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Tendo em conta a grave conjuntura que atravessa o país e o aparente esgotamento da solução socialista, a eleição de Pedro Passos Coelho como novo líder do PSD não pode ser indiferente a ninguém: são fortes as probabilidades dele vir a substituir José Sócrates ao bastante emperrado leme deste País. Não sendo plausível nos dias d'hoje que a simples força dum homem consiga per si endireitar a nossa Nau, o facto é que também ainda não se tornou clara da parte do novo líder a definição dum rumo minimamente distinto daquele que tem vindo a ser vogado nas últimas décadas. Na minha opinião, a matriz de continuidade exibida por Passos Coelho surge como um decisivo apelo à mobilização e reorganização dum espaço claro de ruptura à direita: uma bipolarização que no mínimo abre um decisivo espaço à direita, sinal que eu espero o CDS saiba interpretar. Há um país cansado da propaganda e da pouca vergonha das clientelas que constituem a havida plutocracia reinante. Uma vez mais, a simples mudança de estilo não significa o tão propalado virar de página, o “fim do regime”.
O líder distrital do PSD/LIsboa, que ainda há dias defendia uma candidatura de Alberto João Jardim à presidência do partido, acaba de anunciar o apoio a Pedro Passos Coelho.
A isto chamo sobranceria. E arrogância. Haverá quem se admire. Eu não: é só mais do mesmo.
Pode ser acompanhada aqui.
Depois deste monumental passo em falso, que lhe valeu inúmeras críticas, Manuela Ferreira Leite veio enfim esclarecer que sempre votou PSD - incluindo, pressupõe-se, nas últimas legislativas. Fez bem em dissipar dúvidas. Até por este motivo: quando o eleitorado acorreu às urnas em Fevereiro de 2005 julgou não só os sete meses de mandato de Pedro Santana Lopes como primeiro-ministro mas também os dois anos e meio anteriores, quando o chefe do Governo era Durão Barroso e a ministra de Estado e das Finanças se chamava... Manuela Ferreira Leite.
Santana foi duramente penalizado pelos eleitores que então julgaram a legislatura interrompida por decisão de Jorge Sampaio? Certo. Mas o voto nos socialistas, que alterou o ciclo político, penalizou também Durão e Manuela. O fracasso governativo do PSD, convém recordar, não se circunscreveu a sete meses.
Quem recusa responder a uma pergunta destas, recusará responder a qualquer pergunta. Por mim, fico esclarecido. Agora mais que nunca.
Aos militantes do PSD que em breve vão ter que escolher o seu novo líder e, quiçá, o futuro líder de todos nós, após mais uma Carne Assada Tour dedico este pensamento de Santo Agostinho: “... nem se deve pensar que uma coisa é verdadeira porque dita com eloquência. Nem falsa porque enunciada sem harmonia. Nem também verdadeira só por ser proferida rudemente. Ou falsa porque a linguagem é rica. Sabedoria e tolice são como alimentos saudáveis ou maléficos. Frases simples ou pomposas são como pratos elegantes ou rústicos; qualquer espécie de iguaria pode ser servida em qualquer qualidade de prato”
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Faltou acrescentar que não está só no jogo do "val...
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