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Ainda a respeito das desgraçadas declarações de Cavaco Silva sobre as suas reformas, Ricardo Costa assumido céptico das novas plataformas de comunicação, ontem na SIC Notícias atribuía a profusão de vitupérios publicados nas redes ao lado perverso da utilização do Facebook. Compreende-se e respeita-se o seu conservadorismo, mas o director do semanário Expresso incorre no erro vulgar de confundir a mensagem com o mensageiro, o conteúdo com a ferramenta que afinal não é um fim em si mesma. O problema do presidente ou do seu gabinete, nunca foi, antes pelo contrário, o da utilização da popular rede social como veículo de proximidade com os cidadãos, mas o conteúdo da sua intervenção por sinal feita e em directo para as camaras e microfones dos media tradicionais. Julgo até que Belém, definitivamente beneficia do fenómeno Facebook que permite a ilusão de proximidade a mais de dois milhões dos seus utilizadores activos ao desabafarem, manifestarem as suas razões e emoções ao mais alto magistrado da nação na respectiva página pessoal, esvaziando assim "a rua", essa sim um palco tradicionalmente determinante na estabilidade dos regimes. De resto o problema foi a extraordinária aselhice com que Cavaco comprou uma ruidosa e evitável borrasca... virtual.
Publicado originalmente aqui
Cavaco Silva tem feito mais pela Causa Monárquica do que os seus antecessores, todos eles mais ou menos medíocres, cujo cargo sem dignidade e basicamente inútil não ajuda. Para a "má imprensa" que o presidente ostenta, contribui não só a sua proverbial aselhice, mas a sua explosiva matriz provinciana e conservadora. Algo que curiosamente constitui uma afronta, principalmente à cultura esquerda caviar predominante.
*O video, uma reportagem do cerimonial da Páscoa militar no palácio real do Reino de Espanha evidencia a importância do Chefe de Estado, (basta verem os últimos segundos).
Suspeito que Cavaco Silva nunca julgou vir a exercer um mandato como este que lhe saiu na rifa. Porventura julgou que os seus currículo, idade e queixo empertigado lhe confeririam estatuto suficiente para gerir a presidência como “habitualmente”. A vida como habitualmente é coisa finada. Acontece que o seu mandato está armadilhado, não só pelas contradições da arquitectura do semipresidencialismo tuga, mas por um estado de emergência que conduzirá o País, de ajustamento em ajustamento, a um ensurdecedor ambiente pré-revolucionário. Conceda-se que a prestação de Cavaco não é pior do que a do seu comovido antecessor, de tão boa imprensa. O Dr. Sampaio é um caso paradigmático de como uma série de aleatórias coincidências da agenda política elevam um advogado não particularmente talentoso ao cadeirão de Belém, atribuindo-lhe o direito a umas indulgentes referências nos rodapés da História e a uma tela a óleo pendurada nos corredores do palácio.
Ontem, Cavaco, velha raposa keynesiana, penhorado filho dos tempos dos fundos sociais e de coesão que o catapultaram, não resistiu à tentação de se demarcar do amargo destino que nos espera e dos actores que se vêem obrigados ao trabalho sujo de controlar os danos deste caótico fim de festa. No fundo, Cavaco também nos vem acenar que há vida para lá do deficit: um conhecido vício socialista e um vírus impregnado nos reposteiros de Belém. Para já, tirou a cabeça do cepo, mas está indelevelmente marcado como déspota de “Versalhes”.
Já tínhamos vislumbrado os abutres a pairar em volta desta nossa Nau adornada, e sabemos como os ratos são sempre os primeiros a escapar. De resto, honradez não é uma qualidade de “direita” ou de “esquerda”, é simplesmente rara.
