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A segurança das pessoas é importante mas tudo tem os seus limites. A verdade é que os novos métodos utilizados, em concreto os novos scanners corporais em uso nos aeroportos dos EUA, e também já no Reino Unido, têm causado enorme controvérsia. Estes equipamentos permitem visualizar os cidadãos como se estivessem despidos e encontram-se em funcionamento pleno desde o início do corrente mês. Os passageiros que se recusam à referida passagem pela máquina são apalpados por agentes do mesmo sexo mas verificam-se já situações em que tal não acontece sendo as revistas conduzidas por pessoas do outro sexo. Acresce que estes novos procedimentos de segurança, adoptados por causa da ameaça terrorista, estão a levantar uma onda de protestos na população americana até porque que, contrariando aquelas que foram as declarações públicas das autoridades norte-americanas no que respeita à não gravação de imagens de pessoas, a verdade é que imagens de cem pessoas submetidas a scanners corporais nos EUA foram divulgadas recentemente no site Gizmodo.
De acordo com uma investigação levada a cabo pelo portal, os agentes norte-americanos da TSA terão arquivado 35 mil imagens de forma "imprópria e talvez ilegal", prática esta que já foi admitida como tendo decorrido na realidade. Nos EUA, foi lançada uma campanha que apela aos cidadãos para não viajarem nas férias de Natal. "We wont't fly" (Nós não voaremos) é o mote da campanha que surgiu na Internet, contra os scanners. Veja toda a controvérsia no vídeo que publicamos e as situações mais escandalosas aqui e aqui.
Não tinha grandes dúvidas sobre esta intenção. Só que a mesma, até ao momento, não fora publicamente confessada pelos seus pensadores. Agora, sem qualquer pudor, o "reformado" ditador e líder líbio Muhammar al-Khadafi desencadeou uma acesa polémica em Itália depois de realizar em Roma dois encontros com meio milhar de italianas para as tentar converter ao islamismo. "O que aconteceria se um líder europeu fosse à Líbia ou a outro país islâmico e convidasse as pessoas a converterem-se ao cristianismo?", perguntava ontem o jornal ‘Il Messagero’. De acordo com a notícia assinada por F. J. Gonçalves no jornal "Correio da Manhã", a cada uma das participantes, recrutadas por um agência, foram prometidos 70 euros e um exemplar do Corão. Sara Perugini, de 19 anos, afirmou que Khadafi "foi simpático e agradável". Disse também que um par de jovens abandonou a sala considerando aquilo um disparate. Os encontros decorreram no centro cultural da Líbia, em Roma, tendo na sessão de domingo sido formalizada a adesão ao islamismo de três jovens convertidas por Khadafi num encontro idêntico realizado em 2009.
"Entre nós as mulheres são mais respeitadas que no Ocidente", defendeu Khadafi, adiantando ainda que o Islão "deve tornar-se a religião de toda a Europa".
A Imprensa acusou o primeiro-ministro Berlusconi de sacrificar os princípios e a dignidade do país em nome dos negócios. "O interesse nacional não justifica que alguém aceite ser anfitrião de tais palhaçadas e actos grotescos", lê-se no editorial do ‘La Stampa’. Gianfranco Fini, ex-aliado de Berlusconi, afirmou, por seu lado, que "a Itália é a Disneylândia de Khadafi".
Mas na Europa a resistência parece começar a surgir. Os opositores da crescente islamização do "Velho Continente" unem-se à volta de Geert Wilders, Presidente do Partido da Liberdade da Holanda. Este, em recente comício em Nova Iorque, afirmou: "All throughout Europe a new reality is rising: entire Muslim neighborhoods where very few indigenous people reside or are even seen. And if they are, they might regret it. This goes for the police as well. It's the world of head scarves, where women walk around in figureless tents, with baby strollers and a group of children. Their husbands, or slaveholders if you prefer, walk three steps ahead. With mosques on many street corners. The shops have signs you and I cannot read. You will be hard-pressed to find any economic activity. These are Muslim ghettos controlled by religious fanatics. These are Muslim neighborhoods, and they are mushrooming in every city across Europe . These are the building-blocks for territorial control of increasingly larger portions of Europe , street by street, neighborhood by neighborhood, city by city." Tudo isto enquanto nos Estados Unidos a polémica continua e aumenta de tom à medida em que o processo de construção de uma mesquita em terrenos próximos do WTC parece ir ser efectivamente aprovado... Difíceis e perigosos tempos estes que correm em que tudo está verdadeiramente em causa...
