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Andaram a "vender-nos" a Holanda, que iria arrasar tudo e todos. E a Croácia - selecção-maravilha do Europeu. De caminho, apostaram na Itália, "como sempre acontece". Resignaram-se depois a vaticinar o triunfo da "imbatível" Rússia. E, enfim, garantiram que a Taça seria dos alemães, graças ao seu "poderio atlético" e à sua "incomparável disciplina táctica". Nunca os ouvi mencionar a Espanha entre os favoritos. Nem vaticinar, como técnico vencedor, o "velho" Luis Aragonés (quase com 70 anos), casmurro e obstinado, que teimou em não seleccionar o "astro" Raúl e em manter na defesa os "inábeis" Puyol e Marchena, que "toda a gente sabia" serem jogadores cheios de insuficiências.
São os especialistas em futebol cá do burgo. Falam e falam e falam e falam. Mas nunca acertam.
Não me lembro de ter torcido pela selecção espanhola, com a qual sempre embirrei. Até ontem. Espanha apresentou, sem dúvida, o melhor futebol deste Campeonato da Europa: demonstrou talento nos relvados sem deixar de ser consistente. E foi sobretudo um exemplo de determinação, com uma equipa cheia de excelentes jogadores que jogam maioritariamente nas equipas do seu país e não pecam por vedetismo (como aquele craquezito ainda em Alvalade que já dá entrevistas a dizer que "sonha" com o Manchester).
Os espanhóis mostraram um colectivo coeso e tremendamente eficaz, como já se tinha provado nos dois jogos contra a Rússia (vitórias por 4-1 e 3-0) e ao afastarem a Itália, que mesmo quando joga mal - o que acontece com muita frequência - é sempre uma selecção temível.
O espectáculo espanhol culminou na vitória de ontem, em Viena, contra a selecção alemã, que afastou Portugal do Europeu e depois eliminou a sensacional Turquia. Afinal a gabada "máquina" alemã emperrou aos olhos de milhões de espectadores: o que dela mais sobressaiu foi o mau comportamento disciplinar de Ballack, o campeão das faltas num Europeu onde o fair play e o desportivismo foram notas dominantes, a par da grande qualidade técnica da generalidade das equipas.
Este onze-base espanhol que justamente se sagrou campeão é uma das melhores selecções que vi jogar desde sempre. Com o seguríssimo Casillas, na baliza. O eficaz lateral esquerdo Capdevila. A muralha formada pelos defesas centrais Marchena e Puyol. O arrojo do lateral direito Sergio Ramos, que ontem mais parecia um extremo. O fabuloso meio-campo, em que se destaca o baluarte Senna, talvez o melhor jogador deste Europeu. Mas também Xavi e Fábregas, com os seus passes certeiros e milimétricos, e a criatividade da dupla Iniesta-Silva, que destroçou as linhas defensivas alemães, alternando lances ofensivos à esquerda e à direita. E ainda os avançados, David Villa (melhor marcador do Europeu) e Fernando Torres (autor do golo de ontem, em que demonstrou o que é um ponta-de-lança àqueles que por cá continuam a enaltecer os méritos de Nuno Gomes).
Amanhã disputa-se a final do Europeu: estou a torcer pelos espanhóis contra os alemães. Mas, lendo a imprensa desportiva portuguesa, ninguém diria que a Europa do futebol ainda mexe: os três diários da especialidade dedicaram ontem os mais microscópicos títulos das suas capas à grande vitória da Espanha na meia-final contra a Rússia, selecção que quase todos consideravam favorita. Enquanto Cristiano Ronaldo e os restantes patrícios estavam na Suíça, as parangonas patrioteiras eram de ir ao vómito; mal a turma de Scolari foi excluída, nos quartos-de-final, os "desportivos" varreram o Euro para os rodapés. A vidinha dos clubes cá da terrinha é mais importante, para esta imprensa, do que a alta roda do futebol internacional, num dos melhores certames de sempre. Nisto, como em tanta outra coisa, somos provincianos até à medula - o nosso olhar nem consegue chegar a Badajoz.
