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A guerra nas ruas

por João Távora, em 14.08.23

Pouco tempo depois do meu pai morrer, há quase 30 anos, a família recebeu em casa uma acta assinada da assembleia municipal em que se aprovava, por unanimidade, a atribuição a ele de um nome de rua - falou-se que seria na zona oriental então em crescimento. Evidentemente tal nunca se veio a concretizar. Bom é fingirmos que a toponímia de Lisboa não reflecte uma batalha política controlada pela esquerda radical. Aqui chegados, os nomes das ruas, praças e avenidas da nossa cidade não reflectem o valor dos protagonistas da nossa vida pública, reflectem a ideologia dominante promovida por uma escassa minoria.

Entretanto assinemos esta petição

PS: Entretanto o Patriarcado de Lisboa emitiu o seguinte comunicado, que  um Senhor que é Senhor não aceita uma luta na lama:

O Patriarcado de Lisboa informa que D. Manuel Clemente pediu para não se efetivar a atribuição do seu nome à ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão. Agradece a atenção da Câmara Municipal de Lisboa, mas não quer, de modo algum, que a atribuição seja causa de divisão, ou que alguém se sinta ofendido. A Jornada Mundial da Juventude, quis ser, muito pelo contrário, uma ocasião de reencontro de todos, em favor de uma sociedade mais justa e solidária.

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Recebestes de graça, dai de graça

por João Távora, em 10.08.23

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Missa de Envio, designação que eu não conhecia, significa uma “cerimónia dedicada ao envio de discípulos para propagação da mensagem de Deus e do Evangelho para suas paróquias, comunidades e famílias”. A Missa de Envio da JMJ 2023 na qual tive o privilégio de participar ocorreu nos 90 hectares do Parque Tejo repletos de crentes de todo o mundo, não sei de um milhão ou milhão e meio, julgo que a precisão dos números, impossível de apurar, seja um assunto de pouca importância. Mas compreendo que após uma semana de assombrosa transfiguração do meu País, perante os protestos mais ou menos envergonhados da elite anticlerical que domina o discurso mediático em voga, o "caso" em destaque (!) no Observador possa render uns cliques da clientela mais ressabiada. Certo é que a Jornada terminava assim, com o envio de centenas de milhares de jovens revigorados na inspiração e na Fé para as suas pátrias, para redistribuírem esperança, um horizonte de salvação às suas gentes. Percebe-se o incómodo.

Desconfio que também por cá, nestas terras que já foram de Santa Maria, um renovado fôlego perdurará nas almas daqueles que dão vida às nossas comunidades cristãs. Apesar disso, a transmissão da cultura católica permanecerá entre nós um desafio hercúleo, mesmo que por momentos tenha sido opinião quase unânime de que ela é um elemento de civilizador. Como escrevia há dias o historiador Rui Ramos, os católicos “são hoje geralmente delicados e tolerantes”, são como visitas “numa casa que não é deles.” De facto, a invasão de Lisboa por quase dois milhões de pacíficos jovens durante aqueles dias foi uma lição de civilidade e um luminoso banho de alegria e festa. A demonstração daquilo que uma pessoa pode ser de melhor, quando imbuída do legado cristão. Nesse sentido foi impressionante o empenho de milhares e milhares de voluntários no acolhimento aos peregrinos, na organização de centenas de eventos culturais que se multiplicaram pelas paróquias no país inteiro, no encaminhamento, no controlo das entradas e saídas, nas acreditações, nos alojamentos, na alimentação, etc., etc. Por uns dias a cidade laica humanizou-se, converteu-se.

Quem é que imaginava que um acontecimento desta dimensão seria realizável nesta Lisboa tão laicizada e descrente? Seria possível empreender esta missão sem os auspícios dum governo de esquerda, que no seu próprio interesse acalmou as vozes de protesto das suas hostes jacobinas, franja que anseia concorrer com a Igreja, pois o Estado que preconiza é uma religião única e absoluta? Tenho dúvidas. A demonstração de força benigna e de actualidade do legado cristão que irradiou de Lisboa para todo o país, não me ilude quanto às tremendas dificuldades de afirmação da Igreja Católica no mundo ocidental niilista e centralista.

