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Pregar aos peixes

por João Távora, em 21.07.19

"O que se passa hoje em relação aos incêndios é uma questão de opção política tomada lá atrás por um ministro da administração Interna que forçou uma opção quando tinha duas hipóteses: ou tratar do assunto como ele deveria ser tratado, que era tratar do problema da gestão florestal e com isso preparar o território para o fogo que sempre existirá, ou reforçar os meios de combate e toda essa lógica da protecção civil e etc. Esse ministro que se chamava António Costa fez essa opção nessa altura. Enquanto estivermos convencidos que isto é um problema de fogo posto, francamente! 1% das ignições resultam em 90 % da área ardida. De certeza que querem discutir como é que o fogo começa em vez de discutir porque é que o fogo não pára? O problema central não é como o fogo começa, ele pode começar de dezenas de maneiras. O problema é perceber porquê é que o fogo não pára. Qual é o distrito do país onde há mais ignições? É no Porto. É aí onde os incêndios são um problema? Não! 
(...) Quando um responsável político continua a falar dos artefactos, no "fogo posto" e na estranheza, está esta simplesmente a desviar a RESPONSABILIDADE POLÍTICA do seu governo e anteriores."

Henrique Pereira Dos Santos a pregar aos peixes em directo na SIC Notícias  hoje pelas 19.30hs.

Estamos zangados

por João Távora, em 16.10.17

fosgosLusa.jpg

Por ironia do destino a horrível mortandade causada pelos fogos que assolaram ontem no País (32 pessoas até à hora em que escrevo) aconteceu poucos dias após a divulgação do relatório independente sobre Pedrogão Grande que divulga como então se instalou o caos na Protecção Civil, como o sistema não funcionou como seria de esperar, fruto de uma incompetência generalizada. Os dados disponíveis indicam que desde então não aprenderam nada tendo a barafunda se repetido ontem. O Secretário de Estado da Administração Interna teve até o desplante de assumir em declarações à SIC que o Estado não tinha condições para proteger as pessoas, que tinham elas próprias a se “autoproteger” porque "não podemos ficar à espera dos bombeiros e dos aviões". Hoje da parte Ministra Constança Urbano de Sousa ficamos a saber que não se responsabiliza por nada do ocorrido, e que o mais fácil era ir gozar as férias que não teve. 

Perante todo este desastre e o ruidoso silêncio dos comunistas e do Bloco de Esquerda, não seria esta a hora de a oposição propor uma Moção de Censura? De que é que estão à espera?

 

P.S.: António Costa no seu discurso aos portugueses usa técnica da picareta falante, para abater o  pelo cansaço e fugir ao que interessa: assumir as responsabilidades do seu governo nesta catástrofe.

 

Foto: Paulo Novais - LUSA

A onda terrorista

por João Távora, em 13.08.17

Patricia Gaspar.jpg

Com meio país em chamas descontroladas não é com espanto que vejo na televisão Patrícia Gaspar a porta-voz da desgraça oficial que nos coube em fado, no velho choradinho da culpa dos pirómanos. Afinal a culpa é dos pirómanos responsáveis pela ignição de 90% dos incêndios, não é do clima, do ordenamento da floresta ou das políticas de prevenção. Trata-se de uma onda terrorista, segundo Marta Soares. Um discurso irracional que convida o pessoal escolher a sua teoria da conspiração e montar umas milícias populares, contra os empresários da madeira queimada ou do aluguer dos helicópteros que pagam os incendiários, contratados a troco de um maço de tabaco e uma garrafa de vinho num recanto da tasca da aldeia. É a fuga para a frente do poder impotente confrontado com a sua proverbial incompetência. Já todos sabíamos que a culpa do nosso triste destino sempre foi dos privados, das bruxas e dos maluquinhos. Contra esta insanidade não há nada a fazer, o que é muito conveniente.

Será do Guaraná?

por Corta-fitas, em 12.08.16

guaraná 1.png

Na primeira figura está a produtividade primária na Europa com uma escala de cores contra-intuitiva, isto é, as cores mais frias representam maior produtividade (isto é, onde os matos crescem mais) e as cores quentes representam menor produtividade.