Como se esperava, passou-se do oito para o oitenta. À partida, falavam da selecção como se a vitória no Campeonato da Europa já fosse nossa antes ainda do primeiro pontapé na bola; no fim, mergulharam em depressão colectiva apesar de termos uma das oito melhores selecções do continente. Estamos ao nível da notável Croácia, que acabou eliminada também nos quartos-de-final pela Turquia (anteriormente derrotada 0-2 pela nossa selecção) num dos jogos mais emocionantes de sempre, e da excelente Holanda, que foi afastada pela surpreendente Rússia noutro jogo fabuloso. Estamos ao nível da Itália, afastada também nos quartos-de-final pela Espanha de Luis Aragonés, um técnico que nem assim merece aplauso generalizado no seu país. E melhor que a França, eliminada na fase inicial, e do que a Inglaterra, que nem sequer se qualificou.
Queriam melhor? Eu também. Mas, lamento, não saltei da euforia para a depressão. Scolari - que levou Portugal às meias-finais do Mundial em 2006 e ao título de vice-campeão da Europa em 2004 - fez um bom trabalho global. Não conheço nenhum seleccionador que tenha feito melhor que ele em Portugal. Por isso vai para o Chelsea, um clube milionário: não foi contratado, seguramente, pelos seus lindos olhos. E também por isso o cargo de seleccionador nacional é tão cobiçado. Quem vier, sabe que vem treinar uma das melhores selecções do mundo.
Evitemos as depressões, pois. Até porque a campanha para o próximo Mundial não tarda aí.
Tristezas não pagam dívidas, diz o povo e é bem verdade. Quinta feira à noite apanhei um melão de dez quilos que ainda hoje me custa a arrastar. Deixei-me embalar no entusiasmo pela selecção de Portugal, quase assenti às crianças colocar à janela aquela bandeira “verde-rubra” que veio de brinde num jornal qualquer. Agora estou ressacado da bola, estou de luto cerrado, estou vacinado, e não me venham com coisas sobre o mundial de 2010 na África do Sul que até o estômago se me revira.
O mercado persa de que falei aqui há três dias produziu efeitos. Negativos para a selecção portuguesa, como era de esperar. A nossa campanha do Euro-2008 terminou 30 segundos após o jogo contra a República Checa, quando o Chelsea anunciou a contratação de Scolari. O grau de concentração exigido em competições deste nível tornou-se impossível numa equipa que parecia sonhar mais com Madrid, Londres ou Milão do que com vitórias nos estádios suíços. A humilhação frente à Suíça (0-2) - logo desculpada na "patriótica" imprensa desportiva portuguesa, responsável por fabricar demasiados ídolos de papel - já antecipava o desaire de ontem, em Basileia, contra a selecção alemã. Pior que a derrota (2-3) foi a atitude que a selecção portuguesa revelou durante quase toda a partida, do guarda-redes à linha atacante, dando a sensação de que entrou em campo já derrotada.
A análise dos portugueses, jogador a jogador:
Ricardo - A lesão de Quim, no último treino antes do Europeu, foi um dos maiores contratempos da selecção. Porque Ricardo é, de facto, um susto na baliza - sobretudo com as suas destrambelhadas saídas dos postes. Uma delas custou-nos o terceiro golo alemão - e a derrota irrevogável de Portugal.
Bosingwa - O melhor defesa português no jogo de ontem - e um dos nossos jogadores mais inconformados. Foi batido em velocidade no primeiro golo alemão. Mas revelou-se incansável no resto da partida. Várias acções do ataque português começaram nos pés dele.
Pepe - Muito voluntarioso, mas muitos furos abaixo do que tem mostrado. Tem responsabilidades nos golos, directas ou indirectas.
Ricardo Carvalho - Raras vezes o vimos tão apagado como ontem. A superioridade atlética dos alemães não explica tudo.
Paulo Ferreira - Adaptado à posição de defesa esquerdo por falta de alternativas ao lugar, nunca teve um jogo com prestação positiva neste Europeu. Conifrmou-se ontem: intranquilo, sem vocação atacante e com falhas de marcação. Pode queixar-se de ter sido empurrado por Ballack no lance do terceiro golo: o árbitro devia ter visto mas não viu.
Petit - Teve o jogo mais difícil neste Europeu dada a inferioridade física dos portugueses relativamente aos alemães. A partida forçada de Moutinho deixou-o ainda mais desamparado como médio defensivo.
João Moutinho - Lesionou-se muito cedo. A sua substituição por Raul Meireles acelerou o desaire português.
Deco - Voltou a ser o melhor jogador da selecção. Construiu jogadas, recuperou bolas, fez passes exímios. Dele partiu o lance que resultou no nosso primeiro golo. Está num notável momento de forma. Merecia ter chegado mais longe.