Confesso que estranhei a surpresa dos jornalistas e de alguma opinião publicada com o apelo do Papa Francisco a uma Igreja aberta a todos, todos, mesmo todos. Como a desejou Jesus Cristo que se rodeava de prostitutas, cobradores de impostos, aleijados ou leprosos. Que todos somos convidados à dignidade da filiação divina, que Deus conhece cada um até ao ínfimo cabelo. Para que, entrando na porta larga da Igreja, se faça um caminho, por vezes desafiante e estreito (não tenhais medo!), para a Liberdade. O mais difícil não é entrar na Igreja, é o caminho exigente da Salvação.

Se Jesus Cristo afirmou que “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei eu no meio deles.” (Mt 18, 20) imaginem a força da Sua presença na semana passada aqui em Portugal. Um enorme consolo, que perdurará em forma de memória por muito tempo, que temos de agradecer em primeiro lugar aos peregrinos que acorreram a esta Jornada e nos deixaram tão valioso legado. “Por onde forem, preguem esta mensagem: O Reino dos céus está próximo. Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demónios. Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 7-8)

jmj.jpgP.S.: Aproveito para assinalar a nomeação pelo Vaticano do novo Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério. O antigo bispo das Forças Armadas, de perfil discreto e com apenas 59 anos, com as orações dos católicos da sua diocese terá tempo de se afirmar no exigente cargo – assim Deus o queira.

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Cá por coisas...

por João Távora, em 04.08.23

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Um Távora como eu não poderia deixar de notar a ironia de, passados mais de 260 anos, se terem reunido em Lisboa 500.000 catolicos, sob liderança dum Jesuita, perante o Marquês de Pombal... de costas voltadas.

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A conversão à Liberdade

por João Távora, em 16.07.23

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Eu percebo que tenhamos uma Igreja habituada a viver entrincheirada, receosa de propor caminhos, justificada pelos seus inimigos internos e externos. No Ocidente, têm sido décadas de encolhimento perante um poder arrebatador do Grande Leviatan que tudo vem secando à volta, até a fecundidade das suas gentes. Repare-se que nas últimas décadas todas as guerras do catolicismo vêm sendo perdidas: dessacralizou-se o casamento que passou a ser tudo e o seu contrário perante a lei. Assim se enfraqueceu a Família natural construtora do bem-sucedido Ocidente e que era terreno fértil para a evangelização, para a passagem dos valores cristãos. Com o advento do hiperindividualismo, em paralelo com o consequente Inverno Demográfico, legitimou-se o aborto e a morte assistida. A religião foi remetida ao foro privado para não ferir susceptibilidades, o ditame da moralidade, do bem e do mal, também – tudo é relativo, a Verdade, que é o que o cristianismo tem a propor, esconde-se envergonhada.

É este também o retrato da Igreja portuguesa, acossada e amedrontada, que, durante uma semana, neste canto da Europa laica e materialista, se atreverá a ser o foco de todas as atenções. Coube-lhe liderar esta gigantesca operação logística de receber centenas de milhares de Jovens de todo o mundo, a oferecerem-se à conversão. Cabe-lhe, por consequência, difundir uma forte mensagem, não só para todos os milhares de resistentes peregrinos que ainda procuram um sentido de vida maior que o seu umbigo, mas para todos aqueles hesitantes que não se atrevem a passar do Páteo dos Gentios.

Há dias, a propósito de tudo isto e dessa oportunidade de conversão que a Jornada Mundial da Juventude proporciona, num almoço entre amigos, um deles, perguntava qual a mais importante mensagem de Jesus que verdadeiramente interessará aos jovens nestes tempos de acelerada descristianização e niilismo. Como pode a Igreja Católica afirmar-se na ruidosa cidade da abundância do século XXI?