Sabe-se que nos Estados Unidos a polícia tem de lidar com diversos tipos de criminalidade, entre eles alguma muito violenta. Tal não é manifestamente o caso da cena visível nestas imagens em que um polícia foi gravado no momento em que esmurrou na cara uma jovem de 17 anos que estava a deter numa rua da baixa de Seattle. É mais um triste caso exemplificativo de muita da violência policial desnecessária que existe nos EUA mas que, desta feita, foi filmado ao vivo para espanto de muitos dos presentes.
Discordo deste texto de João Galamba, em Jugular. O autor defende a tese de que Obama está limitado pela anterior administração: “acção condicionada por políticas passadas”. Diz João Galamba que “a única influência bushiana nas políticas actuais é o seu legado (negro) e não qualquer tipo de visão ideológica”, frase que se aceita em parte, mas que dava pano para mangas.
Claro que o autor fala sobretudo da questão de Guantánamo, não se percebendo nesta tese a razão da Casa Branca ter uma posição diferente da do Congresso democrata. Ao contrário do que sugere João Galamba, acho que se pode dizer que Obama “recuperou” um tipo de solução para lidar com o problema dos prisioneiros de Guantánamo, portanto, não se “limita a ter de lidar com uma situação táctica que lhe foi deixada”. Podíamos dizer o mesmo sobre a guerra do Afeganistão, onde aliás a táctica certa ainda não está bem definida. Diria que a própria estratégia parece algo incerta.
A meu ver, este artigo revela o crescente incómodo dos observadores de esquerda que não compreenderam um aspecto das últimas eleições presidenciais americanas: Barack Obama não era um candidato revolucionário que iria trazer rupturas ao sistema, mas sim um reformista que se propunha fazer coisas bem pragmáticas. Apesar da retórica, na América não há cortes abruptos, mas melhoramentos. A mudança não tem a ver com a alteração do modelo e inclui sempre o elemento da continuidade. Obviamente, Obama não é sequer parecido com Bush ou Cheney (talvez a pior dupla da história americana), mas muitas das suas políticas serão idênticas porque o que está ali em causa é o interesse prático dos Estados Unidos.
A dupla Obama-Biden enfrenta neste momento uma das suas primeiras provas de fogo. O Quirguistão, uma antiga república soviética, fechou uma base americana do seu território: a base de Manas.
A base é fulcral para a guerra no Afeganistão, que é o centro das atenções de Obama ao nível externo. Segundo diz a administração Obama, o encerramento foi devido à pressão exercida pela Rússia e começa a ser visto como uma afronta.
O medo de uma nova guerra fria está a surgir e Obama vai ter de escolher entre a guerra com o Afeganistão e a paz com a Rússia. Can he handle it?
Mudar o quê? Mudar para quê? Barack Obama encheu a boca e o seu cardápio de promesas com a palavra “mudança”. Prometeu não só mudar os Estados Unidos, mas também o mundo. Parece-me tarefa demasiado ambiciosa para um indivíduo só. Além disso, o tempo dos homens providenciais já passou – e não deixou saudades. Em vez de prometer grandes passos e apregoar grandes metas tendencialmente utópicas, como garantir os serviços básicos de saúde gratuitos a cada cidadão norte-americano, Obama podia começar por etapas mais curtas e concretas. Fechar a prisão militar em Guantánamo, por exemplo. Nada mais simples, nada mais emblemático. John McCain, se tivesse ganho, começaria muito provavelmente por aqui. Obama ganhou. É bom que comece por aqui também.