Cristiano Ronaldo - Passou ao lado do que poderia ter sido um excelente Europeu para ele. Em largos momentos do jogo de ontem, parecia apático e desmotivado. Não foi feliz em nenhum lance de bola parada, o que já diz muito sobre a sua prestação. Fez o primeiro remate no golo inicial de Portugal e só por milímetros não marcou pouco depois. Mas dele exigia-se muito mais. Afinal é ou não o melhor jogador do mundo?
Simão - Demasiado errante e trapalhão em lances decisivos. Outro jogador que passou ao lado do Europeu.
Nuno Gomes - Um golo em três jogos: balanço do ponta de lança titular da nossa selecção. Merece aplauso pelo golo de ontem. Mas ficou muito aquém do que lhe era exigido.
Raul Meireles - Substituiu Moutinho. Mas nunca esteve ao nível dele, como aliás já se esperava.
Nani - Veloz e determinado, virou o jogo português mal entrou em campo, tornando o nosso ataque muito mais acutilante e esclarecido. Serviu Helder Postiga para o segundo golo depois de driblar três defesas alemães, o que é obra. Devia ter entrado muito mais cedo para o lugar do desorientado Simão.
Helder Postiga - Jogou muito menos tempo do que Nuno Gomes e marcou tanto como ele neste Europeu. O segundo golo português foi dele - de cabeça, numa execução perfeita. Mas não bastou.
Não escondo que tenho um fraco por futebol e que também sofro seriamente pela selecção do meu país. Reconheço-me inteiramente português, com as idiossincrasias inerentes, que bem se espelham através do fenómeno da bola como refere hoje o Pedro Lomba no Diário de Notícias. Também eu estou de ressaca, há quase quinhentos anos que não ganhamos nada, e já nem os castelhanos querem saber de nós.
Os bastidores da selecção portuguesa na Suíça, garantem crónicas insuspeitas, parecem um mercado persa. Cristiano Ronaldo, pressionado pela mãe, ultima pormenores da sua transferência para o Real Madrid. Miguel Veloso, uma nulidade no jogo contra a Suíça, está prestes a fechar acordo com o Milan. Deco, depois de dar um pulo a Barcelona, onde rescindiu contrato, relaxa no iate de Abramovich, seu futuro patrão no Chelsea, onde será treinado por Scolari. O empresário Jorge Mendes não tem mãos a medir com tanto contacto em agenda para os jogadores que representa. E o Europeu? Para Scolari e muitos dos seus muchachos, parece ter acabado: outros cifrões mais altos se levantam. É tempo de tirar as bandeirinhas das varandas: a avaliar por tudo isto, espera-se o pior contra a Alemanha. Quinta-feira se verá.
Valeu a pena? Não, não valeu a pena ter assistido ao mau espectáculo proporcionado ontem pela selecção B portuguesa em Basileia. Scolari - agora já com a cabeça no Chelsea - fez alterações a mais na equipa, substituindo oito titulares. Há uma diferença abissal entre a habitual linha média de luxo, com Cristiano Ronaldo, Deco e João Moutinho, e a irreconhecível turma de ontem.
A defesa esteve intranquila, o meio campo foi batido pelos suíços e a linha avançada viveu de explosões ocasionais, afundando-se a cada minuto que passava.
Teria feito bem melhor em assistir em directo ao República Checa-Turquia, que só vi em resumo: foi sem dúvida um dos jogos mais emocionantes deste Europeu.
A análise dos jogadores portugueses, um por um:
Ricardo - Foi a melhor partida do guarda-redes neste certame. Salvou dois golos certos e não teve culpa no primeiro golo suíço. Ainda se lançou bem no penálti, mas aquele remate era indefensável.
Miguel - Em má forma física, perdeu muitos duelos individuais e errou vários passes.
Pepe - Foi o nosso melhor defesa e ainda tentou o golo: um dos seu remates acabou no poste.
Bruno Alves - Tem falta de rotinas na selecção - e isso percebeu-se ontem. O primeiro golo suíço nasce de uma falha de marcação sua.
Paulo Ferreira - Teve sorte: viu apenas o cartão amarelo quando varreu o extremo suíço. O árbitro só lhe mostrou o amarelo. Scolari viu-se forçado a substituí-lo logo a seguir: adivinhava-se a todo o momento a expulsão deste lateral esquerdo demasiado nervoso.
Fernando Meira - Tem melhor físico do que Petit, mas é incapaz de dar a mesma tranquilidade à equipa. Fez um penálti desnecessário.
Raul Meireles - Uma sombra de si próprio. Arrastou-se no terreno sem revelar qualquer utilidade.
