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Sem querer branquear a responsabilidade da actual direcção sportinguista que no mínimo podemos apelidar de desastrada, parece-me que urge focar a questão João Moutinho sob outro prisma: o da sua reincidente deslealdade e o das teias dos empresários dos jogadores, uma máfia que há uns anos para cá vem tomando de assalto os clubes futebol.
Voltando às origens deste mimoso tema, torna-se-me hoje clara a ingenuidade do Sporting, induzida por uma tão arriscada quanto compulsiva política de austeridade, de querer construir uma equipa competitiva fundada na estabilidade e permanência dos seus activos da academia, ávidos de quimeras, riqueza e fama dos seus predecessores bem sucedidos. Mais ingénua foi a aposta num capitão de equipa com vinte anos, na pretensão de que algum sentimento mais elevado do que o nível da relva perpassaria na perversa cabecinha do zeloso e recatado atleta. São os piores: um ano depois, quando já Moutinho atingira o tecto salarial praticado na equipa, em vez de dar um soco no seleccionador chamou os jornalistas para dizer que queria sair do Sporting, supõe-se que por causa duma proposta de 15 milhões do Everton. O caldinho estava entornado, a notícia vendeu que nem cerveja em dia quente de Verão. (sai mais uma se faz favor!)
Tendo em conta este historial, o desfecho da novela só surpreende por ser tardio. Consta que desde então diversas aproximações entre as partes foram frustradas, e que o rapaz aconselhado sabe Deus por quem, queria sair a todo o custo. Quem rebobinar a época anterior, depressa constatará que tais intentos eram bem visíveis e essa falta de tenacidade perpassava a quase toda a equipa, com falta de renovação e concorrência interna. Eu próprio na actual conjuntura da indústria do futebol deixei de acreditar na receita da estabilidade do plantel, quando as diferenças de competitividade se jogam em minúsculos detalhes na preparação física, táctica e… motivacional. Mas a cor da camisola não conta nada, zero.
É assim que, perante estes factos, quer-me parecer que o negócio de onze milhões de euros e um defesa central de 1,90m não é mau de todo e que constitui uma jogada de alto risco de Pinto da Costa, tendo em conta o (mau) carácter do jogador - a ver se daqui a dois anos o menino caprichoso não dá às de Vila Diogo outra vez para… o Benfica! O único ganhador certo com este negócio foi um empresário chamado Pini Zahavi.
Bettencourt, o desajeitado presidente da direcção em quem sem alternativa credível me vi forçado a votar, depois de uma primeira época aziaga tem este ano uma decisiva prova de fogo: pela primeira vez é dele todo o desenho da estrutura do futebol, a planificação da pré-época, equipa técnica e plantel. Espero que os resultados sejam bons e visíveis em campo, que o Sporting dispute cada jogo com alma leonina. Faz-me falta essa ilusão e o entusiasmo do estádio ao fim de semana. De resto também é preciso sorte, que um bestial está à distância duma besta por uma bola na trave ou uma entorse num dedo do pé. Fazer disso julgamentos definitivos e conversa mole toda armada em rebuscada politiquice, é para mim um enorme tédio, um peditório pró qual não quero dar.
Alma até almeida e uma Imperial gelada por favor!
Percebo pouco de futebol e sempre desconfiei que há pouco mais para perceber, por mais palavras caras que usem os especialistas licenciados. Mas não: jogar à bola é arte e... feitiçaria. Não é engenharia, como está convencido Queiroz que assim conseguiu metodicamente anular qualquer chama que a equipa lusa pudesse exibir.
A nossa Selecção, para além de perder, deixou na Africa do Sul uma confrangedora imagem no nosso futebol: cinzento, medroso e triste, muito triste, como o povo que representa.
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