Não gosto de unanimismos. Assim, foi pasmado que assisti ontem ao debate entre jornalistas na SIC Notícias sobre a inédita entrevista ao presidente da república. Um "debate" entre jornalistas tem, salvo raras excepções, o condão de exibir uma fastidiante consonância corporativa. Assim, nenhum dos convidados fez o mais pequeno esforço por disfarçar a sua antipatia "de classe" para com o personagem, sendo que os esgares de ressentimento de António José Teixeira pareceram-me até despudorados. Deste fenómeno de unanimidade, que se evidencia pelo menos desde que se começou a adivinhar a inevitável a reeleição de Cavaco, o que me aflige mesmo é a dificuldade dos jornalistas tirarem daí as devidas ilações: o modelo semipresidencialista remete-nos para uma mistificação a respeito dos poderes e isenção do cargo. Um mito benigno para os da sua facção, maligno para os seus detractores, trágico para a Nação. Ou seja, a falta de uma Chefia de Estado orgânica é bem mais grave quando o país se acerca do olho do furacão e carece como nunca dum sólido símbolo de unidade.
Muitos políticos portugueses gostam de dizer "lá fora" aquilo que "cá dentro" reprimem diariamente. No fundo foge-lhes a boca para a verdade. Quando se apanham longe da terra-mãe, "libertam-se". Foi assim que os nossos conhecidos Mário Lino e José Sócrates fizeram declarações apaixonadas relativamente ao seu ideal "ibérico". Foi também assim com outros tantos nossos patrícios. Mas ontem fomos surpreendidos por uma declaração pública de um ex-Primeiro-Ministro e actual Presidente da República, pretensamente reelegível à primeira volta nas eleições de Janeiro: Aníbal Cavaco Silva. Falando na Argentina, mais concretamente em Mar de Plata, o putativo candidato presidencial afirmou que escreveu com sete anos de antecedência aquilo que agora está acontecer em Portugal no domínio da economia, tendo então alertado para a importância das apostas na competitividade e aumento de produção.
Cavaco Silva assumiu esta posição perante os jornalistas, antes de participar na XX Cimeira Ibero-Americana, em Mar del Plata, na Argentina, onde também está presente até sábado o primeiro-ministro, José Sócrates.
"Há muito tempo que aponto o rumo que Portugal tem de seguir para conseguir enfrentar as dificuldades. Logo em 2003, quando publiquei um texto intitulado 'Dores de cabeça', escrevi com sete anos de antecedência aquilo que está a acontecer hoje em Portugal", disse.
Esta afirmação é tão mais estranha e grave quanto se dá o "pequeno pormenor" de Cavaco ser o político profissional com mais anos de poder em Portugal. E que, depois de vários anos de chefia do Governo, acrescentou, mais tarde, a presidência do mais alto cargo da Nação, sempre no desempenho da mais completa cooperação institucional de que há memória na história lusa. Para quem está há tanto tempo à frente do País, o mínimo que se esperava era que Cavaco Silva medisse as palavras e tivesse um mínimo de consideração pela inteligência de muitos dos seus potenciais eleitores. Nomeadamente aqueles que, entristecidos é certo, ainda se darão ao luxo de ir votar no candidato Cavaco na próxima Primavera. Mas, infelizmente, o tão apregoado bom-senso de outras ocasiões parece estar definitivamente arredado para as bandas de Belém. É pena.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, dirigiu uma mensagem de felicitações à Presidenta eleita do Brasil, Dilma Rousseff, vencedora das eleições realizadas ontem realizadas naquele país.