Entre várias propostas lançadas na mesa pelos convivas, da mensagem de Vida Eterna, à revolucionária revelação da Misericórdia (Amai-vos uns aos outros…) eu defendi a da Liberdade. Receio que numa sociedade onde impera o bem-estar e se reclama o prazer como um direito, o anúncio da Vida Eterna não tenha grande sucesso. Já o Novo Mandamento do “Amai-vos como irmãos”, que chegou a ser um traço reconhecido nas primeiras comunidades cristãs (“vede como eles se amam!”), temo que tenha sido banalizado pela confusão gerada à volta do conceito de Amor, hoje tido como algo ligado ao prazer erótico e psicológico, assim difundido pela minha geração nos anos sessenta. Um dia as comunidades recuperarão o seu verdadeiro sentido, o da Compaixão – mas não vai ser no meu tempo.

Ora, quanto a mim, a principal mensagem que o Cristianismo tem para oferecer, que obviamente se interliga com as anteriores, é a da Liberdade, mas com maiúscula. Porque julgo que, num tempo como o actual, com tantas formas de alienação a escravizar as almas crédulas, apoucando-lhes as existências, a Liberdade, no sentido de consciência livre e responsável, é a grande outorga de Jesus Cristo que convém salientar. Se, como afirma Bob Dylan estamos condenados a ser servos (Gotta Serve Somebody - Slow Train Coming, 1979), que sirvamos o Senhor Jesus que nos desimpede os caminhos e principalmente a alma.

Para alcançar essa alforria não é necessário seguir-se à risca o exemplo de São Francisco de Borja, Duque de Gandia, que, perante a profunda dor e desapontamento com a morte da bonita e instruída Rainha Isabel de Portugal (filha de D. Manuel I e mulher de Carlos V de Espanha), que tanto admirava, afirmou: “não mais servirei senhor que pereça”. A partir de então devotou a sua vida por inteiro aos assuntos do seu Deus.

Com Jesus Cristo aprendemos onde colocamos o coração a criar valor, a reconhecer as paixões que nos podem escravizar e diminuir, ou a única que que faz de nós verdadeiros e autónomos filhos de Deus. Que a cada um conhece como único, “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos” (Lucas 12:7). Ou ainda, “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mateus 11:29-30).”

É esta descoberta de Liberdade como caminho que me convenço ser a mais importante mensagem a outorgar aos jovens do nosso tempo. A Liberdade de quem, participando no Mundo, não o carrega às costas, nem às suas normas e atracções se deixa subjugar. De beleza, de carreira, de haveres, de amores, de ansiedades, de orgulhos, dos medos, da expectativa dos outros, enfim, de dependências grandes e mesquinhas. É esta Liberdade que está ao alcance de todos e que urge transmitir aos nossos jovens. Irão certamente gostar de saber que o seu Senhor (no sentido medieval do termo) não é deste Mundo, e que isso lhes permite olhar as coisas do Mundo com outros olhos – fazer escolhas de felicidade. Serem protagonistas das suas próprias vidas.

É esse o feito da conversão, construída em comunidade de crentes. Com muita oração – a barulheira mundana dificulta a prática da Oração que com o seu poder a todos eleva, dignifica, aproximando-nos de Deus. É assim que adquirimos um sentido proporcional da importância das coisas do Mundo. Que nos conduz à Liberdade de nele agir. Não de caminhar sobre as águas, nem de voar pelos céus, mas percorrer esta vida de pés bem assentes no chão, com a cabeça erguida e o coração… consolado.

Que a JMJ inspire muitas conversões apaixonadas pela pertença à Igreja de Cristo, são os meus votos.

Publicado originalmente no Observador

Os católicos e as redes sociais

por João Távora, em 13.07.23

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A propósito da nomeação de Américo Aguiar a Cardeal e duma frase infeliz por si proferida numa entrevista recente faz-me muita impressão a quantidade de cristãos que nas redes sociais se sentem legitimados a fazer julgamentos sumários e tomar partido em assuntos delicados e complexos da (sua?) Igreja, com uma arrogância de pasmar.  