Na segunda figura está a densidade de fogo na Europa, aí sim, com uma escala de cores intuitiva, as cores mais quentes representam as zonas de mais fogos e as cores menos frias as zonas de menos fogos.

Olhando para as duas figuras parece-me tão lógico dizer que o problema é das ignições, dos incendiários ou do guaraná.

guaraná 2.png

 

Henrique Pereira dos Santos

Convidado especial 

O elogio da ignorância

por Corta-fitas, em 11.08.16

José Gomes Ferreira resolveu fazer um debate sobre fogos.

Começa por dizer que Portugal é um país recordista das ignições (o que é um facto) e daqui conclui que “isso só pode significar uma coisa: a floresta portuguesa arde porque alguém quer que ela arda”.

Até aqui, nada de especial, é um nível normal de ignorância sobre o assunto, associado a uma ideia simples, poderosa, facilmente perceptível e que divide o mundo em bons (somos nós) e maus (os outros).

É portanto uma ideia lógica e errada com todos os ingredientes para se tornar um mito persistente e persistentemente martelado aos ouvidos de toda a gente.

Para debater o assunto, José Gomes Ferreira declara que escolheu quatro pessoas que “conhecem muito bem o terreno, não são intelectuais do ar condicionado”.

Com este enquadramento, que é o mesmo que eu dizer que para saber notícias mais vale apanhar um táxi que anda no terreno que ouvir os intelectuais do ar condicionado da SIC Notícias, não admira que um dos intervenientes, que conhece muito bem o terreno, diga que sabe muito bem que o fogo que começou na terra dele (Melres) é fogo posto porque ele viu o fogo a aparecer e um fogo que aparece assim tem de ser fogo posto.

Tenho ouvido os argumentos mais interessantes para justificar a conversa das ignições, que no fundo repetem que José Miguel Cardoso Pereira (um intelectual do ar condicionado) disse sobre os mapas que esta figura mostra.

fogos.jpg

Como as ignições estão directamente relacionadas com a densidade populacional, concentram-se no litoral, junto aos grandes centros urbanos. Como as áreas ardidas estão inversamente relacionadas com a densidade populacional, concentram-se no interior centro e Norte montanhoso. Logo, o corolário lógico de quem acha que “a floresta portuguesa arde porque alguém quer que ela arda” é que as áreas ardidas do Sabugal resultam do elevado número de ignições em Gondomar.

Mas ouvir pessoas cada vez mais ignorantes, cada vez menos intelectuais, tem esta virtude única: seria impossível que alguém com o mínimo dos mínimos conhecimentos de fogo tivesse a ousadia de dizer que distinguia um fogo posto de um fogo não posto pela forma como ele evolui, como se uma espécie de pecado original marcasse indelevelmente os fogos impuros.

Informação, zero, mas divertimento, do melhor.

Muito obrigado José Gomes Ferreira, espero então o próximo programa em que para discutir, por exemplo, o Orçamento do Estado, siga o mesmo critério e convide pessoas do terreno, sem suspeita de intelectualidade, por exemplo, as senhoras que à noite trabalham na minha rua.

Mais ligação ao terreno e à economia não há com certeza, e embora haja algumas que podem ser suspeitas de intelectualidade, há várias que seguramente não representam nenhum perigo desse ponto de vista.

 

Henrique Pereira dos Santos

Convidado especial 

Fez-se anunciar

por Vasco M. Rosa, em 09.08.16

images.jpeg

Dizem as notícias que o goveno «vai mandar» para a ilha da Madeira um aparato especial para agir sobre o incêndio local.

A notícia não é de ontem, mas de há uma hora, e resulta da vinda do PM a reunião de gabinete de crise, vinda muito mais célere nas notícias do que a intervenção efectiva sobre um grave problema.

Primeiro anuncia-se que o sr. PM faz o especial favor de «interromper» as suas férias, quando o que haveria de ter acontecido — num país decente! — é que ele aparecesse ontem antes dos noticiários da noite e trabalhasse sem publicidade num problema desta gravidade, como lhe compete, sem qualquer propaganda associada.