Miguel Veloso - Talvez a pior exibição entre os portugueses. Nada lhe saiu certo.
Quaresma - Teve alguns lances de rasgo, todos na primeira parte. Mas abusou do exibicionismo saloio e dos protestos perante a equipa de arbitragem. Agrediu um suíço: o árbitro não viu mas a televisão mostrou. Tem boa técnica mas ainda está a milhas de ser um grande jogador de nível internacional, como Cristiano Ronaldo. As coisas são o que são.
Nani - Foi ontem o melhor elemento português, provando que - ao contrário de Quaresma - merece ser titular. Atirou uma bola ao poste, serviu muito bem Postiga duas vezes e foi carregado em falta na grande área suíça. Um penálti que o árbitro deveria ter assinalado.
Helder Postiga - Mais inconformado e veloz do que Nuno Gomes, marcou um golo em posição legal muito mal anulado pelo árbitro. Na segunda parte, caiu fisicamente e psicologicamente.
Jorge Ribeiro - Substituiu Paulo Ferreira. Intranquilo e faltoso, teve o mérito de arriscar várias incursões ofensivas no seu flanco.
João Moutinho - Scolari castigou o ineficiente Veloso mandando entrar Moutinho para o seu lugar. Mas naquela altura já ninguém conseguiria salvar a equipa do desastre.
Hugo Almeida - Substituiu Postiga. Mal se deu por ele.
Ao contrário do que sucedeu contra os turcos, contra a República Checa a selecção portuguesa só passou a dominar o meio campo - e, desta maneira, dominando o jogo - a partir da segunda parte. A primeira metade foi um festival de bolas perdidas e passes errantes - como se os jogadores lusos já soubessem que Scolari os trocará pelo Chelsea mal termine o Euro 2008. Na segunda metade, o predomínio português foi total: voltou a imperar o jogo colectivo e a nossa superioridade técnica. Uma vez mais, impressionou a condição física dos portugueses, que terminaram o jogo muito menos cansados do que os exaustos checos.
A análise dos jogadores, um por um.
Ricardo - Continua a ter momentos de intranquilidade. Mas entre os postes é atento e seguro. Evitou um golo checo com uma defesa soberba.
Paulo Ferreira - Não é defesa esquerdo de raiz: isso notou-se muito na primeira parte, quando os seus cruzamentos foram poucos e maus. Melhorou no segundo tempo.
Pepe - Desta vez não marcou um golo. Mas tentou. Foi sempre o mais inconformado dos defesas, procurando empurrar a equipa para a frente. Pura classe a jogar.
Ricardo Carvalho - Mourinho quer levá-lo para Milão. Não admira: é um dos melhores centrais do mundo. Forma um sólido duo defensivo com Pepe, como ontem voltou a ver-se.
Bosingwa - Seguro na defesa e muito veloz nas acções defensivas pelo flanco direito. Apoiou bem o ataque.
Petit - Esteve muito em jogo mas pareceu um dos portugueses mais inseguros na primeira parte. Teve uma falha de marcação que permitiu o golo checo. Mas nunca baixou os braços.
João Moutinho - Um prodígio. De entrega ao jogo, de construção de lances ofensivos, de rigor táctico e de execução técnica. Voltou a ser um dos melhores portugueses.
Deco - Pepe foi o melhor contra os turcos, Deco foi o melhor contra os checos. Marcou um golo, deu outro a marcar, foi o patrão do meio campo português. Está em óptima forma: os dias maus em Barcelona ficaram para trás.
Cristiano Ronaldo - Ao trocar de flanco com Simão, sacudiu a férrea marcação a que esteve sujeito, soltando-se. Percebia-se há muito que estava com vontade de marcar. E marcou mesmo: um excelente remate rasteiro frente à baliza checa, a passe de Deco. Ofereceu o terceiro golo a Quaresma, confirmando que o anterior Cristiano Ronaldo, muito individualista, deu lugar a um atleta maduro.
Simão Sabrosa - Pareceu acusar o toque de que foi alvo no jogo anterior. Esforçado, como sempre, mas sem a exibição de nível revelada contra os turcos.
Nuno Gomes - Portugal marcou três golos - e nenhum foi dele. Desta vez revelou pior pontaria: não conseguiu acertar no poste. Melhor momento: aquele em que saiu de campo, cedendo a braçadeira de capitão.
Meira - Substituiu Moutinho, quando Portugal ganhava 2-1, o que fazia augurar um recuo dos portugueses. Felizmente isso não aconteceu.