Foi por isso que me lembrei do meu pai que foi de tal modo contra o Concílio Vaticano II que só perto do fim da vida voltou a ir à Missa. Mas curiosamente, à parte dum ou outro reprimido sussurro à frouxidão dum ou doutro Bispo (a história repete-se…), nunca o ouvi nem dele li qualquer opinião sobre o assunto, que guardava só para si por respeito à Santa Madre Igreja. E talvez, suponho eu, para não armadilhar o crescimento dos filhos nessa pertença que nunca renegou.

Mas o curioso é que hoje qualquer bicho caruncho, cheio de certezas, tem uma opinião histriónica sobre as opções da Hierarquia e do Vaticano, que da sua trincheira desfralda aos 4 ventos nas redes sociais, cada vez mais uma tasca mal frequentada.

Viva a liberdade de opinião mas cuidado não tropecem nela.

Selado e carimbado

por João Távora, em 17.05.23

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Primeiro este selo apareceu nas redes sociais divulgado pela mão da esquerda chic para salientar o mau gosto do logótipo das Jornadas Mundiais da Juventude, sem quererem saber que não se trata dum logótipo, mas de um selo emitido pelos correios da Cidade do Vaticano – o logótipo, de que não gosto particularmente por ser pouco versátil aparece no canto superior esquerdo.  Além disso estou em crer que o boneco é desenhado por alguém que estará longe de conhecer o Modernismo do Estado Novo e Cottinelli Telmo em particular. Quanto à técnica usada na ilustração, andará próxima do estilo da linha clara que reinou na banda desenhada da Europa do pós-guerra, nomeadamente a franco-belga. Mas a crítica mais disparatada que circula nas redes foi a classificação do boneco como “fascizóide”. Pode-se gostar ou não gostar do resultado que para mim só peca por ser demasiado óbvio – não gosto particularmente da saliência da bandeira verde-rubra, cá por coisas. Mas classificar o desenho de fascizóide (O Papa Francisco em pose no lugar do Infante D. Henrique guiando um conjunto diverso de jovens às JMJ em Lisboa) desautoriza qualquer crítica. Eu percebo o jeito que dá às vidas indolentes e aburguesadas alimentar fantasmas, mas já era tempo de certa malta da minha geração comprar umas sessões de psicanálise para “matar de vez o pai”. É que com a idade a coisa (preconceitos e obsessões) piora. Quanto à opinião do Bispo D. Carlos Azevedo, o que nos vale é que o bom ou mau gosto não são matéria doutrinária ou dogma de fé na Igreja.

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O palco da Jornada Mundial da Juventude

por João Távora, em 25.01.23

palco-blog (1).jpg

Há mais de quatro anos, quando foi decidido, que venho seguindo com alguma atenção as notícias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que decorrerá em Lisboa no início de Agosto e que reunirá mais de um milhão de jovens de todo o Mundo na cidade e concelhos limítrofes. Que ninguém se iluda, nunca nada de semelhante aconteceu em Portugal – trata-se de um evento absolutamente excepcional, o maior à escala planetária que, a par da visibilidade que promove da mensagem cristã, comporta uma logística complexa e exigente, em mobilidade e espaços para os múltiplos eventos, que urge por a funcionar. Para se ter uma ídeia, para acolher todos os visitantes juntos, será necessário um espaço correspondente a 10 santuários de Fátima ou dezasseis estádio da Luz. Com ou sem o Palco, com ou sem a colossal esplanada do Parque Tejo arranjada para a Missa Campal no dia 5 presidida pelo Papa Francisco, nada permanecerá na mesma na cidade, que quase triplicará os habitantes durante uma semana – a maior parte da operação será pouco visível decorrerá em regime de voluntariado – alojamento, refeições etc..

Para além dos incómodos que toda esta agitação inevitavelmente irá criar aos lisboetas, é de prever que surjam muito mais polémicas mais ou menos artificiais e o habitual aproveitamento político das facções radicais do nosso espectro político. Escândalos e feridas serão “descobertos” ou reavivados aos católicos. Na mesma proporção que for o sucesso da JMJ, haverá uma vozearia tonitruante a contrapor maledicência e contraditório. É assim que acontece, justa ou injustamente, numa sociedade liberal e extremamente laicizada como a nossa. Procurem-se notícias do que foi a JMJ em 2011 em Madrid, por exemplo.