Não foi o que fez. Percebendo o país aflito com esta labareda infernal, fez anunciar-se e demorou quase 24 horas a chegar ao sítio onde deveria estar desde o primeiro minuto.

O serviço público não é para todos.

 

 

incendios.jpg

Escrevo a meio da tarde do dia 9 de Agosto, ou seja, a meio do terceiro dia de fogos mais a sério em 2016.

O que posso dizer, e não sou o Dr. Karamba, é que a manterem-se as previsões meteorológicas, as pessoas que viveram estes três dias com o coração apertado face à proximidade dos fogos podem ser das pessoas mais descansadas dos próximos dias, dando graças por afinal o que ardeu nestes dias os poupar às angústias dos próximos.

Não, são sou o mandante de uma organização criminosa de incendiários que tenha carregado num botão para desatarem todos a espalhar fogos pelo país.

Não, não vão começar mais fogos à noite (talvez um bocadinho mais esta noite em que o vento Leste vai aumentar de velocidade) porque os fogos nocturnos, faça sol ou faça chuva, são sempre entre 35 e 40% do total diário, demonstrando que as causas são as mesmas em qualquer altura do dia (o início físico e químico do fogo não é registado por sistema nenhum, o que é registado é o momento em que um fogo se torna detectável pelo sistema de aviso, portanto um fogo que é registado às quatro da manhã pode ter-se iniciado horas antes).

O que sei é relativamente simples: que 80% da área ardida ocorre em 12 dias no ano, que o número de fogos diários e a área ardida aumentam exponencialmente nesses dias e que o único factor que distingue esses dias dos outros é a meteorologia.

O sistema de combate passou a custar 100 milhões (número aproximado, ninguém sabe quanto custa) quando antes custava 30 milhões por ano e os resultados são os mesmos, fruto de duas ideias erradas, perigosamente erradas: 1) é possível resolver o problema dos fogos liquidando-os à nascença; 2) “Portugal sem fogos depende de todos”.

Dois dos principais responsáveis pela morte da esperança de revolução na gestão do fogo que se esboçou na sequência dos fogos de 2003 e 2005, Duarte Caldeira e Jaime Marta Soares, empenharam-se profundamente em desviar o dinheiro da gestão racional do fogo, que é feita pelos proprietários e gestores do território, para a sua clientela, o tandem protecção civil/ poder autárquico, o que não os impede de continuarem a ser permanentemente chamados a perorar sobre o assunto, falando mais recentemente da necessidade de articular a gestão do fogo com o desenvolvimento local, como se não tivessem sido eles a dinamitar os tímidos avanços nesse sentido, a liquidar a transparência e racionalidade na gestão do Fundo Florestal Permanente, a intoxicar jornalistas com tretas de incendiários, etc..

E os jornalistas, que dizer dos jornalistas, a escrever sempre sobre os heróis do combate (e muitos são, muitos mais são simplesmente os bombeiros do asfalto, que esperam pelo fogo nas estradas, convencidos de que os fogos florestais se apagam com água e meios aéreos) e a esquecer-se de perguntar a quem sabe, de compreender a economia rural que explica a acumulação de combustíveis, de ver que em Espanha 50% dos fogos são na Galiza e que Portugal é um campeão de fogos pelas mesmas razões que é o maior produtor mundial de cortiça.

Não há solução, então?

Há sim: comer cabrito.

Revitalizar as fileiras económicas que gerem os matos, saber usar o fogo contra o fogo, saber que fogos florestais se apagam com os pés na terra e as mãos em cabos de madeira, deixar arder na Primavera e no Outono, acabar com essa ideia estúpida do Portugal sem fogos.

Viriato era pastor, não era lenhador, era o título (que não me lembro a quem fui buscar, penso que a Caldeira Cabral) de um artigo que escrevi em Setembro de 2003, pelos vistos inutilmente.

