certamente, foi Augusto Santos Silva quem assumiu as rédeas e o comando deste episódio de Tancos nos primeiros dias. Entretanto, e nessa altura, é verdade que António Costa interrompeu as suas férias, veio dois ou três dias a Portugal (por causa de Tancos), voltou para as férias em Espanha, e só voltou para o debate sobre o Estado da Nação, a 12 de Julho.

Tudo isto se passou em duas ou três semanas; o país (pelo menos a parte que não se encontrava de férias) estava em estado de choque. Incêndios terríveis, mortes trágicas, roubos em paióis militares, incompetência inacreditável da administração pública, e, num momento que o comum dos mortais pode naturalmente confundir, o Primeiro-Ministro vai de férias, que até interrompe por uns dias mas por causa do roubo de Tancos. É natural que se crie alguma confusão na cabeça das pessoas, até na de socialistas como a deste a que Costa fez peito.

É grave, a acusação confusa que fez o velhinho? Justifica a violência e o perder de cabeça de António Costa? – Não e não, a ambas as questões.

O que as pessoas retêm destes tempos, meu caro António Costa, é que logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande (e outros concelhos) e ao roubo de Tancos, o Primeiro-Ministro abandonou o país e foi de férias. E não há volta a dar: pior do que estar de férias enquanto se deram estes episódios trágicos, pior do que interromper (ou não) as férias enquanto eles se deram, pior do que tudo isso é, para os portugueses, António Costa ter ido alegremente de férias imediatamente após tais acontecimentos. Não as ter desmarcado.

É essa fuga do país (que só a si, António Costa, se deve), num momento em que era necessário apoio à população (independentemente do direito a férias), que os portugueses consideram cobarde e indigna e, por isso, mesmo socialistas como este que o abordou têm o direito de o confrontar e acusar, mesmo que com alguma confusão à mistura.

O direito que lhes concedeu, com a sua atitude na altura e que me abstenho de qualificar, retira-lhe por completo o direito de se indignar com as abordagens que lhe sejam feitas, como a de hoje. E seguramente não lhe dá o direito nem justifica a reacção que teve para com aquela pessoa. E muito menos invocando o direito à honra.

“Honra”?!? – Tenha antes vergonha na cara e acredite que é por atitudes deste tipo que os portugueses não confiam em si.

Vasco Lobo Xavier

Só é vencido quem desiste de lutar

por João Távora, em 04.10.19

Anacoreta-Correia.jpg

Se as funções institucionais que exerço como monárquico obrigaram-me nos últimos anos a alguma parcimónia na participação e defesa pública das minhas convicções ideológicas e partidárias, tal não me impede nesta data de assumir o meu voto conservador e liberal no CDS de Assunção Cristas, uma pessoa que “lato sensu” reflecte a minha forma de ver o mundo – a política é a arte do possível. Estou convicto de que é quando os desafios parecem mais difíceis e as perspectivas mais pessimistas que é preciso afirmar as convicções de peito feito. De resto quero estar de consciência tranquila quando assuntos como a liberdade de ensino, a desestatização da economia ou a defesa da família; a eutanásia ou a prorrogação dos prazos para o aborto forem a votos no parlamento. Um país sem um partido conservador moderado e liberal forte é sinal de um país atrasado. Agora o que eu sei é que Domingo há que votar no CDS, que até ao lavar dos cestos é vindima e as contas fazem-se no fim.

Na fotografia - Filipe Anacoreta Correia, nº 1 da lista por Viana do Castelo com Assunção Cristas

E o deputado socialista?

por Corta-fitas, em 04.10.19

Neste lamentável episódio de Tancos, que num país decente já teria feito cair o Governo, há uma personagem que parece querer passar pelos pingos da chuva. Não pode.

Tiago Barbosa Ribeiro é deputado à Assembleia da República, eleito pelo Partido Socialista, pelo Porto, e recebeu uma mensagem por SMS de um Ministro onde este dizia que iria prestar declarações à Assembleia da República mas que iria esconder deste órgão informação de que dispunha. E o deputado socialista fechou-se em copas e nada disse – isto são factos, não há como desmentir qualquer deles. Agora, a apreciação pessoal e subjectiva dos factos.

A meu ver, a atitude de Barbosa Ribeiro constitui, a um tempo, um enorme insulto aos seus pares, seja de que partido forem (e que deviam ter vergonha de serem apelidados “seus pares”), com especial desprezo para com aqueles que labutaram na comissão de inquérito. Zombou de todos eles. Desonrou com ignomínia deliberada as funções que lhe são confiadas pelo povo português. Cuspiu alegremente na cara de todos e de cada um dos deputados, escarrando com escárnio e estardalhaço e salpicos nas ventas de Ferro Rodrigues (nem tudo é mau), que uma vez mais mostra que não se sabe dar ao respeito nem consegue defender a honra da Assembleia de República.

