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Eu temo muito o mar, o mar enorme,
Solene, enraivecido, turbulento,
Erguido em vagalhões, rugindo ao vento;
O mar sublime, o mar que nunca dorme.
Eu temo o largo mar rebelde, informe,
De vítimas famélico, sedento,
E creio ouvir em cada seu lamento
Os ruídos dum túmulo disforme.
Contudo, num barquinho transparente,
No seu dorso feroz vou blasonar,
Tufada a vela e n’água quase assente,
E ouvindo muito ao perto o seu bramar,
Eu rindo, sem cuidados, simplesmente,
Escarro, com desdém, no grande mar!
Cesário Verde
Eu bem sei que o mundo está prestes a acabar já a seguir às eleições na Grécia e com a iminente "queda" da Espanha e da Itália, mas isto aqui em Cascais com milhares e milhares de reluzentes Harley Davidson e respectivos de motociclistas de todo o mundo está uma verdadeira "loucura".
Hoje desloquei-me àquele surrealista mastodonte à entrada de Cascais projectado pela vereação de Judas em pleno delírio imobiliário do final dos anos 90, e reparei como no espaço de uma semana fecharam pelo menos 6 restaurantes 6 no piso da restauração. Para que conste, trata-se apenas duma pequena amostra da derrocada do eldorado do betão socialista, e a senhora Merkel tem pouco a ver com isto.
Algo de estranho se passa na Câmara Municipal de Cascais. O facto de o seu Presidente estar no ultimo mandato não pode significar que todos os disparates lhe são agora permitidos e, muito menos, que siga os maus exemplos do seu antecessor, de má memória, José Luís Judas. Mas a verdade é que, quiçá pela influência do calor, em Cascais, depois do monstruoso novo hotel que substituiu o Estoril - Sol, agora é a calçada portuguesa que está condenada. Na verdade, a CM de Cascais prepara-se para substituir a calçada portuguesa da zona histórica, por uma calçada branca, quadrada, de grande dimensão, tipo hospitalar, cuja manutenção é cara e complicada, cuja substituição é morosa e muito lesiva para o já depauperado comércio local, e cujas vantagens são bastante discutíveis. A calçada tradicional portuguesa, é um dos icones da nossa cultura, e um grande atractivo turístico, bem como uma das poucas coisas que ainda nos vai diferenciando neste mundo global e tristemente homogéneo. É assim nosso dever defender o nosso património e travar esta iniciativa obscura e altamente lesiva dos interesses de todos os que prezam Cascais e a sua cultura. Para tentar por cobro a mais uma asneira autárquica foi criada uma petição disponível aqui. Esperemos que o bom senso prevaleça e António Capucho seja capaz de "emendar a mão".
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