É o seguinte o teor da mensagem do Presidente Aníbal Cavaco Silva:
Ponto prévio: por uma questão de objecção de consciência abster-me-ei na disputa presidencial de Janeiro. Dito isto, gostava de dizer que considero Cavaco Silva simboliza o lado idílico daquilo que a república tem para nos oferecer: a ascensão duma pessoa de origem social modesta e geograficamente periférica ao topo da hierarquia do Estado. Em última análise esta ascensão personifica a consumação do mais alto desígnio duma democracia, bandeira antes tão querida duma Esquerda que hoje é dominada por uma casta aburguesada e pretensiosa que adivinha em Cavaco as suas envergonhadas origens rústicas, um Portugal real que desprezam por complexos sociais. Depois, parece-me injustificado o rancor ao presidente corporizado por uma certa direita que projecta as suas frustrações para a pessoa do presidente, quando o problema quanto muito está na natureza do cargo, que considero basicamente inútil. Bem que eu gostaria de perceber em que se consubstancia esse famigerado “magistério de influência”: imaginem os problemas de consciência e hesitações com que o José Sócrates se foi debatendo de cada vez que saia dos seus encontros em Belém…
Por estas razões confesso que me custa ter de aturar o circo que agora se levanta, as polémicas estéreis e promessas vãs, os recursos e energias inúteis que este País à beira da falência se prepara para desbaratar. O Presidente da república é cargo de fraco valor simbólico, um árbitro recrutado a uma das equipas a quem houve a sensatez de retirar o apito e os cartões para não chatear muito. De resto espera-se que esta farsa insana pela nossa saudinha se decida à primeira volta, pois que se houver segunda eu emigro.
Aníbal Cavaco Silva, o putativo candidato a Presidente ou o Presidente-candidato fala(?!) ao País no próximo dia 26, sem assunto mas, presumindo-se, ainda que sem comentários, porque o Presidente nunca os faz, que o monólogo(?), ou será diálogo(?), do CCB possa ter em vista a possível ou eventual recandidatura à Presidência da República. É só uma possibilidade, na verdade, já que, não se sabendo qual o motivo para serem chamados, os jornalistas e os portugueses em geral terão de lidar com um tabu quase mais intrigante que o de se saber se o PSD vai ou não viabilizar o Orçamento para 2011.
Sinceramente, e agora a sério, era altura de haver um pouco mais de respeito para com as pessoas, os Portugueses em geral ou pelo menos, alguns que ainda possam, mesmo que remotamente, estar interessados naquilo que o candidato (ou será o Presidente) lhes quer dizer à hora do jantar.
É assim tão difícil dizer "ao que se vai"? Custa assim tanto? É que começa a ser verdadeiramente tortuoso ter de ouvir, sistematicamente, o mesmo tipo de discurso quando se pretende dizer algo às pessoas, ainda que seja visível que a vontade de comentar qualquer facto relevante da vida política nacional é, na verdade, muito pouca. Que estratégia de comunicação mais complexa esta...
Parecia uma encomenda. A entrevista de Freitas do Amaral hoje ao Expresso a propósito das eleições presidenciais trouxe-nos, momentaneamente, de volta o velho Professor com o famoso sobretudo loden verde do tempo da sua campanha presidencial de 1985. Para Freitas do Amaral, Cavaco Silva tem sido "um Presidente francamente bom, na melhor tradição constitucional portuguesa". Considera que "fez sempre o melhor para o país e que nesta altura é o melhor candidato a Belém, tendo em conta a conjuntura que Portugal atravessa". Por estas e outras razões, o histórico do CDS-PP e ex-ministro de José Sócrates garante que apoiará Cavaco Silva sem condições, caso o antigo primeiro-ministro se recandidate. Não deixam de ser curiosas estas declarações por parte de quem, nos últimos anos, foi mestre nas "cambalhotas políticas", renegou o passado e apoiou entusiasticamente o Governo do Engenheiro Sócrates. Agora, como quem não quer a coisa, tenta reassumir o seu posicionamento original para, sem sucesso é certo, tentar convencer largas centenas de almas que por aí se afirmam desalinhadas da recandidatura do actual PR. Será que Cavaco não percebe que este tipo de "números", especialmente vindos de quem vêm, só o desacreditam e não lhe trazem um votito que seja ao centro e à direita, áreas estas que Freitas, supostamente, representa (?).
O lobby nuclear foi recebido por Cavaco Silva. Com Portugal decididamente voltado, e bem, para as energias renováveis — com todas as vantagens para o ambiente e a economia nacionais —, o Presidente da República, à falta de outras preocupações mais "terrenas" e prioritárias, entretém-se a receber o lobby do nuclear, aqui representado pelos subscritores do auto-intitulado Manifesto “Energia para Portugal - por uma nova política energética”. Para fim de mandato e com uma recandidatura à porta, é sem dúvida uma iniciativa ajuizada e diz muito sobre o que será (?) o próximo mandato do "mais alto magistrado da Nação"...