Que Ferro faça o que diz que faz quanto ao segredo de justiça (e desconfio que nem lava as mãos depois), é um problema dele. Que Ferro Rodrigues permita que Barbosa Ribeiro faça o mesmo sobre o Presidente da Assembleia da República, enquanto tal, sobre todos os deputados, sobre as suas funções, sobre a própria Assembleia da República e, por via desta, sobre todos os portugueses, é uma ignomínia, é um problema de todos os portugueses, é mesmo um problema de regime: esta gente não presta, é indigna!

Temos um deputado socialista, de seu nome Tiago Barbosa Ribeiro, que, escondendo informação relevante relativamente ao Governo, e grave, desonra as suas funções, ofende os colegas, insulta a Assembleia da República, desonra o país. Que os socialistas engulam esta atitude miserável, já esperava. Que os bloquistas e o pan aceitem a bestialidade da coisa, não me surpreende. Mas os comunistas costumavam ter um mínimo de coluna vertebral e seriedade no tratamento destas situações miseráveis. Estão calados porquê?

Se os deputados e a Assembleia da República tivessem um mínimo de respeito por si próprios, a deslealdade (e agora estou a ser muito brando) deste tipo levaria a que fosse escorraçado daquela casa pela porta dos fundos, a que ninguém quisesse ser visto em tão miserável companhia, a que todos, sem excepção, considerassem que o homem não cumpria os requisitos mínimos para exercer aquelas funções ou sequer subir aquela escadaria.

Mas não. Neste país, Tiago Barbosa Ribeiro é de novo candidato a deputado à Assembleia da República nas listas do Partido Socialista. Pode até ser que seja eleito. Para exercer funções para as quais já mostrou ser indigno. É o país que temos. Socialista.

Vasco Lobo Xavier

A falta que faz uma boa coluna vertebral...

por João Távora, em 28.09.19

Acusação do caso de Tancos provoca dores nas costas. Entendi bem?

Debatam, mas não muito!

por João Távora, em 27.09.19

Parlamento.jpg

É um costume pouco democrático mas o facto é que há demasiados políticos e "fazedores de opinião" sempre prontos a moralizarem sobre as formas mais ou menos legítimas de fazer política, na ânsia de limitarem a disputa e o espectro das ideias, sobre o que deve ou não ser tema de debate ou de campanha, quais as temáticas verdadeiramente elevadas ou rasteiras, populistas ou sofisticadas. Nessa lógica, recordemos que em tempos se pretendiam proscritos da agenda os temas económicos, que eram afinal meras "contas de mercearia", porque havia "mais vida para além do deficit". Por estes dias não são poucos os que consideram que os casos judiciais devem ficar de fora de discussão até que as decisões transitem em julgado, uma esperteza saloia para promover a impunidade dos protagonistas visados. Mas a temática que mais incomoda a intelligentzia regimental e de modo crescente à medida que as eleições se aproximam, são sem dúvida as chamadas questões de costumes que se eclipsaram dos debates. Como se houvesse questão mais determinante para o sucesso de uma civilização que a dos costumes. Curioso como as propostas dos partidos sobre o aborto (um assunto que o regime pretende arrumado e bem escondido das nossas consciências), a eutanásia, a adopção de crianças por homossexuais, o casamento, a família, a autodeterminação de género (o que quer que isso seja), as barrigas de aluguer, a liberdade religiosa ou até o multiculturalismo, acabam censurados dos discursos partidários, condicionados por um estranho puritanismo higiénico. O que há afinal de mais importante para uma comunidade do que os "costumes" em que as suas relações assentam, aquilo que ninguém quer debater e muito menos levar a votos? No fim, somos todos pela igualdade, social-democratas, ecologistas e anda toda a gente a brincar às alternativas. Depois queixem-se da abstenção. 

antonio costa.png

A razão pela qual António Costa anuncia alto em bom som a eliminação da carne de porco nas acções de campanha do seu partido e de qualquer tipo de carne nas ementas da presidência do Conselho de Ministros nada tem a ver com preocupações ecológicas – mal estaremos nós quando interesses obscuros se sobrepuserem à alimentação saudável do ser humano. Trata-se apenas do mais vil populismo em acção, no total desprezo pelo interior do país e pelo mundo rural que não rende muitos votos. E isso é preciso denunciar.