Mas o que me admira por estes dias nas redes sociais é a quantidade de católicos acriticamente, mal informados, a surfarem a onda do “escândalo do palco-altar". Há muito tempo que este grandioso encontro católico está previsto, no entanto até há poucos meses não estavam definidas as responsabilidades das partes envolvidas - Lisboa, Loures e Governo. Desde então, com as verbas definidas, a seis meses do acontecimento, a CML tudo está a fazer para que o acolhimento se faça com toda a dignidade que nos merecem os visitantes. Dito isto, parece-me importante que se construa um consenso entre os portugueses de boa-vontade para levarmos a JMJ a bom porto. Com os outros já não contávamos, sempre estiveram do lado da ruptura, e sempre que puderam fecharam as igrejas e até mataram o nosso Rei.

PS.: Peço desculpa se desiludo alguém, mas pensava que este assunto já tinha ficado esclarecido com o colapso da Cortina de Ferro: não haverá menos pobres por não haver JMJ ou se o evento for mais modesto. Como não haverá menos pobres se o Vaticano oferecer os seus bens, igrejas, palácios e obras de arte. Esse sempre foi o argumento dos comunistas para expropriar as pessoas. Haverá menos pobres, estou certo, com uma Igreja mais robusta, mais santa, com mais presença na vida das nossas cidades. A ideia de que o dinheiro para o Altar cicula em vazos comunicantes entre instituições/organismos e que poderia ser gasto em caridade ou na construção de casas para os pobres é no mínimo infantil. A pobreza franciscana é um caminho de exigente espiritualidade, como outros uma escolha individual. Para mais a Igreja não é uma mera ONG, a sua fundação principal é evangelizar, ensinar a mensagem de Cristo. Para isso necessita de meios.

Aí vamos nós...

por João Távora, em 18.10.22

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Há já por aí muita gente indignada, por ignorância ou má-fé, com o preço 235,00 de inscrição nas JMJ que decorrem em Lisboa início do mês de Agosto próximo. Os títulos sensacionalistas dos jornais como este do Correio da Manhã convidam ao disparate. Agora que o país prepara-se para se fracturar em dois, com argumentos contra e os a favor desta iniciativa, convém esclarecer que o "pacote" disponibilizado pela organização inclui alimentação, alojamento, transporte, seguro e um kit de participante que dá acesso a toda a programação entre os dias 1 e 6 de Agosto de 2023. Quem quiser ir por sua conta não paga nada. E como é habitual nas actividades dos movimentos da Igreja Católica, uma inscrição paga sempre várias outras daqueles que não têm dinheiro. Ninguém é deixado para trás.

E se fossem à fava?!

por João Távora, em 19.08.11

 

Quando um Estado apoia a organização dum campeonato de futebol ou outro circo para entreter o pagode, os jornalistas fazem cálculos aos proveitos em turismo, restauração, propaganda e outros ocultos nas brumas do futuro. Quando mais de um milhão de católicos de todo o mundo se deslocam por uma semana a Madrid, o cuidado da imprensa é com as despesas do erário público. E se fossem à fava?!

Que nada e ninguém vos tire a paz

por João Távora, em 18.08.11

 

À chegada a Madrid para as Jornadas Mundiais da Juventude, onde é aguardado por mais de um milhão de jovens de todo o mundo, Bento XVI pediu-lhes que não se envergonhem de Deus. Denunciando a “perseguição velada” que os cristãos sofrem nos Estados laicos afirmou que "É urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a manterem-se firmes na fé e a assumirem a bela aventura de a anunciarem e de a testemunharem abertamente com a sua própria vida". Sim, o desafio cristãos não está tanto nas palavras, antes numa prática de vida.

 

Notícia daqui, título daqui.


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