Esta noite, a confirmar-se a previsão, pouco mais há a fazer que rezar e fugir, mas no resto do ano seria bom que fosse possível cozer a boca dos que há anos infindos canalizam recursos para a protecção civil, parasitando a gestão do território, passar por cima das câmaras e ir directamente falar com os proprietários e gestores do território para saber o que é preciso para gerir inteligentemente o fogo, fazendo de um inimigo mortal um amigo para vida.

 

Henrique Pereira dos Santos

Convidado especial 

Conversa de chacha

por João Távora, em 30.08.13

 

Segundo o DN de hoje (infografia na versão em papel), nos últimos dez anos segundo as minhas contas morreram no mês de Agosto sob a governação socialista dez bombeiros e sob governação PSD/CDS nove. Mas se contarmos os óbitos nos doze meses de cada ano, a contagem fica-se pelos 15 para a coligação CDS PSD e 44 para os executivos socialistas. Isto anda tudo ligado, não é Luís?

 

Portugal arde...

por João Távora, em 20.07.12
  1. Arde quando há vento de Leste, não exactamente quando está calor. É verdade que no Verão, quando há vento Leste há calor, mas no Inverno, quando há vento Leste há frio e arde também (vejam-se os meses de Fevereiro e Março deste ano)
  2. Não é verdade que o fogo comece principalmente à noite (conferir aqui).
  3. A percentagem de fogos nocturnos anda tipicamente pelos 30 a 40%, e o número de fogos varia exactamente da mesma forma que o número de fogos diário (no mesmo blog tem dezenas de textos sobre isso, com dados concretos)
  4. O país arde porque a zona Noroeste da Península ibérica tem das mais altas produtividades primárias da Europa. O resultado é um crescimento muito grande dos matos, com a consequente acumulação de combustíveis
  5. Tradicionalmente esse crescimento dos matos suportava duas fileiras de produção integradas: a pastorícia e a agricultura, esta última indo buscar a manutenção da fertilidade a esses matos, quer fossem roçados, quer fossem trazidos pelo gado nos estômagos e depositados no curral sob a forma de esterco. Complementarmente era usada para aquecer as casas e cozinhar
  6. esses três processos de controlo de combustíveis desapareceram ou tornaram-se marginais
  7. Nestas circunstâncias sempre que houver vento leste Portugal vai arder (como ardeu a Galiza em 2006 com novve dias seguidos de vento leste, como ardeu agora em Valência, como ardeu nas zonas mediterrânicas da Austrália e dos Estados Unidos.
  8. Enquanto não se revalorizarem economicamente as actividades gestoras de combustiveis, em especial as diferentes formas de pastoreio, não há qualquer hipótese da situação de alterar
  9. a (...) ideia de que consegue resolver o assunto com uns tiros é perigosíssima. Não tanto para o alvo dos tiros, mas para si próprio quando a acumulação de combustível associada ao vento Leste lhe trouxer, para sua surpresa que acharia ter resolvido o assunto, o fogo de novo à porta
  10. Não quero com isto dizer que não existem incendiários, que existem, como existem ladrões de bancos e ministros como relvas, são inevitabilidades, quero apenas dizer que não é por resolver o assunto de um incendiário num determinado momento que resolve o problema dos incêndios.

Henrique Pereira dos Santos, desta caixa de comentários (com a devida vénia).

Boa memória e a propaganda em chamas

por João Távora, em 09.08.10

 

Tenho para mim que, tirando o muito trabalho preventivo que fica por fazer todos os anos nas matas e florestas nacionais onde o proprietário Estado é o primeiro incumpridor, com as altas temperaturas verificadas pouco mais há a fazer para evitar os incêndios, sejam eles de origem natural ou criminosa. Mas, perante a tragédia que grassa de norte a sul do país em chamas, incomodam-me particularmente os auto-elogios e justificações do ministro Rui Pereira que ouvi hoje na televisão, principalmente porque me lembram como a tragédia de 2003 e toda algazarra e aproveitamento político feito então pelos socialistas. Depois dos muitos milhões de euros gastos em “programas” e quatro Verões amenos e até chuvosos em que as estatísticas dos incêndios foram exibidas como propaganda do governo, aí está de novo o implacável calor a trazer à ribalta mediática o degradante espectáculo que é este país a arder.


Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

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