Hugo Almeida - Substituiu Nuno Gomes. Deu-se pouco por ele.
Quaresma - Um dos regressos mais aplaudidos pelos milhares de portugueses que assistiam ao jogo em Genebra. Entrou e... marcou. Mas o golo foi-lhe oferecido por Cristiano Ronaldo - uma lição de humildade que Quaresma só ganharia em aprender.
Nunca temi pela vitória. Mesmo assim, esperava mais dos turcos e menos dos portugueses. Afinal a Turquia foi um fiasco: claramente inferior à nossa selecção do ponto de vista técnico e táctico - e até físico, pois vários deles acabaram o jogo de ontem, em Genebra, à beira do esgotamento. Portugal, ao contrário do que alguns dos nossos habituais "especialistas" garantiam, apresentou um conjunto coeso, disciplinado, muito concentrado, sem vedetismos. A defesa foi sólida, o meio-campo impôs-se sempre aos turcos e a linha avançada só revelou a habitual carência de um ponta-de-lança eficaz (Nuno Gomes está muito longe de o ser).
Segue a análise da selecção portuguesa, jogador a jogador:
Ricardo - Não evita as habituais fífias quando tem de sair dos postes. Ontem teve duas, felizmente sem consequências para a nossa equipa, dada a ineficácia dos atacantes turcos. A súbita lesão de Quim, no último treino da selecção, foi uma péssima notícia para Portugal.
Bosingwa - Uma das melhores exibições da selecção portuguesa num sector ontem sem falhas. Foi eficaz nos desarmes e nos passes. Dá segurança à equipa.
Pepe - O melhor jogador da nossa selecção. Pareceu, desde o início, o mais inconformado com a ausência de golo que já tardava. Marcou um, invalidado devido a um milimétrico fora-de-jogo. Mas à segunda foi de vez. E que golo: um prodígio de técnica, com uma simulação perfeita ao guarda-redes turco, só ao alcance de um fora-de-série.
Ricardo Carvalho - Outro defesa que dá imensa tranquilidade à equipa. Ricardo Carvalho esteve ao nível das suas grandes exibições no Euro-2004 e no Mundial-2006, integrando-se várias vezes em jogadas ofensivas.
Paulo Ferreira - Adaptado a defesa esquerdo, não comprometeu. E foi à dobra dos seus colegas mais do que uma vez, revelando um alto grau de concentração. Pode e deve ser mais ousado nas manobras ofensivas.
Petit - Longe da sua melhor forma, em termos físicos, compensa esta quebra com a sua força anímica. Cumpriu bem a missão que lhe estava destinada: ser o mais defensivo dos nossos médios.
João Moutinho - Incansável. Grande parte dos lances ofensivos portugueses passaram por ele. Teve um papel fundamental no segundo golo: numa fracção de segundo, fez uma fabulosa rotação frente à baliza turca, servindo com êxito Raul Meireles.
Deco - Parece ter voltado à boa forma de outros tempos. Continua insuperável na leitura de jogo a meio-campo e na precisão do passe. Ontem fez dois (para Simão e Moutinho) que podiam ter dado golo.
Cristiano Ronaldo - Muito policiado. Cada vez que tocava na bola, tinha logo dois defensores turcos a cercá-lo. Mesmo assim, ganhou diversas jogadas individuais. Mandou uma bola ao poste na conversão de um livre.
Simão Sabrosa - Uma grande primeira parte, em que esteve sempre em jogo: Portugal conduziu praticamente todos os lances ofensivos pela ala esquerda, onde Simão se movimentava. Sofreu uma falta na segunda parte que o deixou debilitado fisicamente, acabando substituído a dez minutos do fim.
Nuno Gomes - Um pouco mais inspirado do que habitualmente, o capitão da selecção continua a ter mais vocação para rematar ao poste do que para o golo. Ontem a pontaria esteve afinada: conseguiu acertar duas vezes na madeira.
Nani - Substituiu Nuno Gomes, colmatando o défice de jogadas ofensivas pela ala direita. Pareceu demasiado ansioso, talvez por querer mostrar que tem valor (e tem, de facto) para ser titular da selecção.
Raul Meireles - Scolari mandou-o entrar para o lugar de Simão. Entrou com uma estrelinha: marcou o segundo golo, que garantiu o primeiro lugar de Portugal no grupo A.
Fernando Meira - Substituiu Deco, mesmo à beira do fim. Só para queimar tempo.
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