As jornalistas autoras da peça costumam ser pessoas bem informadas. A edição de hoje do Diário de Notícias revela, no fundo, aquilo que se sente "no terreno". Escreve o diário que "a direita católica e a conservadora não desistiram de encontrar um candidato alternativo a Cavaco Silva. Bagão Félix e Pedro Santana Lopes continuam a ser as duas mais fortes hipóteses para estes sectores. Uma coisa é clara: a Igreja não perdoa ao actual Presidente da República a promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que tem sido apelidada de "pirueta da triste figura".
E prossegue o texto: "Os sacerdotes acusam-no de ter arranjado duas razões falsas para aprovar o diploma. A primeira é a sua justificação ser "ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não podemos distrair-nos com este tipo de debates!" - refere o texto-base que percorre a Igreja. A crise, afirmam, "é de valores". Pelo que rejeitam também a tese de que o Parlamento voltaria a aprovar o diploma, tornando inevitável a promulgação. E a própria Igreja lembra aos fiéis, que também são eleitores, que o Presidente até poderia "dissolver a Assembleia". Acresce que a avaliação que vários sectores políticos fazem do mandato de Cavaco é negativa, não tendo o discurso presidencial do 10 de Junho ajudado em nada a mudar esta avaliação. Fontes contactadas pelo DN não gostaram de ouvir Cavaco dizer que o "País chegou a uma situação insustentável". Consideram que ele tinha poderes para actuar e não apenas para "avisar".
A dúvida parece agora colocar-se entre quem será o candidato alternativo. Pedro Santana Lopes, com os apoios que tem recebido ao longo das últimas semanas para protagonizar ele próprio uma candidatura alternativa à de Cavaco Silva ou Bagão Félix, também desejado por alguns sectores.
Cavaco Silva, ainda que involuntariamente, parece cada vez mais apostado em desbaratar crédito junto dos seus potenciais eleitores. O seu apelo de ontem para que os Portugueses passem férias... cá dentro, a fazer fé, pela leitura de muitas centenas de comentários na net, teve o alcance contrário ao pretendido e apenas despertou as mágoas e ódios adormecidos. É que se os Portugueses mal têm dinheiro para as despesas mensais e metade deles não vai sequer de férias e vem o Presidente falar-lhes disso... Será que Cavaco não quer mesmo ser reeleito?
* Palavras de Pedro Santana Lopes sobre Cavaco Silva e a promulgação da lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. «Portugal precisa de um Presidente mobilizador, com uma leitura dinâmica da Constituição da República, que exerça os seus poderes e leia os seus poderes de um modo que leve os outros órgãos do Estado a sentirem-se exaltados e motivados para trabalhar em conjunto por um projecto nacional», afirma Santana Lopes. A entrevista do antigo primeiro-ministro à TVI fica marcada por duras críticas a Cavaco. Veja aqui.
Nada como estarmos em democracia para ouvirmos este tipo de declarações que poderiam ter sido ditas, sem qualquer diferença, no "tempo da outra senhora"...
Eu que ingenuamente pensava que a democracia se caracterizava precisamente pela permanente existência de alternativas, nem que seja a de dizer "não"...
Afinal não é assim. Estamos sempre a aprender. Os Portugueses ficaram mais tranquilos.