Para que servem os novos partidos?

por João Távora, em 10.09.19

carlos guimaraes pinto.jpg

Apesar de no nosso sistema eleitoral a dispersão da direita em facções mais definidas significar inevitavelmente a perda da sua representatividade parlamentar, como referi aqui há dias a outro propósito, considero saudável o surgimento dos novos partidos a concurso nas eleições de 6 de Outubro. Neste julgamento onde não incluo o partido de Pedro Santana Lopes, que mais do que uma corrente ideológica representa apenas o candidato derrotado das directas do PSD que decide correr por fora, refiro-me ao Iniciativa Liberal e ao Chega.
Começando pelo último, tenho para mim que o partido do André Ventura poderá ter a virtude de vir a acolher a direita reaccionária (na verdadeira acepção do termo) que desde o 25 de Abril, apesar de não gostar muito de eleições, se sente órfã de representação. O Chega poderá ser útil para se perceber o real peso dessa facção em Portugal, que não é mais do que o avesso do espelho do Partido Comunista: de ruptura, nacionalista, anticapitalista e securitária. Já a Iniciativa Liberal traz para o concurso, também de forma descomplexada, o liberalismo puro e duro, uma utopia que numa nação centralista e paternalista como a portuguesa ainda tem mau nome. Talvez por isso sujeito a um sucesso limitado, o partido de Carlos Guimarães Pinto tem a virtude de trazer para a discussão pública os limites da intervenção do Estado e do individualismo, ou da maturidade da sociedade civil para tomar conta dos próprios desígnios.
Ao contrário do que possa parecer, o PSD, o CDS (e o país em última análise) têm muito a ganhar com o alargamento do debate que estes novos partidos potenciam. Certo é que a direita, se quiser um dia quiser voltar ao poder para fazer obra, terá de ter capacidade para de novo juntar todas partes que sejam compatíveis, não se esqueçam disso.

Cuidado com o que desejas...

por João Távora, em 05.09.19

iniciativa liberal.jpg

Com a chegada dos ultraliberais da IL do Carlos Guimarães Pinto à disputa eleitoral (facto que a par com o novo partido de direita radical de André Ventura para todos os efeitos me parece uma boa notícia), encontro num comentário a este texto de Pedro Borges de Lemos a controvérsia sobre uma suposta incompatibilidade do liberalismo com o comunitarismo. Serão os corpos intermédios e o associativismo forças antiliberais? A minha resposta é que não. Porque sendo eles emanação da vontade dos indivíduos livremente associados, constituem contrapesos essenciais para uma sociedade mais livre. Tenho para mim que a atomização social (fruto do individualismo) só serve para dar força ao Estado, que assim obtém um controlo efectivo sobre cada pessoa fragilizada porque descontextualizada e sem pertença. Ou seja, o liberalismo é defendido se o Estado for reduzido à expressão mínima e se no seu lugar, os indivíduos forem devidamente representados por instituições orgânicas de proximidade emergentes da sociedade civil com a família natural como célula base. Em tempos, nesta fórmula, caberia na parte superior da pirâmide aos municípios a gestão da coisa pública - hoje não tenho a certeza, tendo em conta a sua captura pelos partidos políticos e o declínio das velhas comunidades históricas e a concentração populacional em megametrópoles.
Pela minha parte revejo-me no CDS de Assunção Cristas. Entendo que faz falta a um país civilizado um partido conservador, que por natureza é moderado e não se envergonha de defender o comunitarismo integrando valores liberais eminentemente cristãos: cada indivíduo é de facto um ser único criado à imagem de Deus e capacitado de livre arbítrio. Mas nunca uma criatura de geração espontânea, sem contexto ou pertença, qual folha em branco, sem história ou sentido critico e à mercê das tendências conjunturais e da manipulação pelos mais poderosos – no caso, o Estado em roda livre. Agora, imaginem a quem melhor serve a brutal evolução da informática em rede nos últimos 20 anos. Há pouco mais de cem anos apenas os presos tinham algo parecido com um bilhete de identidade; posteriormente, a república alargou esse “privilégio” aos funcionários públicos; hoje, um quadro médio das Finanças sabe onde passei as férias, com quem trabalho, que livros leio e que tabaco fumo. Voltando à questão inicial: será o reforço e promoção dos corpos intermédios (a começar pela família) e do associativismo política antiliberal? Não tem sido a esquerda em nome da liberdade a promover o hiperindividualismo e o experimentalismo nos costumes? Vocês conseguem dormir descansados?


Corta-fitas

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