Hillary Clinton, nova secretária de Estado de Barack Obama
O discurso de Barack Obama na hora da vitória. Na íntegra aqui.
Barack Obama, enquanto dirigente político, deixou de pertencer ao mundo abstracto que o vinha aclamando há meses. Passou a pertencer aos eleitores concretos que ontem o elegeram.
Na terra dos milagres, quem ganha uma aura messiânica consegue tudo. Até ao fim ficámos todos sem saber o que na hora da verdade se revelaria mais forte, se os preconceitos raciais que minam as terras do Tio Sam, ou o desejo de tornar realidade mais um sonho americano. Venceu o sonho. Ainda bem. Os americanos adoram surpreender-se e surpreender o mundo com histórias como esta.
Agora falta a Obama “the hard part”, como lhe chamou o New York Times. E é gigantesco o caderno de encargos do novo presidente dos Estados Unidos, como se pode ver aqui.
Um homem digno derrotou outro homem digno numa das mais emocionantes campanhas eleitorais de sempre. Barack Obama, o filho de um imigrante do Quénia, ascende ao mais elevado cargo político do planeta numa prova viva do que é o sonho americano: quem vem do nada pode ambicionar tudo. Em nenhum dos países europeus que gostam de dar lições de moral e de correcção política aos Estados Unidos uma eleição destas teria sido possível.
Para acompanhar a longa noite eleitoral na América venham aqui.
Barack Obama lidera as sondagens, mas até ao momento ninguém vaticina com inabalável segurança a vitória do candidato democrata à Casa Branca. Que, se vier a confirmar-se, lhe confere logo à partida um lugar na História – por ser o primeiro descendente de africanos a ocupar a Presidência dos Estados Unidos.
No momento em que, segundo todas as sondagens, os Estados Unidos se preparam para eleger o primeiro Presidente com raízes africanas, vale a pena determo-nos um pouco sobre um dos melhores romances editados na última década, que nos fornece o pano de fundo desta América aparentemente recém-convertida à harmonia racial. O romance intitula-se A Mancha Humana (The Human Stain, 2000), foi escrito por Philip Roth, um dos grandes ficcionistas da actualidade, e fala-nos da mais insidiosa forma de racismo: a que faz um indivíduo sentir vergonha do seu próprio tom de pele.
À beira do fim do mandato, George W. Bush confirmou a sentença de morte de um militar – o primeiro a ser executado desde 1957 nos Estados Unidos, onde é necessária a expressa autorização presidencial para consumar uma sentença capital de um membro das forças armadas, tenha cometido o crime que tiver. Bush desenterra assim uma tradição que estava suspensa desde o mandato do Presidente Eisenhower, o último militar a habitar a Casa Branca.
"A intervenção do Estado é necessária para proteger a economia de um risco excessivo", declarou o Presidente Bush, ladeado pelo presidente da Reserva Federal norte-americana e pelo secretário do Tesouro, ao anunciar a criação de um fundo estatal - no valor de centenas de milhares de milhões de dólares - para adquirir os activos incobráveis dos bancos que ameaçavam falência nos Estados Unidos. O plano mereceu o pronto aplauso do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama.
Há meses assim, em que os nossos queridos ultra-liberais nem deviam sair à rua...
Se fosse feia e tivesse mais dez anos (creio que não seria necessário envelhecê-la mais), enfim, se ao lado de McCain não parecesse ainda uma menina e se essa circunstância, somada à sua desenvoltura e beleza não fizesse dela “uma gracinha”, nesta recta final das eleições americanas McCain já estaria arrumado.
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óptimo, pode alargar a área de fogo controlado par...
Maria,num terreno da minha família foi o Estado qu...
a ideia de que é impossível juntar várias parcelas...
Não sei responder
Se o pagamento é feito contra a demonstração de qu...