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“Porque nós precisamos da tua (José Sócrates) liderança, conhecimento, experiência, determinação e energia neste momento tão difícil. Mas porque nós precisamos também da tua ambição de progresso, de crescimento e modernidade. Porque nós precisamos da tua dedicação sem reservas a Portugal e aos portugueses.”
Com ruas desertas e por isso perfeitamente acessíveis para que se leve a cabo massiva operação de pinturas de zebras pedonais e outra sinalética de prevenção rodoviária numa cidade como Lisboa, que tanto carece de intervenções deste tipo — até em zonas de maior incidência humana, como a Baixa ou Belém —, o que se vê é um presidente do município fazendo entrega domiciliária de botijas de gaz, arrastando consigo imprudentemente, desrespeitando o distanciamento social que a própria autarquia recomenda, matilha de fotógrafos e «jornalistas» que não têm outro remédio senão obedecer-lhe.
A gestão autárquica duma cidade condenada ao cálculo eleitoralista, demagógico e populista — sim, claramente populista!, ou haverá outro nome para isso? — duns quantos aprendizes de feiticeiro, ávidos de ambição de poder, que a Política é outra coisa.
Enquanto não fazem disparates destes, Fernando Medina e os seus devem passar horas a fazer contas — e a desesperar — ao grosso dinheiro que o Covid-19 lhes veio tirar em receitas e taxas turísticas, deixando-os paralisados para encarar essa janela de oportunidade para trabalho efectivo em prol da cidade. Não dá para mais, como diz o outro.
E quem sabe até, a baixa dos índices de poluição que a drástica suspensão da circulação automóvel e aeronáutica veio trazer a Lisboa Capital Verde da Europa vá ainda ser esgrimada como resultado das boas práticas incentivadas pelo município, esse mesmo que tem aparado árvores a torto e a direito, sem ciência, apelo ou agravo. Tudo é possível no quadro actual...
E vamos ver se, após a lúcida liberalização do transporte público — mas quando já estava garantido o pagamento dos passes de Março —, uma vez chegado Abril e caso a população entenda (mal, mas pode acontecer, de facto) que não precisa de carregá-los, não saltarão de trás dos postes, de repente, brigadas e mais brigadas de fiscais (neste período em boa reserva domiciliária, pressume-se) a vigiar e multar quem ainda tenha de sair de casa para trabalhar ou algo irredutivelmente necessário. É que efeito político de agradar sim, mas só até certo ponto...
Vasco Rosa
Na foto, Fernando Medina com amigo doutros tempos, também ele vítima do coronavírus e de si mesmo.
Uma enorme vergonha alheia é o que se sente quando se lê esta notícia: ontem o Presidente da Câmara de Lisboa tentava fazer passar discretamente um protocolo de colaboração com uma recém-formada Associação dos Amigos dos Cemitérios de Lisboa (!), cujos corpos sociais junta um friso de insaciáveis socialistas e seus familiares – desta vez foram apanhados. A suprema lata e impunidade com que eles usurpam os escassos recursos públicos, um protocolo aqui outro ali, a ver passa à socapa e garantem mais umas rendas para a sua insaciável estirpe.
Não se indignem que não é preciso, eles são de esquerda…
Não é dia de chover no molhado, porque felizmente não cai chuva e Lisboa livra-se por isso de mais complicações do que as que já tem em matéria de trânsito.
As obras do dr. Medina não são já um teste à paciência dos lisboetas, mas um teste à sua capacidade de tolerância diante duma ocupação do espaço público por obras que avançam por toda a parte ao mesmo tempo mas sem aquela rapidez e finalização que seria desejável. Quem sabe, o motivo é demorar para que se perceba que coisas estão a ser feitas... Infantilidades políticas, irresponsabilidades de todo o tamanho...
Por exemplo, não se entende que bancos colocados entre Campo Pequeno e Entre Campos, libertos dos plásticos que os envolviam há dias, fiquem agora sujos de pó e lama sem que um único e simples operário, numa hora ou duas de trabalho, no máximo, os limpe convenientemente, do primeiro ao último!
Isso simplesmente prova que as obras decorrem sem qualquer supervisão que as obrigue a resultados efectivos e consolidados para benefício imediato do povo. Havendo direcção de obra por parte da CML, jamais seria tolerável, mais que umas horas decorridas, que os bancos que as fotografias apresentam ainda estivessem por limpar. (Mas que profissionalismo é esse?!...)
Quero ver o dr. Medina todos os dias a acompanhar a obra que deixa à Cidade para se fazer eleger (pela primeira vez), como espera conseguir. Sem isso, é um magnífico demagogo que não sente a vida do quotidiano da cidade que ele pretende governar. Ora isso...!
Vá lá com o paninho limpar os bancos — se não tiver quem o faça por si...
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