* Declarações do "histórico" do PSD, Miguel Veiga
Existe uma única "solução" para tentar ainda salvar a moribunda III República. E sou insuspeito de o dizer já que, como monárquico, não aposto na continuação deste Regime mas sim na sua queda. Mas, acima disso penso em Portugal, defensor que sou da ideia que a restauração monárquica apenas se dará se essa for a vontade democrática dos Portugueses. A solução para a III República reside então em algo que não é novo mas se tem todavia revelado impossível de concretizar: os titulares dos órgãos de soberania fazerem uma inversão completa, a começar por "cima" e a terminar em "baixo" da sua forma de actuar na política e de lidar com a coisa pública. Terem, no fundo aquilo que se costuma designar de "sentido de Estado". E esse, infelizmente, poucos o têm no presente em Portugal. Na prática, e para começar pelo cargo mais importante da Nação, existir alguém como Presidente da República que defenda e concretize um conjunto de princípios que são comuns a um cada vez maior número de portugueses: a defesa da Família e das suas instituições tradicionais, a defesa da Vida; a defesa dos direitos liberdades e garantias; a recuperação da capacidade económica dos portugueses e do emprego, o combate à corrupção e a defesa do Ambiente e da Qualidade de vida dos cidadãos. Com base na praxis do passado e do presente fácil é concluir que esse alguém não é definitivamente Aníbal Cavaco Silva.
Preso a compromissos assumidos em nome de uma estabilidade podre das actuais instituições da República e dos seus titulares, autor da promulgação do casamento "gay", co-responsável pela actual situação económica do País, Cavaco Silva rompeu definitivamente com a confiança que vastos sectores de Portugueses ainda nele depositavam. É uma Presidente enredado na sua lógica de manutenção no poder. Nada acrescenta de novo a Portugal. Mas hoje Cavaco ganhou uma nova dor de cabeça. Aquilo que o deve passar a preocupar daqui para a frente não é saber se Alegre ou Nobre lhe vão tirar votos. É ter de olhar para o seu eleitorado habitual e recear vir a não estar sozinho na "corrida a Belém". E tudo isto por culpa própria.
O ex-primeiro ministro Pedro Santana Lopes deu hoje ao jornal "i" uma longa entrevista. Uma excelente entrevista, diga-se. Uma entrevista na qual o antigo presidente das Câmaras de Lisboa e da Figueira da Foz critica Cavaco Silva mas fá-lo esgrimindo uma argumentação de peso: "Os actos devem bater certo com as palavras. Uma pessoa não deve fazer o contrário daquilo que defende, principalmente um Presidente", diz Pedro Santana Lopes. Santana Lopes é um homem de valores e de princípios e afirma que o assunto "casamento gay" o fez reabrir a questão do possível apoio a Cavaco. Santana tem razão. Esta mesma dúvida paira no espírito de milhares de Portugueses que, se em ultimo caso vierem a votar em Cavaco, o farão contudo como numa eleição presidencial do passado tapando a cara do candidato no boletim de voto. Será sempre um mal menor e não uma eleição por convicção. Perfila-se todavia a possibilidade de uma mudança, a hipótese do surgimento de uma alternativa credível que evite precisamente que estas eleições presidenciais se venham a revelar as menos participadas da história da democracia portuguesa. Uma alternativa que defenda precisamente os valores que têm sido abandonados ao longo das ultimas décadas. Como refere Santana Lopes, "sabe-se lá se não aparece outro candidato a Belém"...
Sabe-se lá mesmo... afinal hoje quem é a "má moeda"?
Inez Dentinho pôs o "dedo na ferida". No Geração de 60 escreveu: "As palavras de Cavaco Silva na despedida de Bento XVI deixavam adivinhar um Presidente da República corajoso, livre de complexos sobre a laicidade do Estado (sem a comprometer), fiel representante dos anseios da imensa maioria dos portugueses. Teríamos homem? Rapidamente alguém esclareceu: «Então não o conhece? Vamos ver se não está a preparar o caminho para aprovar a leizinha»."
No final conclui a bloger acerca de Cavaco: «Sou muito direito, quando as circunstâncias pessoais o permitem. Contem com o meu cálculo. Comigo, não».
O post de Inêz Dentinho devia servir de aviso: o Presidente começa a perder substanciais apoios no seu espaço natural de eleição. As sistemáticas declarações de Cavaco Silva sobre a necessidade de estabilidade na actual situação política, começaram verdadeiramente a desgastar o seu eleitorado tradicional...
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